Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
AS TRÊS COISAS MAIS IMPORTANTES DA VIDA.
Os filhos da Divindade anelando cumprirem retamente seus deveres com a Providência Divina encarnam nesse planeta de provas e expiações, realizando a sabatina da vida para colarem grau na universidade da existência no rumo de seu progresso.
Nessa trajetória, encontraremos obstáculos que podem destruir as mais belas florações do amor. O orgulho transforma o ser humano em um ser sem comiseração. Nele tudo é o melhor.
Não admite que possa existir concorrência com a sua persona. Imagina, na sua vã filosofia, ser imbatível. Olvida que fomos criados pelo Senhor do Universo, todos, indistintamente, simples e ignorantes a luz da questão número 133 do Livro da Vida. (O Livro dos Espíritos).
A raiva é ferramenta que estiola os sentimentos mais puros d’alma. Ela guarda os ressentimentos das naturais divergências que existem entre as criaturas. As cizânias são naturais no caminho de nossa evolução.
Os divergentes crescem e os iguais estagnam-se. Todos têm o direito de pensar de acordo com a sua evolução espiritual.
Não por outra razão, François Marie Arouet (1694-1778) conhecido nos meios acadêmicos de sua época como Voltaire, estabeleceu o seguinte conceito:
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.
Assim, não guardar raiva de ninguém e de nenhuma situação nas provas da vida é atitude digna dos filhos de Deus.
A ausência do perdão também constituí elemento de perdição na jornada da existência para àqueles que trabalham objetivando a sua elevação espiritual.
O perdão é bom para quem o concede, e não para àquele que o recebe, pois esse continua a dever para o equilíbrio do universo.
Por isso, não saber ou não desejar perdoar as ofensas, como propôs o Divino Galileu, é caminho para a desarmonia e desalinho na evolução da criatura em direção ao seu Criador.
As três coisas de maior valor em nossas trajetórias por essa viagem de provas e expiações podem ser encontradas através do amor em plenitude, na bondade e na família.
De fato, o amor foi uma das razões que nos trouxe o Homem de Nazaré a esse orbe. Sua Lei de Amor, de Justiça e de Caridade, compõe o tripé da felicidade. Aquele que ama, cumpre o mandamento maior da Lei Divina.
Quando os religiosos de sua época o questionaram se existia uma lei maior para ser seguida, um mandamento superior a ser respeitado, parodiando o Mestre por excelência, se colhe o seguinte conceito:
Amarás o teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Esse é o primeiro e maior mandamento. O segundo é semelhante a esse. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. E depois completou dizendo que ali estavam todas as leis e os profetas.
A bondade é virtude que nos aproxima do Criador. Essa virtude nos conduz a prática da caridade. Faz-nos abrir o coração, põe a nu o sentimento mais puro d’alma.
Ajudamos aqueles que vêm na retaguarda da vida. Os caídos, os combalidos de todo gênero. Auxiliamos os irmãos que se retardam no caminho da pulcretude.
A família é o centro de nosso propósito na jornada destinada a nossa elevação espiritual. Nessa oficina de trabalho, cadinho depurador dos equívocos de nossa ribalta.
É onde encontramos a oportunidade de viver o amor, a paciência, a tolerância e a compreensão, prestando nossa solidariedade a um grupo de espíritos comprometidos com o passado que carece do resgate com as unidades de amor que podemos colecionar nessa viagem em direção aos páramos celestiais.
Existem três coisas de grande valor em nossas vidas, formadoras de nosso caráter. A sinceridade, O trabalho e a honestidade.
A sinceridade é virtude que eleva e pacifica o coração daqueles que a praticam. Uma criatura sincera procede sempre pela porta estreita da vida. Busca fazer de suas palavras, a representação da verdade objetiva. Não desvirtua os conceitos evangélicos, para moldá-los aos seus interesses ignotos.
Pratica a Lei de Amor, de Justiça e de Caridade. É persona que merece confiança. Tudo o que diz, é digno de respeito e consideração. São pessoas que olham nos olhos do interlocutor quando falam. Não abaixam a cabeça e não procuram esconder suas intenções com artifícios de silogismos ou simulacros.
O trabalho é o lenitivo que cura as doenças do corpo e da alma. É uma das leis naturais da Divindade. É pelo trabalho que os filhos da Providência Divina, desenvolvem o seu intelecto, avançam em seus conhecimentos e atendem a lei de progresso.
É através do trabalho laborioso das pesquisas que a vida no planeta Terra alcança a longevidade. As descobertas das ciências diminuem as dores físicas e facilitam a vida das criaturas e possibilitando viverem mais confortavelmente.
O trabalho do estudo aprofunda e conduz os homens a compreenderem a razão da vida, as propostas do Divino Jardineiro estimulam a Inteligência para alcançarem o Sentimento Divino.
A honestidade é virtude que sintoniza com o reto proceder. Aqueles que têm sede de justiça procedem com pureza de coração. Entregam a cada um o que é seu. Não roubam, não enganam a ninguém, não mantém e não se utilizam de nenhum sofisma para levar vantagem. Abominam a “Lei de Gerson”, respeitam os direitos de outrem. Fazem ao teu próximo, tudo aquilo que gostariam que lhes fosse feito.
É a pura aplicação da Lei de Deus. No meio das ciências jurídicas há um conceito do saudoso jurisconsulto Teotonio Negrão que fala muito ao meu coração. Dizia o ilustre paracleto.
“O direito, antes de ser uma ciência, é a arte de entregar a cada um o que é seu”. Quanta verdade expressa esse conceito. Oxalá possamos na intimidade de cada coração, aplicar esse ensinamento. Ele nos concederá a paz de espírito que nos permite repousar a noite recebendo o aplauso de nossa consciência tranqüila.
Com esses sentimentos d’alma, anelando possamos afastar as três propostas inditosas e valorizar os três convites para a nossa reforma interior segue nosso ósculo em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de uma ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.