A IMPORTÂNCIA DOS FILHOS DE DEUS.
Há momentos na vida dos filhos da Providência Divina, onde o desanimo, a sensação de mesmice, do lugar comum, das nossas falhas ou desacertos nos projetos de vida, que chegamos a pensar que a vida não tem propósito.
Nada parece fazer sentido.
Não sabemos por que viemos e qual a nossa importância no grande concerto da vida. Se por ventura vez que outra já experimentamos essa sensação ou se vier acontecer com qualquer dos nossos irmãos na viagem por esse planeta de provas e expiações esses fatos, que não se deixem enganar ou iludir pelo pessimismo ou desanimo.
A vida tem sentido sim, sentido e propósitos nobres.
A vida é sempre bela, colorida e consentida. O senhor da vida não faz modelitos. Criou-nos com destino aos páramos celestiais. Para alcançar as plenitudes existências, como tudo na vida, temos que contribuir para o progresso e a nossa evolução, razão porque o Senhor da Vida estabeleceu leis imutáveis ao nosso progresso.
Destinam-se essas Leis, aos filhos do Pai Celestial que jornadeiam por esse planeta de provas e expiações, a fim de adquirir os conhecimentos indispensáveis para se chegar aos altiplanos celestiais, sem privilégio de casta, de raça, de cor ou de religião.
Cabe nesse ensejo relatar comovente história de vida, apreendida com o instrumento de solidariedade e do labor desenvolvido para o progresso da humanidade.
Conta-se que certa vez, uma professora no exercício honesto de seu mister e em deferência ao convite recebido de seus tutelados, se decidiu por homenagear cada um dos seus formandos. Valeu-se da ensancha para os estimularem para a prática do bem e da importância que cada um dos filhos de Deus tem no contexto universal.
Por essa razão, disse aos seus afilhados e caros formandos ao graduarem-se no curso que concluíam, tinham-na honrado com o convite para ser a madrinha da turma e que esse convite a comovera profundamente fazendo valer a pena a sua vida de professora.
Assim emocionada, chamou a um por um dos seus, agora, ex-alunos e deu-lhes uma fita azul gravada com letras douradas com a expressão: “Quem eu sou faz a diferença”.
Para que seus tutelados não olvidassem desse momento, propôs a cada um em particular, carregasse com ele mais três fitas azuis. Valessem se delas e entregassem as pessoas que merecessem o seu apreço.
Oportunamente, no curso da vida, avaliassem se o presente que haviam oferecido a ela na qualidade de professora, em dádiva de reconhecimento pela convivência e experiências vividas ao longo do curso, pudesse ser estendido a outrem em gesto de amor, fraternidade e solidariedade.
Após a colação de grau, um dos seus pupilos, procurou o executivo na empresa para a qual prestava seus serviços, e esparzindo o gesto de carinho de sua mestra, o homenageou por tê-lo ajudado a planejar sua carreira. Deu-lhe uma fita azul, pregando-a em sua camisa. Feito isso, deu-lhe outras duas fitas esclarecendo e anelando pudesse ele utilizar-se das duas outras fitas com o mesmo propósito.
Oxalá contemplasse com uma delas a pessoa que lhe fosse mais cara, a quem também ofereceria a terceira fita para que em nome da importância dos filhos de Deus, ela também pudesse participar dessa corrente de amor fraterno, como lecionou o Homem de Nazaré.
O Executivo por seu turno, no entardecer daquele mesmo dia, tocado por esse gesto de amor, procurou seu superior, tido e havido como pessoa de difícil trato, duro e implacável nas suas decisões. Fê-lo sentar-se e declarou-lhe sua admiração por seu gênio criativo. Falou-lhe da maneira com que encarar as dificuldades da vida e a sua forma de conduzir as questões sob sua responsabilidade.
Ao final da entrevista, asseverou ao executivo que o homem mais doce, afável e amorável da história da humanidade, Jesus de Nazaré, em certas circunstâncias teve que ter atitude viril, fazendo-o recordar o episódio dos vendilhões do templo.
Com esse proceder, consultou-o, contando-lhe o ocorrido com o seu subalterno, e se ele aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-la em seu peito, em sinal de reconhecimento de seus valores com a adoção do mesmo procedimento de que fora alvo dos encômios.
O chefe surpreso e comovido com aquele gesto anuiu com sentida emoção. Afixada a fita no bolso da lapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma fita azul igual e pediu: Leve esta outra fita e passe-a a alguém que você também admira muito em nome da solidariedade universal.
No final do dia, quando o chefe chegou a sua casa, chamou seu filho de 14 anos e o fez sentar-se diante dele e abriu seu coração dizendo-lhe: Filho, pouco converso com você, mas hoje aconteceu um fato inacreditável, logo para mim que me julgava ranzinza e severo demais. Imagine filho, que estava na minha sala e um dos executivos subalternos veio me ver e me deu uma fita azul pelo meu gênio criativo e decantou virtudes que as recebi para recordar-me de quanto ainda preciso reformar meus procedimentos diante da vida.
Logo eu! Ele acha que sou um gênio. Por isso, colocou esta fita que diz que Quem Eu Sou Faz a Diferença. Deu-me uma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma outra pessoa que eu achasse merecedora de igual reconhecimento. Quando vinha para casa, enquanto dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria e pensei em você. Gostaria de homenageá-lo filho. Reconheço que meus dias são a mesmice de sempre.
Quando chego em casa, não dou muita atenção a você e às vezes grito com você por não conseguir notas melhores na escola, ou implico por seu quarto estar sempre uma bagunça. Contudo, por alguma razão, quiçá o amor que nutro por voce, hoje e agora, me deu vontade de tê-lo à minha frente e simplesmente dizer a você, que você faz uma grande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa mais importante da minha vida. Você é um grande garoto filho, e eu te amo.
O menino, pego de surpresa, diante de tão profunda declaração de amor desandou a chorar convulsivamente sem parar e abraçando o pai, a quem olhou nos olhos, falou entre lágrimas: Pai há poucas horas eu estava no meu quarto meditando não ser importante, na verdade ser um escolho na sua vida e da mamãe, que sob forte desanimo e incompreensão da existência, julguei-o sem melhor conhecê-lo e aos propósitos de Deus.
Com esses sentimentos em desalinho escrevi-lhe uma carta de despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque havia decidido suicidar-me. Pretendia me matar enquanto vocês dormiam. Achei que vocês não se importavam comigo. A carta está lá em cima, mas penso que esse laço azul que me ofereceu em nome do seu amor, torna desnecessária a carta de despedida. Seu pai foi lá em cima e encontrou uma carta cheia de angústia e de dor.
É isso amigos.
Cada criatura de Deus têm a sua importância nessa vida, no contexto, na forma e no lugar em que a Consciência Cósmica nos colocou, pois somente assim poderemos desenvolver nosso potencial de autênticos filhos de Deus, como lecionou o Divino Galiléu no ato dos apóstolos ao estabelecer: “Vós sois Deuses. Tudo que eu faço vós podeis fazer e muito mais”.
Com esses sentimentos d’alma, conscientes de que somos todos importantes em nossas vidas. Convencido de que nossos projetos existenciais devem ser encarados com alegria e imenso amor por essa reencarnação. Absolutamente convicto de que vocês fazem grande diferença em minha vida, segue nosso beijo em seus corações, com votos de um final de semana repleto de paz em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.