AS LOUCURAS DA VIDA.
As criaturas de Deus, no caminho de sua evolução, estão acostumadas ao sentimento material do dia a dia. Em outras palavras: As coisas que nossos sentidos podem perceber pelo toque, pela degustação, pela audição, pela visão e pelo paladar. Por essa razão, uma pequena parcela dos seres humanos, ainda não alcançaram o sentimento d’alma ou a percepção extra sensorial.
Quando ausente o sentimento d’alma, as criaturas de Deus, tendem a estiolarem seus sentimentos e deixam-se levar por atitudes reprocháveis, enfraquecendo seus espíritos e suas atitudes. Entregam-se as loucuras dos comportamentos como se tivessem perdido o endereço da Divindade.
Nesse sentir, são capazes de odiar todas as rosas, apenas porque uma delas, em razão de nosso descuido, espetou-nos com seus espinhos. Em outra análise, uma prova que o Senhor da Vida nos ofereceu para a avaliação do nosso comportamento, diante da sociedade ou da nossa existência, quando não sabendo como enfrentá-la, caímos no abismo da insensatez.
Amaldiçoamos os espinhos e olvidamos o suave perfume que exala das rosas. Não por outra razão pessoas há que choram porque as rosas tem espinhos e outras gargalham de alegria por saberem que a rosas tem perfume.
De fato, jamais poderemos entregar ou capitular dos nossos sonhos porque um deles não se realizou. Quem sabe se não estávamos preparados ainda para obter esse resultado. Quem conhece o momento adequado para nossas realizações no campo da matéria ou espiritual é nosso Criador. Pai de amor e misericórdia. Onipotente, Onisciente e Onipresente.
A nos outros, cabe o esforço de cada dia, de cada momento, de cada amanhecer e quando os nossos projetos imediatos não se realizam, deveremos utilizar o instrumento da resignação. Essa será a atitude daqueles que tem fé e confiança no Sentimento Divino.
Jamais perder a fé, isso não. A fé significa confiança de que o Pai Celestial sabe o que faz. Ele não nos criou segundo os ditames da questão 133 de “O Livro dos Espíritos” para ficarmos jogados nas mãos do destino, mas para alcançarmos os altiplanos celestiais.
Nossa jornada é em direção as estrelas. Por isso, todas as manhãs, nossa primeira reação, ao reassumirmos nosso corpo físico é o dever de louvar o Pai Celestial.
Não podemos cometer a loucura de desacreditar no Senhor da Vida, apenas porque um de nossos pedidos não foi aceito. Pode-se afiançar que quando nossos desejos não se realizam é porque não chegou a hora, ou porque o nosso pedido poderá nos comprometer no futuro.
O que é absolutamente certo é que todas, mas absolutamente todas as coisas que estão destinadas ao nosso progresso e a nossa elevação moral e espiritual, a Consciência Cósmica não nos deixa faltar. Será verdadeira loucura desistir dos esforços que a vida e o reto proceder nos cobra na liça da existência para cumprir retamente com nossas obrigações, apenas porque um deles fracassou.
Loucura também será a condenar todas as amizades, apenas porque uma delas não correspondeu à nossa confiança. Meu Deus! Cada um de nossos irmãos têm um momento de crescimento.
Não apresse tua raiva. Ela tem o seu tempo para diluir nas águas mansas da tua consciência. Não apresse o outro, pois ele tem o seu tempo para florescer aos olhos do Criador. Não apresse a ti mesmo, pois precisa de tempo para sentir a sua própria elevação espiritual.
Loucura também será descrer no amor porque um deles te foi infiel. Imaginem se o Divino Jardineiro nos abandonasse porque lhe fomos infiéis, ingratos, cruéis com a sua proposta de vida eterna. Traímos a confiança na sua proposta. A Lei de Amor, de Justiça e de Caridade. Amar é ter consciência de que o outro pode estar em desalinho, por isso nos ofende.
Cabe-nos o dever de perdoar.
Utilizar-se dessa virtude abre o nosso passaporte para a felicidade. Não se concebe, senão sob o rótulo da loucura, jogar fora as novas oportunidades que a cada manhã nasce com o sol para embelezar e sustentar a vida, apenas porque uma das tentativas não deu certo.
Evocamos a memória de Thomas Alva Edison.
Quando um de seus auxiliares o interrogou por que ele não desistia das tentativas de obter a lâmpada, diante de aproximadamente 1.000 tentativas sem sucesso, ele respondeu que aprendera 1.000 formas de como não fazer. Bastaria que ele encontrasse apenas uma forma de atingir o objetivo e seria um sucesso.
Em nossas vidas, sempre há outra chance, outra oportunidade, outra amizade, outro amor, uma nova força. Deus, nosso Pai Celestial, como nos ensinou o Cristo de Deus a chamá-lo, é Pai de amor, de misericórdia e de bondade.
Oferece-nos as oportunidades, tantas quantas forem necessárias ao nosso crescimento. A reencarnação é o instrumento utilizado para o nosso progresso. Os erros e os desenganos que cometemos no exercício de nosso livre arbítrio, será de nossa responsabilidade e teremos que equilibrar o Universo do Senhor da vida.
Por esse motivo a prédica do Homem de Nazaré. Daqui ninguém sairá até pagar o último centíl. Todos haveremos de colher aquilo que plantarmos.
A proposta pulcra da vida é não cometer loucuras na nossa caminhada em direção aos páramos celestiais. Seguir as pegadas de Jesus é encontrar a paz que anelam nossos corações.
Com essas reflexões, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, desejando um ótimo fim de semana, em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli