Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
SOLIDARIEDADE.
Uma questão que fala muito ao coração dos filhos de Deus é a solidariedade. Sempre nos perguntamos qual a finalidade de cada um dos filhos da Providência Divina nessa Terra. A resposta não deixa a ninguém na dúvida.
Segundo a luz do pentateuco, a promessa do Homem de Nazaré, entre outras questões, é fazer provas e expiações. Nas provas, obviamente saber se estamos aptos a passar para o ano seguinte na universidade da Vida.
Notório é o caso do Emérito Dr. Adolfo Bezzera de Menezes. Chegando aos explendores celestes foi recebido por Celina, mensageira de Maria Santíssima, com a carta de alforria concedendo-lhe passagem livre para o plano superior.
Imediatamente declara o preclaro Dr. Bezerra de Menezes que desejava fazer um requerimento aos espíritos superiores.
Deferido o seu pleito ele pede aos venerandos espíritos que lhe concedam a oportunidade de ficar trabalhando nesse mundo de provas e expiações, mesmo que seja no plano extra-corpóreo até que fosse elevado aos píncaros celestes o último irmão em sofrimento.
Atendido o seu pulcro pedido, até os dias de hoje ele é o auxiliar direto de Jesus de Nazaré nesse orbe. Em outras palavras: Passou nas provas.
Francisco Cândido Xavier, Eurípides Barsanulfo, Mohandas Karamchand Gandhi, Irmã Dulce, Madre Tereza, Joanna De Ângelis e tantos outros seguiram a mesma saga de progresso e alcançaram os altiplanos celestiais.
A resposta a questão número 133 proposta pelo insigne codificador assevera que fomos criados simples e ignorantes, mas com destino aos páramos celestiais.
Em outra análise: Cada ser humano foi criado poeticamente com o brilho de uma estrela. Fazê-la brilhar mais intensamente depende do esforço de cada um. Conseguir tornar-se espírito puro dependerá sempre de seu esforço pessoal.
Nesse jornadear em busca da pulcretude, o homem não pode tornar-se um misantropo ou um eremita. Contemplar o mundo, as estrelas, o mar, o riacho que corre e os pássaros que cantam, vivendo em admiração à obra do criador, fere a regra da solidariedade que deve nortear o ser humano em busca de sua felicidade.
Não será reprochável, por isso, dizer que o misantropo ou o eremita tem mais de egoísta de que sábio. Para a grande jornada da vida, a solidariedade é fator indispensável para se conseguir êxito na nossa existência e passar nas provas da universidade que freqüentamos.
Não por outra razão, o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail na questão número 767 de “O Livro dos Espíritos”, atendendo ao comando do capítulo VII, em a Lei da Sociedade questiona o augusto espírito da verdade.
– O isolamento absoluto é contrário à lei natural?
A resposta é taxativa ao afirmar que:
“Sim, visto que os homens procuram a sociedade por instinto, e que deve concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente.”
Crível, portanto que nossa jornada em busca de nossa elevação espiritual, carece para passar nas provas da universidade da vida, do uso constante da solidariedade, caminhando juntos, lado a lado com o irmão, até alcançamos os esplendores celestes.
A propósito, para bem sedimentar nossas idéias sobre a solidariedade e as provas da vida, não posso olvidar de contar aos amigos uma comovente história a respeito do tema em apreço.
Certa vez um homem, acompanhado de seu cavalo e seu cão, transitavam febrilmente por uma estrada difícil e sem qualquer abrigo ou recursos.
Ao passarem por uma enorme árvore, as leis da natureza em plena atividade atiraram um raio que fulminou os três viandantes.
Interessante, na vida prática, muitas pessoas que desencarnam não se dão conta de que estão no mundo extracorpóreo e continua a proceder como se estivesse no mesmo plano físico, não tomando conhecimento de sua nova condição existencial.
Foi o caso de nossos personagens. O homem não se deu conta de que já tinha abandonado este mundo, e prosseguiu o seu caminho com os seus dois queridos animais.
Tratava-se de uma vereda muito extensa e colina acima, sob um Sol castigante, deixando-os em plena sudorese e imensamente sedentos por um pouco d’água.
Foi nesse instante que numa curva da estrada viram um magnífico portal que mais parecia um oasis, conduzindo a uma praça inteiramente pavimentada com portais refletindo a ouro puro.
Os animais seguindo o viandante dirigiram-se ao guarda da entrada e teve com ele um dá interessante: Bom dia. Bom dia. Respondeu solícito o guardião. Como se chama este lugar tão bonito? - Aqui é o Céu – respondeu o anfitrião.
Exclamou então o viajor em seu nome e de seus companheiros. Oh! Que bom termos chegado ao Céu, porque estamos sedentos. O Guardião do portão disse-lhe então:
Você pode entrar e saciar a sua sede, apontando-lhe a belíssima fonte que jorrava água cristalina. Contudo, aviso-o de que seu cavalo e o seu cão não podem entrar, pois não permitimos a entrada de animais.
O viajor tomado de espanto e muito contristado com grande desgosto, diante da sede que lhe consumia, todavia não pensava em beber sozinho.
Agradeceu ao guardião do portal e seguiu adiante. Caminhando desolado e muito triste e a sede aumentando, enquanto andava encosta acima, exaustos os três, chegaram a um outro sítio, cuja entrada estava assinalada por uma porta velha que dava para um caminho de terra ladeado por árvores.
À sombra de uma das árvores estava deitado um homem, com a cabeça tapada por um chapéu, provavelmente entregue ao Deus Morfeu, dormia.
A cena então se repetiu. Bom dia – disse o caminhante. O homem respondeu com um aceno meneando a cabeça. Temos muita sede, o meu cavalo, o meu cão e eu, ao que respondeu o ancião.
- Há uma fonte no meio daquelas rochas – disse o homem mostrando-lhe o lugar. Podeis beber toda a água que quiserdes, sem nenhuma restrição aos animais. O homem, o cavalo e o cão foram até à fonte e mataram a sua sede.
O viajor, saciada a sua sede e de seus amigos, voltou para agradecer ao bondoso senhor a indicação e o carinho recebido. Esse lhe respondeu que voltasse sempre que tivesse sede o necessitasse daquele logradouro.
Admirado com a gentileza e atenção que recebera, o viajante perguntou: A propósito, como se chama este lugar? – O nobre senhor lhe respondeu serenamente: aqui é o CÉU.
Estupefato exclama o viajante. O Céu? Mas, o guardião do portão de mármore alguns kilômetros abaixo disse-me que ali é que era o Céu!
O guardião do portal do céu respondeu: Ali não é o Céu, é o inferno. O caminhante ficou perplexo e disse ao guardião do portal. Mas que absurdo. Deus deveria proibir que utilizem o vosso nome, pois essa informação falsa deve provocar grandes confusões aos viajantes.
De modo nenhum! – respondeu o guardião – na realidade, fazem-nos um grande favor. Ali ficam todos os que são capazes de abandonar os seus melhores amigos.
Assim amigos, solidariedade e, em palavras razas, no comportamento que temos com o nosso próximo, filhos de Deus que nos habilita e concede o passaporte para as provas a que estamos submetidos diariamente.
Por essa razão, jamais abandones os teus amigos, ainda que isso te traga inconvenientes pessoais. Se eles não lhe concedem o seu amor e companhia, ficam em dívida para contigo e não ao contrário.
“Nunca os abandones”. Porque: Fazer um Amigo é uma Graça. Ter um Amigo é um Dom. Conservar um Amigo é uma Virtude, Ser Teu Amigo! É uma Honra.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, anelando tenham um ótimo fim de semana em nome do Divino Galileu.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.