Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A celebração da vida.
O que fazer nos últimos quatro meses de vida.
O ser humano anela com sofreguidão encontrar o chamado "Nirvana", estado dalma que lhe possibilite a felicidade. De fato, de acordo com a concepção Budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, da ignorância e da existência física para viver em plenitude.
Para isso se trabalha literalmente a vida toda. Desenvolvemos os talentos que o Senhor da Vida nos concedeu. Estudamos anos a fio, vocacionados para o bem estar material, olvidando via de regra, em razão da ansiedade que nos impregna a alma, os melhores propósitos para alcançarmos os páramos celestiais.
Há pessoas amigos, que no afã de juntarem bastante recursos, foco do que entendem ser necessário para a conquista da felicidade, que trabalham de sol a sol, como se diz na linguagem popular, para enriquecerem, e ao final da jornada terrena, gastam tudo para alcançarem a saúde plena.
Que ledo engano cometem os que assim procedem.
Não nos enganemos. Não estamos fazendo apologia contra o trabalho. Isso não. Na verdade, o trabalho é uma das 10 Leis da Divindade. Todos devemos trabalhar. A meu turno, permitam-me uma introspecção. Me acostumei a dizer de mim para comigo mesmo, que fiz um pacto com a Divindade, pedindo para que a Providência Divina me permita trabalhar até o último dia e momento dessa minha existência.
Nesse caso, questionar-se-á, então qual a razão dessa dialética?
A razão é simples.
Dizer que na vida é o equilíbrio que constitui fator de preponderância para uma existência ser bem vivida, bem ajustada, bem centrada. Nada de reclamações, de dissidências, de violências, de usurpar o direito de outrem, de matar, roubar ou mesmo atentar contra a saúde do corpo físico.
É aconselhável abandonar os vícios da porta larga, o tabagismo, o alcoolismo, a malversação dos recursos ou falar mal de outrem. Cuidar da vida pessoal já será uma ótima postura. Fazer a caminhada diária ajudará a preservação do corpo físico que agradecerá imensamente a esse esforço e retribuirá homenageando a vida com saúde e longevidade.
Não nos esqueçamos que ninguém vive só. Nossa alma sempre será o núcleo de influência para os que mourejam conosco. Nossos atos possuem linguagem inarticuladas mas positivas. Nossas palavras atuam à distância.
No dizer evangélico, as palavras são vidas. Se bem empregadas como fez o Cristo de Deus, geram bem estar, amparam, dão alegria e felicidade. Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros. Ações e reações caracterizam-nos a marcha.
É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam. Que não nos engane o nosso livre pensar. Nossa conduta é um livro aberto, senão para os encarnados, para os irmãos do outro plano da vida. E, o que não dizer do Pai Celestial que sabe o que se passa em segredo nos nossos corações.
Oh! amigos, quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções, mal estar, energias lodosas e negativas. Não será por outra razão que vez ou outra, estamos muito bem e sentimos inesperadamente vibrações negativas que nos chegam e nos deixam em desalinho. É o nosso sexto sentido, o sentido da alma que se apercebe dessa energias negativas que as almas em descompasso nos mandam pelo pensamento.
Insistimos o Pensamento é vida.
Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca, estabelecem grandes acontecimentos, desencadeiam brigas, desentendimentos, envenenam a vida das pessoas. Cada dia, cada minuto, cada segundo emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Qual será o caminho que a nossa atitude estará indicando nesse instante? Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.
Acautela-te, pois, com o alimento invisível que forneces às vidas que te rodeiam. Desdobra-se no destino em correntes de fluxo e refluxo. Com o mesmo perfume com que abastece a tua mente, a vida soprará o aroma de seu dia. As forças que hoje exteriorizam de nossa atividade voltarão ao centro de nossa atividade amanhã.
Esses, entre outros, são pensamentos do ideário do espírito benfeitor da humanidade Emmanuel, que pode ser encontrado na psicografia das mãos abençoadas de Francisco Cândido Xavier, no livro Fonte Viva e servirá de arrimo para os últimos quatro meses de vida de nossa personagem, mas que pode ser o de qualquer um de nós, em trânsito por esse planeta de provas e expiações.
Por isso, celebremos a vida, todo dia, toda hora, todo minuto, todo segundo. Afinal a vida é bela, colorida e consentida. A vida é dádiva de Deus.
Assim, conta-se que certa vez, uma senhora muito querida, ao chegar de uma dezena de consultas médicas que a idade avançada impõe aos anciões para a preservação da saúde, ela declara aos familiares:
- Pedi franqueza à junta médica que me examinou. Disse-lhes que não me poupassem de saber a verdade sobre meu estado de saúde. Afirmava a nobre senhora, que sentia que lhe restava pouco tempo de vida.
Estupefatos e com olhares ansiosos dos familiares, ela continuou: Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que minha previsão de vida é de aproximadamente 4 meses.
Estarrecidos os parentes com a tranqüilidade da idosa, lhe disseram com espanto: E a senhora nos conta isso com essa tanta naturalidade? Não imagina mamãe que sofrimento isso nos causará, afirmou uma das filhas em prantos.
A nobre senhora, continuou com serenidade. Ora, minha querida filha, não se preocupe, eu ainda tenho um bom tempo para fazer tudo o que já deveria ter feito, e, há muito tempo.
Foi dessa maneira que a simpática senhora irradiando paz interior, proveniente daquelas pessoas que aceitam com resignação os desígnios da Divindade, prosseguia o seu discurso com alegria contagiante dizendo:
Sabe filha, colocarei belas cortinas em todas as janelas e elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia. Todos os dias tirarei o pó da casa e, durante esse trabalho, pensarei comigo mesmo, vou evitar de ouvir e assistir más notícias.
Vou fazer um projeto de vida para o resto desses meus dias e alimentarei o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei as fofocas e não criticarei a mais ninguém, afinal, também não sou perfeita. Estou certa de que foi Jesus quem ensinou que àquele que não tivesse culpa deveria atirar a primeira pedra.
Vou pensar naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, os perdoarei, pois o perdão faz tão bem para quem o concede. Liberta o ofendido das algemas da revolta.
Vou aproveitar a intimidade da noite, no silêncio do meu coração, para agradecer a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes últimos 4 meses de vida física que me restam.
Meu protocolo do resto dos meus dias, inclui todas as manhãs, ao acordar perguntar a mim mesma: O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor? Mais ainda, meditarei no que fazer para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem, levando luz, a exemplo do Celeste Amigo, que por onde passava sua palavra edificava e iluminava os que o rodeavam.
E a cada novo dia, farei todo o meu empenho para realizar ao menos uma boa ação, afim de que minha consciência ao anoitecer aplauda os meus atos do dia.
Pensando bem filha, quatro meses são mais de 120 dias,portanto, quando eu fechar os olhos para o inevitável programa de transição, ao abri-los na pátria espiritual, constatarei ter feito no mínimo 120 boas ações.
Impressionante amigos, todos os familiares e alguns amigos que atentamente ouviam a nobre senhora falar de seu protocolo de vida para os derradeiros meses que lhe restavam, pouco a pouco foram, se enternecendo com tão nobres conceitos e propósitos, que cada um a seu modo, deixava os seus sentimentos expandirem-se num mar de lágrimas à se derramarem pelos seus olhos, anuindo com o projeto de vida para o resto dos dias daquela que no lugar da revolta utilizava da virtude da resignação em nome dos desígnios da Providência Divina.
Em seguida, a anciã, diante da cena dos amigos comovidos que se desenrolava à sua frente, se deixou ficar e nos seus olhos havia um brilho de alegria e de felicidade inexplicável, enquanto pensava de si para consigo mesma:
"Se não posso curar meu corpo, posso mudar a vida que me resta. Utilizarei do meu livre arbítrio, confiarei em Jesus de Nazaré, que de seu redil nenhuma ovelha se perderá, e no Pai Celestial depositarei todo o meu amor, pois Ele sabe o que faz e o que é melhor para os seus filhos."
Sua tarefa para o resto de seus quatro meses era de gigante: Transformar seu mundo interior, realizar a tão decantada reforma intíma, tornar-se uma pessoa diferente do que já fora, tudo isso, em tão pouco tempo, apenas quatro meses.
Relatam os historiadores que a augusta senhora conseguiu cumprir o protocolo de vida para o resto de seus dias, e o mais curioso da história é que, após a notícia dada aos familiares, ela viveu mais 23 anos. Ela curou a sua própria alma e sua moléstia desapareceu; ela morreu de velhice.
Nesse sentir, amigos, vale parodiar o filósofo grego Aristóteles, discípulo de Sócrates: "Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito”.
Do mesmo jaez, são os pensamentos do ínclito codificador, Allan Kardec ao estabelecer que:
"Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."
Com essas reflexões, convido os amigos à celebrarmos a vida, todo dia, toda hora, todo minuto, pois nossos quatro meses já começaram a correr e o tempo voa no dizer do dito popular. Oxalá quando vencer nossa duplicata, possamos nos dar conta de que valeu a pena celebrar a vida, bela, colorida e consentida.
Por derradeiro, recebam nosso ósculo em seus corações, com a oblata de nossa lhanosa amizade, com votos de um final de semana com muita paz em nome de Jesus de Nazaré, ao som dessa encantadora melodia que nos acalenta a alma e pacifica nossos corações.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
Anexo do Texto
Quatro Meses
Silvia Schmidt
Outro dia foi o aniversário da partida de uma senhora por muitos conhecida e muito querida.
Algum tempo ante chegando de uma das dezenas de consultas médicas que já fizera, ela disse aos familiares:
- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que minha previsão de vida é de aproximadamente 4 meses.
perguntou uma das filhas, em prantos.
Continuou a senhora, com muita serenidade:
- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito.
Evitarei ouvir e assistir más notícias e alimentarei o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei a mais ninguém.
Todos os dias tirarei o pó da casa e, durante esse trabalho, pensarei:
Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes últimos 4 meses que me restam.
O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?
E farei de tudo para transmitir felicidade aqueles que de mim se aproximarem.
Quatro meses são mais de 120 dias, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, eu terei feito no mínimo 120 boas ações.
Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali,indo cada um para um canto, para chorar sozinho.
A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria.transformar seu mundo interior, tornar-se uma pessoa totalmente diferente do que já fora em apenas 4 meses ela conseguiu cumpri-la plenamente. O mais curioso dessa história é que, após a notícia dada aos familiares, ela viveu mais 23 anos.
Ela curou a sua própria alma e sua moléstia desapareceu;
"Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito”.
(Aristóteles)
"Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."
(Allan Kardec)
"Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever." (Benjamin Franklin)
"Os homens que tentam fazer algo e falham são infinitamente melhores do que aqueles que tentam fazer nada e conseguem."
Martyn Lloyd Jones)
"Se o seu navio não chega, nade até ele." (Jonathan Winters)