A LUZ DA VIDA.
A grande dificuldade das criaturas de Deus no caminho de sua evolução sempre foi encontrar a luz que pudesse guiá-los em direção às estrelas. Não por outra razão e atendendo ao imperativo da centelha de vida que jaz no imo de nossas almas, no decurso da história da humanidade criamos o politeísmo, crença nas inúmeras divindades, até que Akenaton, na primeira expressão de elevação do espírito sua alma aboliu essa prática.
Adotou-se nessa oportunidade o monoteísmo sob o signo do Deus do Sol. Iniciamos assim nossa jornada em direção a luz que deveria iluminar o interior dos filhos da Divindade. Ao depois, o grande legislador da humanidade nas vestes de Moisés dá o mesmo tom da Divindade Única e o Divino Jardineiro Consolida o Monoteísmo, lecionando em sua prédica sobre o Pai Celestial, figura mais próxima do nosso entendimento para a época.
Sabedor de que naqueles tempos ainda não estávamos iluminados como propõe a questão número 88 parte segunda de “O Livro dos Espíritos”, o incomparável Mestre e maior pedagogo da história da humanidade nos promete não nos deixar órfãos.
Nasceu naquele instante à proposta iluminativa para o amarmos como ele nos ama afim de que ele rogasse ao Pai para nos enviar outro consolador. Não por outra razão, veio a lume no dia 18 de abril de 1857, em Paris, na Galeria dOrleans, no Palais Royal, na livraria do senhor Dentu a luz do mundo.
Vale dizer, todos os esclarecimentos de que nossa alma tem sede de saber. De onde viemos? Para onde vamos? Qual o nosso propósito nesse planeta de Provas e Expiações. Qual o destino do ser e da dor segundo Léon Denis. A morte existe ou a vida continua além da vida. Por que Deus deu a alguns as riquezas e o poder, e a outros a miséria, consoante propõe a questão numero 814 do mesmo “Codex em apreço”.
Tudo isso e muito mais está devidamente esclarecido nas 1.019 perguntas e respostas encaminhadas pelo preclaro codificador para a plêiade de espíritos venerandos sob o auspicio do Espírito de Verdade.
As questões formuladas didaticamente pelo ínclito codificador, o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, o codificador do Espiritismo, descendente da tradicional família de advogados e magistrados, nascido em Lyion na França, que adotou, para não furtar o trabalho dos espíritos, o codinome de Allan Kardec, foram respondidas pelos espiritos benfeitores da humanidade com absoluta clareza.
Nesse dia glorioso para a humanidade, uma manhã de sábado primaveril na cidade luz, as portas do mundo espiritual se abriram em definitivo para o despertar dos espiritos e dos sepulcros vinham as respostas que tanto ansiávamos. A vida continua além da vida. Nada é por acaso, mas por uma causa.
Não há mais resistência, nem gravidade, nem trevas. A humanidade desperta de um sono profundo através da luz do mundo. Não há mais diferenças, tudo isso já passou. Crescemos e já podemos desfrutar dos sonhos mais profundos, dos desejos mais puros.
Agora, podemos realizar a grande transformação que propõe a questão número 88 segunda parte do livro da vida, isto é, caminharmos da cor escura em busca do brilho do rubi na chama da salvação proposta pelo Divino Jardineiro.
Não devemos nos orgulhar nem erguer o nosso ego, pelo presente concedido pela Consciência Cósmica, pois essa luz brilhante destina-se também aos nossos semelhantes, àqueles que permanecem na consciência do sono e sem a luz na alma.
Por essa razão, é preciso realizar a catarse. Viajar para dentro de cada um de nós mesmo e lá enxergar a Luz Divina. A centelha de esperança que nos traz do mergulho na escuridão profunda, para a luz luminífera do homem de Nazaré, para trabalhar como guerreiro do bem, brandindo a espada de luz, salvando nossos irmãos carentes, necessitados e famintos.
Essa luz cura e nos permite o bem viver, no trabalho, na família, na comunidade onde mourejamos e através do exercício da mais pura cidadania. Não devemos temer as boas novas, nem a elevação do saber.
O conhecimento da luz do mundo dignifica e amplia sua magnitude. Nada será capaz de nós determos quando buscamos as chaves do bem, para abrir os portais de nossa luz interior exultando-nos a fazer com que cada dia seja um dia feliz.
Se por ventura entibiar-se os mais puros sentimentos de sua alma, creia nas palavras dos grandes mestres e sábios, arautos do bem. Há bons exemplos a seguir:
Martin Luther King, Jr.; Mohandas Karamchand Gandhi, Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Francisco Cândido Xavier, Madre Thereza de Calcutá, Irmã Dulce e a sublime iluminação em nome da paz, o modelo e guia da humanidade, Jesus de Nazaré.
Espelhe-se nas experiências desses seres celestiais e aprenda o caminho a seguir. Não imagine contudo que nossa trajetória na jornada terrena será coberta somente de pétalas de rosas. Em verdade não. Pelo caminho haverá também espinhos. Escolher chorar porque as rosas têm espinhos ou gargalhar de alegria por que as rosas exalam o perfume da vida é opção de cada uma das criaturas de Deus.
O livre arbítrio é nosso.
Usemo-lo para o bem. Por isso, não se imagine andando sobre as adagas das dores, mas sobre o perfume das flores em nome de nossa regeneração para alcançarmos os páramos celestiais. Lembremo-nos de que somos humanos enquanto no trânsito pela veste carnal, portanto, vivamos nesse compasso e não percamos o passo de nossa jornada.
Nesse sentir, viajar para o interior de nossa alma e descobrir lugares e situações que jamais sonhamos, é uma boa pedida. Vibrar no estando da luz, será estar na presença do Criador para sentir o perfume da vida sempre que necessitarmos.
Oh, pequena criatura que somos! Sejamos como criança, cheia de vida e vontade de crescer, de conhecer, de saber. Não percamos essa preciosa chama de luz e de cores que nós foi oferecida pelas mãos abençoadas do ínclito codificador.
Façamos com que a luz do mundo seja luz radiante e esteja em todo o tempo e lugar, na bem-aventurança de nosso ser, através da Lei de Amor, de Justiça e de Caridade, para que a paz encontre morada perene em nossos corações.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado nos corações dos amigos fraternos, com a oblata da fraternidade universal, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre. - Jaime Facioli