Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A PAZ DE ESPÍRITO.
Os filhos de Deus procuraram a todo custo na viagem da vida à paz de espírito. É a diretriz pela qual passam a existência em perene busca da fidelidade.
Vindo a esse mundo de Deus, somos abençoados com a família que nos recebe de braços abertos. Dos esplendores celestes nos acompanha a figura sempre respeitável da Igreja Católica na doutrina dos anjos da guarda, a que nós espíritas estamos acostumados a chamar de amigo espiritual ou espírito protetor.
Não importa o nome que se lhe dê.
O importante é que ele, sob as bênçãos do Pai Celestial, está encarregado de nos ajudar a fazer a travessia do mar revolto e bravio no mundo de provas e expiações a que escolhemos em busca do enobrecimento do nosso espírito para alcançar os páramos celestiais.
Nessa jornada, sob a proteção de nosso anjo da guarda, buscamos a todo custo crescer, física e intelectual e moralmente, objetivando a Paz de Espírito. Para esse mister, freqüentamos os bancos escolares, o primário, os cursos secundários, técnicos ou equivalentes, as faculdades por nós escolhidas.
Em seguida continuamos na estrada do aprendizado através da especialização, do doutorado, do mestrado, PHD, em fim a vida continua extenuando dentro e fora de cada espírito em trânsito por esse planeta sob a governança do Divino Rabi da Galiléia.
É nessa rota que convivemos com as pessoas e que interagimos com os nossos irmãos. Seja esposa, mãe, pai, irmão, filhos, confrade, juízes, desembargadores, ministros de estado, padres, rabinos, companheiros de trabalho, todos eles nos ensinaram alguma coisa de boa ou de ruim para seguirmos, como fez o inesquecível Mestre Jesus, segundo os auspícios da questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”.
Nesses contatos, geram-se as simpatias, as antipatias, as discórdias, os desentendimentos, afinal cada criatura tem o direito de divergir, ao livre pensar e porque cada filho de Deus, criado simples e ignorante segundo os ditames das questões 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”, segue a sua trilha a partir da sua criação.
Bem se vê que não somos maus por natureza. A ocorrência de nossas más escolhas se dá por absoluta e exclusiva determinação do espírito como sustenta a questão do mesmo codex sob o número 843.
Muitas vezes no exercício do livre arbítrio acaba-se por escolher mal a direção a seguir e o resultado é a infidelidade, o roubo, o furto, assalto, o dinheiro nas meias ou nas cuecas, o estelionato, enfim, qualquer gênero de crime que atente contra a Lei dos Homens.
Evidente que por essa postura atenta-se também contra as leis da Divindade e da Missão Excelsa do Homem de Nazaré trazendo-nos a Lei de Amor, de Justiça e Caridade.
Na troca dos atos ditosos pelos inditosos, obviamente afasta-se o homem da paz de espírito que sua alma deseja com tanta sofreguidão e que na pátria espiritual programou como projeto a ser realizado mediante provas e expiações.
Não por outra razão, em linhas gerais, parodiando o venerando espírito de André Luiz, benfeitor da humanidade, no Livro "Através do Tempo", sob as penas do saudoso Francisco Cândido Xavier, tem ele nos alertado os cuidados que cada criatura transitando na estrada da vida deve seguir para atingir a bem aventurança.
Bem-aventurados os aflitos que, chorando não se desanimam. Quando ofendidos não revidam. Esquecidos pelos outros, não olvidam os deveres que lhes são próprios. Se dilacerados, não ferem a outrem. Caluniados, não caluniam.
Encontrando-se desamparados, não desamparam os que lhe estendem as mãos. Sob os dissabores da vida, não praguejam. Quando injustiçados como fizemos com o Cristo de Deus, não se justificam. Traídos como os amigos do homem santo de Nazaré, não atraiçoam.
Ao ser perseguido, não perseguem os seus algozes. Desprezados, não desprezam os seus ofensores. Se ridicularizados, não ironizam os que não conseguiram ainda alcançar o grau de espiritualidade a que um dia serão portadores. Ao sofrerem as injunções das provas e expiações, não fazem sofrer.
Com esse procedimento, que não são os únicos na vereda da bem aventurança, certamente, poderemos experimentar a paz de espírito que tanto desejamos para que nossa consciência repouse no silêncio dos justos.
É bem verdade, sob a orientação segura de André Luiz, que até agora, raros são os filhos da Consciência Cósmica, aflitos da Terra que conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu.
O amor puro somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com sua ressurreição e com o seu devotamento, a Humanidade inteira.
Não percamos, todavia a esperança. Os preclaros espíritos do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, Eurípides Barsanulfo, Joana de Ângelis, Emmanoel, Francisco Cândido Xavier, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce.
E do mesmo jaez, São Francisco de Assis, Hippolyte Léon Denizard Rivail, Mohandas Karamchand Gandhi, entre tantos outros seguidores das pegadas do Cristo de Deus, têm constantemente trabalhado para que possamos alcançar os láureos da paz em nossos corações.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com votos de muita paz nesse final de semana, em nome do amigo de todas as horas, Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.