Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A PREPOTÊNCIA E O DEVER.
Uma das mais graves imperfeições que macula o ser humano no caminho de sua evolução é a prepotência e o descumprimento dos deveres diante da família, da sociedade, da comunidade e da vida. São pessoas que abusam do poder temporal que detém ou da autoridade das quais estejam investidas, cujos cargos e funções devem exercer para o bem comum.
Mas não.
Deliberadamente usam dessas prerrogativas para o seu uso e bem estar exclusivo, olvidando as lições do Celeste Amigo. O prepotente tiraniza as pessoas sob o seu jugo. Oprime as pessoas estioladas na caminhada da vida. São despóticos. Sua palavra é lei.
Todo seu proceder é egoísta.
Oh! Meu Deus! Onde estará a boa nova do Cristo de Deus, retratada pelo evangelista São Mateus, inscrita no capitulo XI, v. 28, 29, 30.
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e estais sobrecarregados e eu vós aliviarei. Tomai meu jugo sob vós e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”
Os homens na posse dos cargos exercidos transitoriamente e da côdea de conhecimento adquiridos na jornada da vida, imaginam serem os maiores do mundo. Pensam tudo poderem ao mando da chibata ou da improbidade.
Por essa razão olvidam serem apenas depositários dos bens que lhes foram confiados pela Divindade. Mais cedo ou mais tarde, geralmente mais cedo do que imaginam, serão chamados a prestarem as contas de seus atos ao Senhor da Vida.
Já o dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida. O dever é a lei da vida. Na letra do evangelho segundo o espiritismo, capítulo XVII, sob a rubrica de “Sedes Perfeitos”, sabe-se que o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se acha em antagonismo com as seduções do interesse e do coração.
Por essa razão, suas vitórias não têm testemunhas e suas derrotas não têm repressão. O dever do homem está entregue ao juiz implacável do repositório das Leis da Divindade, conforme a resposta dos imortais, a questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, ao afirmarem que a Lei de Deus está consciência de cada um dos filhos de Deus.
De fato, quando durante o nosso dia de trabalho ou lazer, ou nas atribulações da vida, fazemos alguma coisa que nossa consciência não aprova, na hora de nossa intimidade com o nosso travesseiro, a consciência pesa e como um aguilhão nos aferroa e não nos deixa em paz.
É lícito evocar as sublimes lições de Jesus de Nazaré. Eu não vim para os sadios, mas para os fracos, os doentes e os que estão oprimidos. É notório que o homem de Nazaré jamais usou da violência. Sua bandeira sempre foi o respeito e o cumprimento das leis da Consciência Cósmica.
A Lei de Amor, A lei de Justiça e da Caridade.
Há, amigos uma história verídica sobre a prepotência de um jovem destemido, que retrata com fidelidade a ausência das virtudes tão necessárias aos filhos de Deus em evolução pelo planeta Terra.
Anelo dividi-la com vcs sob o sabor de nossa verve, diante da realidade inegável da humildade do seu interlocutor o que certamente nos será de grande valia para as reflexões dessa semana sobre o tema em apreço.
Conta-se que um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.
Sem muita cerimônia, ousadamente o jovem interrompeu a leitura do velho e lhe perguntou: O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
Sim, respondeu o ancião, sem contraditá-lo e interrogá-lo a respeito da interrupção e da proposta apresentada pelo jovem, dizendo-lhe: Mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
O jovem impetuoso respondeu com a convicção daqueles que tudo julgam saberem: - Mas é claro que está! Em seguida sem dar fôlego ao diálogo, aconselhou o idoso dizendo-lhe: Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião.
A prepotência do jovem estudante de ciências era de uma soberba tão grande que não imagina nossa vã filosofia, pois sem conhecer absolutamente nada do “velho” que lhe fazia companhia no banco do trem onde viajam, ele deu o seu vaticínio dizendo:
Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
Estarrecido com a afirmativa do rapaz o nobre senhor disse-lhe simplesmente. É verdade mesmo o que dizes? Diante da confirmação do jovem, questionou o nobre senhor com a calma daqueles que já aplicam a virtude da paciência.
E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
O audacioso universitário, sentido que suas explicações ao ancião deveria demorar para fazê-lo entender a temática e considerando que iria descer na próxima estação lhe disse:
Bem meu senhor, respeitosamente, como vou descer na próxima estação, faltar-me-á o tempo necessário para as explicações que o tema comporta, mas deixe-me o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência para que o senhor se esclareça.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e elegantemente, com a cortesia de que era portador, deu o seu cartão de visitas onde constava o seu nome e endereço ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito no cartão de visita, procurou sair cabisbaixo da presença de seu companheiro de viagem, sentia-se envergonhado, perdera a postura e não sabia o que fazer para se despedir de seu interlocutor que o honrara com a sua presença pois no cartão em suas mãos trêmulas estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.
Com essas considerações amigos e sob o som de carinhoso, auscultando as percepções de nossas almas, estou convicto de que todos poderemos enriquecer nosso modo de vida, em nome das virtudes da humildade, do amor, da justiça e da caridade que o Divino Rabi da Galiléia nos trouxe como lição de vida aos seus irmãos na caminhada das provas e expiações.
Ponto finalizando, recebam os amigos fraternos, nosso ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, anelando tenham todos, um ótimo final de semana em nome do Cristo de Deus.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.