Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
OS DESEJOS DE CADA UM.
Os filhos da Providência Divina no caminho de sua evolução, criados simples e ignorantes, mas com destino às estrelas, no seu jornadear por esse planeta de provas e expiações, no particular de cada alma, no cofre da existência, guardam sonhos, esperanças, desejos e projetos que não imagina o livre pensar.
Por essa razão, todo o esforço das almas que buscam o reto proceder e a conquista de seus sonhos. Alguns, todavia, se interrogam e com certa dose de razão, os porquês que algumas pessoas logram êxito em tudo que realizam.
Outras padecem injunções dolorosas, parecendo mesmo que tudo que fazem não é o suficiente para materializar seus projetos de vida. Alguns parece o Rei Midas da Mitologia Grega, em tudo que toca vira ouro.
As respostas para dessedentar nossa sede de conhecimento vêm explicitas nas questões proposta pelo emérito Prof. Hippolyte Leon Denizard Rivail, ao espírito da verdade, nas questões 711, 712 e 814 de “O Livro dos Espíritos”, abordando o gozo dos bens terrestres, assim dispostas às questões:
711 – O uso dos bens da terra é um direito para todos os homens?
- Esse direito é a conseqüência da necessidade de viver. Deus não pode ter imposto um dever sem haver dado os meios de o satisfazer.
712 – Com que objetivo Deus ligou um atrativo aos gozos dos bens materiais?
- Para excitar o homem ao cumprimento de sua missão, e também para prová-lo pela tentação.
814 – Por que Deus deu a uns as riquezas e o poder, e a outros a miséria?
- Para provar cada um, de maneira diferente. Aliás, sabeis que os próprios Espíritos escolheram essa prova e, freqüentemente, nela sucumbem.
Bem por essa razão, o mui digno codificador anota no livro da vida em apreço, na questão subexame, que se o homem não fosse excitado ao uso dos bens da terra, senão pela sua utilidade, sua indiferença poderia comprometer a harmonia do Universo.
Nesse sentir, o amigo inesquecível, saudoso, imorredouro e imbatível trabalhador da seara do Cristo de Deus, Francisco Cândido Xavier em página memorável registrou lição preciosa para nossas vidas sobre o tema, dissertando “ipsis verbis”:
”Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Q
uando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. “Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.”
Por essas razões, parodiando o arauto do bem, Francisco Cândido Xavier, não será reprochável asseverar com fruto em seus conceitos que:
Há irmãos do caminho que desejam um emprego melhor, enquanto outros se satisfazem apenas com um emprego. Existem aqueles que desejam uma refeição mais farta, quando tantos almejam apenas ter somente uma refeição.
Quantas almas anelam por uma vida mais amena, longe dos sofrimentos e das provas, quando tantas outras anseiam apenas por viverem.
Pessoas há exclamam como seriam felizes se tivessem pais mais esclarecidos, olvidando que muitos não têm o pai para acompanhá-los na jornada da existência.
Alguns de nós ansiávamos por ter olhos azuis, esquecendo-se que muitos irmãos da retaguarda, seriam imensamente felizes se pudesse apenas enxergar.
Muitos desejam ter voz bonita cujas palavras possam emoldurar a vida e não se recordam daqueles que se sentiriam imensamente felizes se pudesse falar.
D
a mesma sorte, há aqueles que se esforçam para que o silêncio faça parte de sua existência enquanto outros desejam ouvir os sons da natureza e os murmúrios dos mares com o canto dos pássaros.
Ensina o ilustre amigo Chico Xavier, que uns desejam com sofreguidão ter um automóvel para se locomover, enquanto outros se dariam por imensamente felizes apenas por poderem andar.
Não nos esqueçamos daqueles que desejam a todo custo obter o supérfluo, em detrimento das almas que se satisfazem apenas com o necessário.
Por essas sábias reflexões, diz o amigo em apreço que:
“Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.”
Com esses sentimentos d’alma, depositamos nossas esperanças de que nossos desejos possam refletir as conquistas de nossos espíritos, insculpindo em nossas consciências as escolhas certas na vida, para nos tornarmos dignos filhos de Deus, seguindo as pegadas do Divino Jardineiro, caminho e luz para os páramos celestiais.
Com fulcro nessas reflexões, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, desejando um ótimo fim de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do Amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.