Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A bondade de Deus e o castigo.
Deus castiga?
Não. A resposta a essa indagação, como não poderia deixar de ser é negativa. A lição é do Mestre Jesus. O Pai é de amor e de Misericórdia. Inteligência Suprema Causa Primária de Todas as Coisas, responderá a questão numero um de “O Livro dos Espíritos” e, por óbvio não haveria de se tornar um déspota contra as suas criaturas.
Ele é o nosso Criador sob os auspícios da questão número 133 do Codex em apreço e por essa razão, sendo Onipotente Onisciente e Onipresente, conhece bem as nossas dificuldades para nos afastarmos da pusilanimidade, nas experiências de vida em busca dos altiplanos celestiais.
Ademais, criou leis sábias e inderrogáveis para nosso jornadear, não carecendo de castigar os seus filhos para se alcançar a plenitude d’alma. Basta cumprir a Lei de Amor, de Justiça e de Caridade que seu amado filho Jesus de Nazaré, nosso irmão maior nos trouxe e exemplificou no madeiro infame da cruz, depois de percorrer as 12 estações do calvário até o monte gólgota.
É evidente que a realidade do dia a dia nos mostra as dores e os sofrimentos que a criatura humana experimenta no seu jornadear. São separações judiciais dolorosas. Pais que não pagam o alimento para os filhos necessitados.
Filhos que em desalinho internam seus “velhos” pais em asilos sob o pretexto de que lá eles serão bem tratados, enquanto seguem sua trilha de desamor, sem lá voltarem para a solidariedade e aplicação do Evangelho do Cristo de Deus honrando seus pais.
O homem estorcega pelo caminho da porta larga dos vícios, dos crimes, do homicídio, do latrocínio, do furto, do roubo, do assalto à mão armada, da mentira, do engodo e todos os tipos de delitos que nossa vã filosofia não consegue alcançar ou imaginar. A vilania é encontrada em todo o lugar por onde moureje a criatura de Deus em desalinho.
Essas ocorrências, todavia não representam castigo da Divindade. Em verdade são efeitos das causas de nosso mau proceder. Se, bebemos ou se fumamos ou cometemos qualquer agressão contra o corpo humano e a vida, estiolamos a bendita oportunidade que o Senhor da Vida nos concedeu para realizar as provas e expiações da vida pelo instrumento da reencarnação.
Diminuímos o tônus vital recebido com a benção do nascimento e devagar e lentamente iremos dando causa as nossas aflições. Não por outra razão a boa nova do Homem de Nazaré traz a lição das causas e das aflições atuais e pretéritas da criatura humana.
O resulta de nossas escolhas pelo mau uso do livre arbítrio, conduz as pessoas a passa por dificuldades de variada ordem e se julgar infeliz. No âmbito familiar, os desentendimentos se tornam rotina. No ambiente de trabalho, um certo marasmo toma conta das ações e a pessoa não se sente mais estimulada a realizar o melhor.
Por causa disso, sucedem-se as chamadas de atenção dos superiores, as reclamações de clientes e a insatisfação íntima. Acrescente-se a isso pequenas desavenças com um ou outro amigo, que deságuam em ruptura de relacionamentos de anos levando ao entibiamento da solidariedade.
E com esse sentido que os filhos da Providência Divina, vivendo na consciência do sono, ao enumerar as dificuldades, grandes e pequenas, e acusam o Pai Celestial de castigá-los.
Imagina-se, ignorando a bondade do Criador que o Senhor do Universo nada mais tivesse que fazer, senão com longas barbas brancas e de varinha em punho estivesse a todo o momento pronto a nos passar a reprimenda pelos nossos desacertos.
Dizem os mais ignorantes no assunto em foco, fazendo coro com os que não confiam no Sentimento Divino, aceitando a tese do castigo de Deus como autentica ao dizerem:
“Deus castiga porque a pessoa foi desonesta em algum momento. Deus castiga porque a pessoa O desagradou não Lhe prestando as homenagens devidas. Deus castiga porque a pessoa não está vinculada a essa ou aquela denominação religiosa, para fazer o bem.”
Esquecem-se os profitentes da doutrina da descrença na Consciência Cósmica, que o Homem de Nazaré não fundou nenhuma seita ou religião. No planeta sob a sua governança existem nos dias atuais, mais de 4.000 religiões ou seitas em busca do “nirvana”, paz que o Divino Galiléu trouxe-nos quando aplicada a Lei de Amor, de Justiça e de Caridade.
Deus não castiga. Pai de amor e bondade, como nos ensinou o Divino Jardineiro a chamá-lo, é soberanamente justo e bom, e não viveria a dar castigos aos filhos que Ele criou, por amor.
Esse Deus, de quem Jesus afirmou que veste a erva do campo, que hoje se apresenta verde e amanhã já secou e é lançada ao fogo. O mesmo Deus, de quem Jesus nos cientificou que providencia o alimento para as aves que voam pelos céus, porque elas não semeiam, não plantam e nem colhem.
Certamente amigos, não teria maior cuidado com a erva, com os animais do que com os seres humanos, seus filhos, por Ele criados simples e ignorantes, mas com destino aos páramos celestiais.
Observamos que, no mundo, o homem tem graduações para o atendimento prioritário, onde o ser humano é mais importante do que o animal, por sua condição de ser moral, imortal. Também observamos que, em casos de grandes comoções e necessidades, o homem salvaguarda os seres mais frágeis: idosos, crianças, mulheres.
Inexorável pois, sob a luz dessas considerações, nos questionarmos se Deus seria menos sábio que nós mesmos? Ao refletirmos sobre essa proposta, certamente nossa inteligência nos autorizará abandonar de vez a idéia de que Deus castiga, porque se Deus regesse o Universo, ao sabor de paixões como as que temos nós, os humanos, viveríamos o caos.
Em certa manhã, Ele poderia estar de mau humor e, porque um número determinado de pessoas de um planeta O desagradasse, resolveria por eliminar aquele globo do conjunto universal.
Por ter preferências por uns seres em detrimento de outros, concederia bênçãos inúmeras àqueles, deixando de atender a esses, que não Lhe mereceriam melhor atenção.
Deus é soberanamente justo e bom. Infinito em Suas qualidades e estende Seu amor a toda Sua criação, a quem sustenta com esse mesmo amor. Aqueles que tiverem dúvidas consultem a questão 963 da Promessa do Divino Jardineiro e lá encontrarão a seguinte proposta que transcrevo “ipsis verbis!
Pergunta: “Deus se ocupa pessoalmente de cada homem? Ele não é muito grande e nós muito pequenos para que cada individuo em particular tenha alguma importância aos seus olhos?”
Resposta: “Deus se ocupa de todos os seres que criou, por menores que sejam: nada é muito pequeno para a sua bondade”.
Nesse sentir, se as dores, os problemas e dificuldades se acumularem em nossas vidas, será de bom alvitre, verificarmos até onde nós mesmos criamos todos esses entraves e escolhos que nos interrompe a marcha em direção ao nosso destino de bem viver.
Ao adotar esse procedimento lhanozo, não nos esqueçamos de nos reportemos ao Pai amoroso e bom, suplicando nos auxilie a resolver os problemas, a modificarmos a nossa maneira de ser, a nos tornarmos criaturas melhores, cumprindo retamente suas leis, para que a paz de Jesus se estabeleça em nossas vidas.
Ao adotarmos essa postura ditosa, certamente, pouco a pouco, devagar e lentamente, pois a humanidade não da saltos, veremos se diluírem, como névoa da manhã, nossos descaminhos.
O que hoje catalogamos como insolúvel, extremamente doloroso ou amargo, veremos ser substituído pelas flores que renascerem na esperança de um porvir melhor, mais serenos na conquista da paz que o Celeste Amigo nos exortou em nome do Pai Celestial.
Sob o influxo desse ideário, deposito nos corações dos amigos fraternos, nosso ósculo, em nome da oblata da fraternidade, em nome de Jesus de Nazaré, com votos de um final de semana com muita paz.
Do Amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli