Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A PÁSCOA E O JEJUM.
Estamos vivendo momentos de raro esplendor em nossas vidas. A páscoa, além da tradição de nos deliciarmos com as guloseimas dos saborosos ovos de páscoa, na verdade é que se trata de um convite para o nosso crescimento.
É certo que muitas pessoas ainda jejuam ou restringem os hábitos alimentares na esperança de obter as graças divinas em razão de sua penitência.
Ledo Engano
A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.
Trata-se de uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e se comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, oferecidos como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução.
Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade! Assim, que a comemoração da páscoa e a oportunidade de renascimento do homem velho para homem novo. É preciso coragem para fazer essa passagem, porque:
Essa passagem é pela porta estreita, dirá o Evangelho do Cristo de Deus. Será preciso um regime severo para poder abandonar as nossas imperfeições, caso contrário não passaremos na porta estreita da transformação.
Nem os pais, os amigos, ou aqueles que nos querem bem, poderão fazer a travessia por nós. Essa é uma modificação personalíssima. É o jejum para largar de fumar, de beber, de falar mal de outrem, de roubar, furtar ou ter qualquer comprometimento que ofenda as Leis Divinas é compromisso pessoal de transformação.
Isso requer coragem.
Por isso, cada um que passa em nossa vida, passará sozinho porque será único para nós, ninguém substitui a outrem, cada um que passa em nossa vida, passará sozinho, mas não irá só.
Nesse sentir, independente dos deliciosos ovos de páscoa, na tradição milenar do jejum, a autêntica atitude de jejum que o Divino Galileu anela de seus irmãos menores para homenageá-lo será:
Jejuar de julgar o próximo descobrindo que o Celeste Amigo, vive também por eles, os fracos e oprimidos. Aproveite a oportunidade e Jejue nas palavras que ferem, machucam e estiolam os sentimentos de outrem.
Mude os pensamentos indignos do bom cristão, pelos venturosos, fartando-se de frases que purificam e elevam a alma aos páramos celestiais. Faça de sua postura, jejum dos descontentamentos e da falta de confiança em Deus, vivendo com o coração repleto de gratidão pela vida, bela, colorida e consentida.
As ofensas sejam a quem for, nem falar, Jejue sempre em nome do amor do Divino Jardineiro e farte-se da mansidão e paciência do irmão maior, nosso salvador e amigo de todas as horas.
Abstenha-se de atitudes pessimistas enchendo-se de esperança e otimismo, na certeza de que o Senhor da Vida não põe fardos pesados em ombros fracos.
Jejue de preocupações, satisfazendo-se da confiança plena na Divindade que sabe o que faz e sempre dá aos seus filhos o melhor, mesmo que muitas vezes, o remédio seja amargo.
Jejue de lamúrias e queixas aceitando a vida como ela nos foi concedida, pois temos a eternidade para vivê-la, apreendendo a satisfazer nas coisas simples do verdadeiro amor.
Em fim, Jejue de pressões, de tristeza, de amargura, de egoísmos e preencha sua alma de compaixão pelos estiolados pelos fracos, pelos que se encontram em desalinho como propôs o Divino Nazareno ao convidar a ir até ele os fracos e oprimidos para serem aliviados sob o seu jugo.
Aproveite a ensanchas e Jejue de rancores, pensamentos de fraqueza enchendo o seu coração e sua alma de promessas que inspiram a aproximação de Jesus procurando DELE lhe aproximar em nome do seu amor, de sua paz, e de sua confiança. Somente assim a quaresma será bem simbolizada no jejum que enobrece os filhos de Deus em direção aos páramos celestiais.
Assim, não há como protestar pelas dificuldades em vencer as provas e as expiações. Devemos isso sim. Aproveitar a passagem que a vida nos oferece e com coragem realizarmos a travessia da transformação interior.
Somente assim, venceremos o bom combate de forma personalíssima e faremos a travessia da existência como se fossemos um riacho de águas cristalinas, muito bonito que ao serpentear entre as montanhas, em certo trecho do percurso, encontremos à nossa frente um pântano imundo, interrompendo nossa caminhada.
De nada adianta olhar para Deus e protestar, dizendo: Senhor, que castigo! Logo eu, um riacho límpido, tão formoso e o senhor me obriga a atravessar esse pântano fétido?
Interrogando ao Senhor dera Vida como faremos diante dessa prova, obteremos como resposta da divindade que isso dependerá de nossa maneira de encarar o pântano.
Se ficarmos com medo de fazer a travessia e diminuirmos a nossa marcha de progresso, isso diminuirá a nossa vontade de progredir e nossas águas límpidas se misturarão com a água pútrida que nos tornará igual ao lago asqueroso.
Mas, se enfrentarmos com a força e a velocidade de nossos sinceros desejos de transformar o homem velho em um ser novo, repleto de projetos de bem viver.
Da mesma forma, se jejuarmos adequadamente, nossas águas límpidas se espalharão sobre o lodo e a umidade de nossos desejos nos transformarão em nuvens e o vento se encarregará de transformar a umidade em gotas que formarão nuvens.
Depois, o vento as levará em direção ao oceano da paz e isso nos transformará em mar de alegria realizando o nosso grande sonho de transformação interior.
Nesse estado dalma, enviamos nossos votos de uma feliz páscoa, em nome do Divino Galileu, com nosso ósculo em seus corações, em nome da oblata universal, anelando um ótimo final de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.