Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
O JARDIM DAS OLIVEIRAS.
Examinando nos diais atuais o Getsêmani, nosso livre pensar será incapaz de imaginar que no belo jardim em cima do monte denominado das oliveiras, onde está edificada a Igreja de Todas as Nações, também conhecida como Igreja da Agonia tenha ocorrido o mais lamentável episódio da história da humanidade.
Foi nesse local onde o Cristo de Deus entregou-se mansa e pacificamente a centuria comandada por Malcon para aprisioná-lo a mando de Caifás, o chefe da igreja ordodoxa, em conluio com o Rei da Judéia Herodes.
O episódio da emulação do Mestre Jesus naquele ensejo gerou aos estudiosos uma grande interrogação. Por que o mestre deixou-se imolar, entregando-se mansa e pacificamente nas mãos de seu perseguidores?
Simão Pedro naquela oportunidade sacou da espada e literalmente decepou a orelha de Malcon em mecanismo de auto defesa de seu Mestre.
Jesus, porém, valendo-se de seus conhecimentos extra físicos e de sua sublimidade, recompõe a orelha do soldado, realizando no que seria nos dias de hoje a primeira cirurgia plástica da história da humanidade. Conduziu as forças cósmicas capazes desse feito, dito "miraculoso" e ao depois de "curar" Malcon, reeprende ao seu fiel discíplo dizendo:
"Pedro, embainha a tua espada porque com a mesma arma que tu feres, serás ferido".
Esssa sempre foi a grande dúvida da humanidade. Como o pôde o Homem de Nazaré, curar os leprosos, devolver a visão aos cegos, levantar os paralíticos, curar as chagas da humanidade, e, diante de sua prisão, não se defender ou levantar uma só oposição, entregando-se mansa e pacificamente aos comandados de Caifás.
Presciente que é e sempre fora, sabia que seria injustamente acusado, escrachado, cuspido e condenado em preferência ao revolucionário Barrabás para ser crucificado no monte das caveiras também chamado monte Gólgata.
A resposta a esta indagação histórica está contida no calvário do Divino Pastor. Quando em dor pungente e nos últimos momentos de sua vida física Ele levanta o rosto abatido para os céus e, depois de pedir ao pai perdão pelas nossas ofensas, porque não sabíamos o que estávamos fazendo.
Nesse sentir, em absoluta expressão de seu amor pelos seus irmãos em desalinho, junta as forças derradeiras e exclama ao Senhor do Universo: "OH! Pai, está tudo consumado"! Foi nesse instante em que o pássaro de luz se libertou das algemas que o prendiam fisicamente.
Nesse caso, haveremos de nos perguntarmos para saciar a nossa sede de conhecimento da vida desse Salvador da Humanidade que dividiu a história em duas partes: Antes Dele e depois Dele.
O que será que estava consumado? Salvo embargos das mentes brilhantes dos estudiosos, ousamos dizer que é O exemplo.
Nenhum dos seres humanos pode em sã consciência diante dos sofrimentos, das algustias, das dores e das provações de que seu fardo é pesado, incapaz de ser carregado ou seu sofrimento insuportável porque o Pai Celestial não tem medida para os ombros fracos de seus filhos.
Não. Absolutamente não.
Jesus veio a este mundo de provas e expiações para dar o exemplo de conduta moral e ética libertando-nos da consciência do sono, para sermos capazes de conduzir as nossas vidas passando pela porta estreita da existência, único caminho que nos leva ao Getsânime e de lá aos Explendores Celestes.
Por essa razão, quando nos sentimos estiolados, haveremos de nos recordar do Belíssimo Jardim situado no sopé do Monte das Oliveiras onde Jesus se reuniu com seus Discípulos na noite anterior a sua Crucificação.
No dizer do evangelista São Lucas, naquela oportunidade a angústia, a tristeza e a dor intensa seguida de inquietação que se apossou de Jesus perante a morte, foi tão profunda que “seu suor transformou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão". Trata-se do fenômeno hoje conhecido como Hemaditrose, um acontecimento raro que pode ocorrer em indivíduos sob forte stress mental, medo ou pânico.
Os Evangelistas, São Marcos e São Mateus – 26.36-46 descrevem a cena como um aperto no coração, uma dor na alma, uma profunda tristeza, a sensação de algo insuportável, um prelúdio à morte de Jesus no monte das caveiras. A angústia que expressou no Homem de Nazaré diante da alta carga de pressão emocional se revelou manifesta oprimindo-o no Getsêmani.
Sabedores que somos da angústia que tomou conta do coração do homem puro que a Consciência Cósmica enviou para nos salvar e a intensa dor de Jesus para servir de exemplo e nos ajudar vencermos nossas dificuldades de todo jaez nos convida adotar uma postura retilínea na vida.
Em primeiro lugar, diante da angústia, não devemos nos isolar, mas procurar a presença de amigos e irmãos amados, tanto como valer-se da oração, meio e caminho para chegar até o Pai, afinal diz o texto evangélico que naquela ensancha "Jesus foi com eles”. A solidão é, pois, amiga da angústia.
Em segundo lugar, verbalize os seus sentimentos. Continua o texto evangélico: “E disse a seus discípulos: Diga para os seus amigos o que você está sentindo". O silêncio é o elemento fomentador das angústias e dos estiolamentos dalma.
Não vamos repetir nossa postura transata com O mestre. Abandoná-lo e deixá-lo nas mãos de seus algozes. Simão Pedro por três vezes O negou. Os demais discípulos o abandonaram diante do perigo iminente.
Em terceiro lugar, ore ao Pai. “Meu Pai, se for possível, afaste de mim este cálice”. Foram palavras do Mestre no seu calvário. Por essa razão, diante de Deus exponha seus desejos íntimos, afinal trata-se de um colóquio personalíssimo com o Senhor da Vida.
Não se olvide acima de tudo de declarar os seus anseios mais íntimos, de fazer a sua vontade: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”.
Em quarto lugar, persista na oração, não desista: “Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras”.
Por fim, encare e enfrente as circunstâncias: “Levantai-vos! Vamos!” Não se vence a angústia fugindo da realidade, das adversidades, dos problemas, das lutas e sofrimentos. Muito provavelmente foi essa a razão de que a palavra Getsêmani se converteu no símbolo de toda dor moral.
Vale recordar que nesse momento Jesus ainda não tinha sofrido em sua carne. Sua dor era toda no seu íntimo, sentido que seu coração estava sendo sufocado.
É verdade, o mundo é muito sensível às dores corporais. Comove-se facilmente com elas. Este mesmo mundo é por demais insensível às dores morais, as quais às vezes até se confunde tomando-as por hipersensibilidade, auto-sugestão e caprichos.
Mas, em sua angústia e profunda tristeza Jesus foi consolado pelo Anjo no Getsêmani. Levante-se e creia que o Senhor estará contigo, sabendo que no momento oportuno Ele mudará o quadro e você triunfará sobre todas as coisas para a Sua glória.
Em síntese apertada, sigamos amigos os passos do Mestre e amigo de todas as horas e enfrentemos a luta do bom combate para merecermos sermos chamados filhos de Deus e alcançarmos os altiplanos celestiais.
Com esses sentimentos dalma, segue nosso ósculo depositado em seu coração, em nome da oblata da fraternidade, desejando um ótimo fim de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do Amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.