A PAZ DE JESUS.
caminhada dos filhos de Deus está destinada às estrelas. Para alcançar esse objetivo, as criaturas curvam-se no corpo físico para realizar as provas e as expiações no planeta sob a governança de Jesus de Nazaré. Nascem, crescem, estudam, progridem e no estertorar da vida física deixam as vestes transitórias da carne retornando a pátria espiritual para conferir os resultados dos compromissos assumidos na ribalta da vida.
Nesse jornadear pelo planeta, caindo e levantando, vencendo as dificuldades, ou resignando-se com questões que não podem mudar, não importa se nos tornamos ricos ou pobres, o que nos importa é encontrar a paz. Três letras, miúdas, pequenas, mas de grande significado para se atingir os Altiplanos Celestes.
De fato, homens há que depois de muito estudo, trabalho exaustivo ao longo da jornada, bem postado na vida, trabalho realizado, os filhos criados, os negócios prosperando ou simplesmente ao anoitecer da existência, lançam o olhar para a ribalta de sua existência, buscando a paz que sua alma anela com sofreguidão.
Nessa ensancha, vendo o dever retamente cumprido, aspira pela paz, três letras que lhe permite na consciência tranqüila, gozar das luminescências do espírito. Não por outra razão, pessoas há que imaginam que a paz possa ser comprada ou encontrada nos shopping da vida, negociadas ou presenteadas pelos bem aventurados.
Não é.
A paz é conquista diária das criaturas de Deus, no exercício do bem viver. Na prática do amor em plenitude como lecionou o Homem de Nazaré. É ser solidário. Amorável. Caridoso. Afável. Saber perdoar. Valorizar a vida.
Oh! Meu Deus. Pudéssemos nós ao costume de nos cumprimentarmos, com um bom dia, boa tarde ou boa noite, substituir essa saudação pela saudação do Mestre Jesus. O Divino Jardineiro quando se encontrava com seus irmãos menores dizia, “eu vos dou a minha paz” e ao despedir-se, externava seus sentimentos dizendo, “eu vos deixo a minha paz”.
A paz de Jesus é a paz daqueles que tem puro o coração. Não guardam mágoa, rancor, ódio, maledicência. Estão sempre prontos a perdoar como ele fez no monte das caveiras, o chamado Monte Gólgota, ao suplicar ao Pai Celestial pelo seu perdão para nós, filhos desavisados que não sabíamos o que estávamos fazendo.
Nesse sentir, a paz que devemos trazer no peito nos tempos atuais, certamente é diferente da paz que sonhamos nos dias transatos de nossas vidas. Quando se é jovem se imagina que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. O tempo, ao longo da existência vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de das lições que a vida nos oferece.
A
paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança e na fé. Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter a certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou. Ter paz é assumir responsabilidades diante da família, do trabalho, da sociedade, da igreja de seu devotamento, por onde mourejem os filhos da Providência Divina.
É ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida. Quando assistimos à partida de um ente querido, ou quando nos faltam os recursos ou esses são escassos. Na doença e na dor a paz deve ser companheira de viagem. Ter paz é ter ouvidos que ouvem e olhos que vêem, como ensinou o Divino Galiléu.
Ter paz é ter um coração que ama, entrega-se com ternura a favor dos necessitados, se desalgemar do egoísmo para servir ao próximo e a sim mesmo em nome do amor em plenitude. Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que Deus colocou no altar da natureza.
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, mas respeitar as opiniões contrárias. É esquecer as ofensas. Ter paz é aprender com os próprios erros. Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade. É ter forças para voltar, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer ao Senhor da Vida a bendita oportunidade da reencarnação.
Ter paz é admitir as próprias imperfeições. Reconhecer os medos, as fraquezas, as carências. Somente assim, alcançaremos a paz que abrigará nossos corações das tempestades das provas e expiações, para albergar em nosso peito o amor à Deus e ao próximo como a nós mesmo, sob os ditames do desejo sincero para mudar as próprias imperfeições.
Em outras palavras: É ter humildade para reconhecer que não sabemos tudo, e, longa é estrada para aprender pacificar nossos corações até alcançarmos os altiplanos celestiais. É a vontade de dividir o pouco ou muito que temos e não nos aprisionarmos ao que não possuímos. É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
A paz que devemos abrigar em nossos corações é de confiança Naquele que criou e Naquele que Governa o Mundo de Provas e Expiações. É ter a absoluta convicção de que receberemos das leis soberanas da vida, o que a ela oferecemos, em nome da lei de causa e efeito.
Com essas considerações, segue aos amigos fraternos nossos desejos de um bom fim de semana, depositando um beijo em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, com votos de muita paz, em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.