Queridos amigos fraternos.
Bom dia.
Jesus sê conosco.
A lição de vida sem palavra e a tigela de madeira.
Sempre me questionei porque o Celeste Amigo deixou-se imolar.
Presciente que era e é, capaz de curar os leprosos, levantar os coxos, curar a cegueira ou ressuscitar "os mortos", na figura de Lázaro, que colocamos entre aspas, porque Lázaro não estava morto na linguagem que se entende pelo cessar da vida no corpo físico, pois em verdade, não se conhecia naquela época o fenômeno da morte aparente, como é o caso da catalepsia, da letargia, da criopatia, da termopatia, da apoplexia, enfim, todas as causas gerais da morte aparente em que se pode observar em algumas formas terminais de cólera, na eclâmpsia, durante o período comatoso e em algumas forma de epilepsia.
De qualquer sorte, O Mestre que conseguia aplacar a ira dos ventos, quando no lago de Genezaré a tempestade ameaçava soçobrar o barco onde se encontrava com os seus apóstolos em repouso, chamado por Simão Pedro para acudi-los, diante do desespero dos seus seguidores que achavam que iriam encontrar naquelas águas o seus sepulcros, o Mestre levantou-se e pondo-se ereto, exclamou aos seus discípulos, Oh! homens de pouca fé, para em seguida dar ordens aos espíritos encarregados da natureza e acalmar a tempestade.
Toda trajetória do Mestre Jesus no apostolado de sua Lei de Amor, prendeu-se aos exemplos de bem proceder, razão porque da resposta dos espíritos venerandos ao Ínclito Codificador na questão 625 de "O Livro dos Espíritos", ao indicá-lo como modelo e guia da humanidade.
Rios de tinta ou discursos inflamados não conseguem plantar a semente que irá frutificar no tempo adequado em que os espíritos estiverem prontos para desabrocharem para a vida, se não for pelo exemplo de nosso procedimento, de nossa conduta, para que os outros reflitam e vejam o modelo adequado a ser seguido em busca da felicidade.
Assim é que a questão nº 625 de "O livro dos espiritos" responde ao questionamento do augusto codificador, para indicar o ser mais perfeito que o Senhor da Vida, deu-nos para servir de modelo é guia. "Vedes Jesus".
Por isso amigos sustentamos nossas reflexões dessa semana na história do ancião que foi morar com o seu filho e sua família, o que é uma bem aventurança, pois filhos há que sob o pretexto de bem cuidarem dos chamados "velhos" os relegam aos asilos.
Conta-se que as mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. Na hora das refeições, o velho se atrapalhava e derrubava comida na mesa e o filho e nora irritavam-se com a sujeira e resolveram tomar uma providência, pois onde já se viu o leite derramado a toda hora, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida esparramada pelo chão.
Decidiram então por colocarem uma pequena mesa num cantinho da cozinha e afastaram o velho na hora das refeições da mesa. O ancião que muito apreciava a companhia da família e em especial de seu netinho a quem nutria especial afeto, passou a comer sozinho e numa tigela de madeira, porque ultimamente estava a quebrar os pratos da casa.
Ao se olhar para ele, vez que outra via-se uma lágrima escorrer pelo seu rosto, mas sem se perquirir da causa desse entibiamento do velho, tinham-no como decrépito e as únicas palavras que lhe eram dirigidas era as costumeiras admoestações.
Seu neto que a tudo assistia em silêncio, haurindo aqueles exemplos de vida, certa feita foi surpreendido pelo pai, manuseando alguns pedaços de madeira como se a construir uma peça indefinida, e o pai tomado de ternura pelo seu primogênito, resolveu perguntar ao filho o que estaria ele fazendo.
A inocente criança respondeu com a pureza que é peculiar aos pequeninos sem preconceitos:
"Ah papai ! Estou fazendo uma tigela para você a mamãe comerem quando eu crescer".
Em seguida o garoto de apenas quatro anos voltou as suas atividades, mas sem se aperceber acabará de mudar para sempre a atitude de seus pais, pelo seu exemplo e pela pureza de seu coração sem preconceitos.
De fato, nossos personagens ao ouvirem do filho tão importante lição de vida, ficaram atônitos com a realidade e lágrimas começaram a escorrer pelos seus olhos envergonhados de seu proceder.
Despiciendo dizer que naquela mesma noite a família voltou a se reunir e dali para a frente até o final de seus dias o "velho" fez suas refeições à mesa com a família e por alguma razão o marido e a esposa não se importaram mais quando o garfo caia, o leite era derramado ou a toalha sujava.
Por isso amigos, devemos sempre caminhar em direção a atitudes dignas de referência de bem proceder, aprendendo que não importa o que aconteça em nossas vidas, que nos pareça tenhamos procedido com vilania nos nossos atos transatos, a vida continua e bastará de imediato corrigirmos a distonia para novamente acertarmos os passos e caminharmos em direção aos nossos destinos.
Somente se conhece as pessoas depois que enfrentamos com elas as cizânias da vida, valendo anotar que são as divergências que nos fazem crescer.
Não importa o tipo de relacionamento tenhamos com os nossos pais ou filhos, pois se eles partirem "fora da hora combinada", como diz o adágio popular, deixarão profundos abismos de saudades em nossas almas, que somente a crença na pluralidade das existências nos permitirá manter o amor que por eles sentimos.
A vida concedida pelo Pai Celestial certamente nos oferece novas chances, por isso, não é somente receber, mas também dar, como ensina Cáritas em suas memoráveis lições inscritas em o "Evangelho Segundo o Espiritismo" na página 179, capítulo XIII, ao externar:
"Mas se peço, também dou e dou muito; convido-vos para um grande banquete, e vos forneço a árvore onde vos saciareis. Vede como é bela, como está carregada de flores e de frutos. Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa bela árvore que se chama beneficência. Em lugar dos ramos que houverdes tirado, fixarei todas as boas ações que fizerdes e levarei essa árvore a Deus para que a carregue de novo, porque a beneficência é inesgotável. Segui-me, pois, meus amigos, a fim de que vos conte entre os que se alistam sob a minha bandeira; sede corajosos: eu vos conduzirei no caminho da salvação porque eu sou a caridade."
Lembremos-nos amigos, que o melhor laboratório da vida, no trabalho perene da busca da felicidade é o seio familiar e que devemos estar com o coração aberto, pois é preciso diariamente segurar a mão das pessoas, sentir o toque da fraternidade, receber o abraço de solidariedade porque as pessoas com que interagimos jamais esquecerão o que fizermos por elas e o nosso exemplo será luz a iluminar a escuridão, como a luz do Cristo de Deus ilumina a humanidade, pelo seu exemplo.
Com essa retórica, anelo que possamos servimos de exemplo e de lição de vida, sem palavras, pelos nossos atos de probidade, de bem viver e de fraternidade como propõe a pedra angular da doutrina do Cristo de Deus, no amor, na caridade e na solidariedade.
Com esses pensamentos, segue nosso ósculo em seus corações, com votos de um final de semana de muita paz em nome do Divino Rabi da Galiléia.
Do Amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
Texto em anexo: A Tigela de madeira
Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.
- "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho.
- "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira.
Ele perguntou delicadamente à criança:
"O que você está fazendo?"
O menino respondeu docemente:
- "Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.
Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.
De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.
Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com
três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.
Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.
Aprendi que "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver".
Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance.
Aprendi que viver não é só receber, é também dar.
Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir. Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.
Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.
Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros.
Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito que aprender...
E por tudo isso acho que você deveria repassar essa mensagem para os seus amigos. Às vezes eles precisam de algo para iluminar seu dia.
As pessoas se esquecerão do que você disse... Esquecerão o que você fez... Mas nunca esquecerão como você as tratou.