Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A PERSISTÊNCIA, A FÉ E A ESPERANÇA.
Não podemos nos enganar pela vã filosofia que muitas vezes serve de direcionamento para os nossos projetos de vida. A existência no mundo de provas e expiações é uma luta para fazer valer o bom combate.
Para sermos aprovados nos exames a que estamos submetidos teremos que ser persistentes, batalhadores sem trégua e obstinados com os projetos da vida.
Não se pode desistir diante dos obstáculos. Meu Deus! Os vestibulares foram difíceis, as provas da OAB tiveram exigências sem limites. Para medicina, então, nem se falar.
Na lida do dia a dia, o mesmo ocorre com os filhos de Deus. Quantas provas encontramos na família, quantos desafios há nos trabalhos que realizamos na hora a hora e inúmeros são os ímpetos que temos para revidar uma palavra amarga ou uma ofensa.
A questão que nos inquieta a alma é: será que estamos seguindo as pegadas do Homem de Nazaré, obedientes a lição do oferecer outra face? Bem entendida a prédica. Não é dar a outra face para o ofensor bater, mas diante da violência que se apresenta, dar a outra face significa dizer, mostrar o outro lado da belicosidade, ou seja, a mansuetude; não revidar e ser brando e pacífico como propôs o Divino Galileu. Eis aí uma prova difícil para obter aprovação.
Aliás, é de bom alvitre declarar à saciedade que a vida de provas e expiações não se destina aos fracos, mas aos que têm sede de vencerem ao bom combate.
Assim vemos entre outros espíritos imbatíveis nos testes, vivendo sem reclamar, na miséria, aleijados, idiotas, com síndrome de down e tantas restrições ao corpo físico demonstrando coragem e fé na proposta de vida que aceitaram na pátria espiritual.
Não nos esqueçamos de Jesus Gonçalves, outrora o Rei dos Visigodos que sob a sua espada não havia resistência. Entretanto em sua última encarnação pedindo a prova de ser hanseniano deu exemplos de coragem e fé. O codinome de “Gigante Deitado” foi muito apropriado a Jerônimo Mendonça.
Que ninguém duvide, pois, da coragem e da fé de nossos irmãos em provas de difícil envergadura cuja análise nos faz sentir uma sensação de pequenez diante daquilo que recebemos como prova de avaliação de nossas capacidades.
Por essa razão, não podemos desanimar diante das dificuldades, alavancas poderosas que nos impulsionam ao progresso. Da mesma sorte, jamais devemos reclamar da Majestade Divina como se fosse responsável pela desditas colhidas no jardim de nossa existência, pela nova livre escolha e plantio.
Nesse sentir, jamais desistiremos de ser feliz e lutarmos pela realização de nossos projetos. Em verdade, devemos isso sim, nos apaixonarmos pela vida, bela, colorida e consentida, pois somos conscientes de que a reencarnação é uma bênção da Providência Divina aos seus filhos e um espetáculo imperdível no imenso contexto do Universo de Deus.
Por esse motivo, caminhes todos os dias sorrindo e enquanto andas admira as flores, os cantos dos pássaros, aprecia a natureza onde o Senhor da Vida pôs o seu autógrafo pois esse proceder é alimento para o espírito.
Jamais se esqueça ao levantar-se, diga ou na voz articulada ou em pensamento: “OH! Meu Deus, Hoje e todos os dias vou cada vez melhor. Obrigado por este novo dia”. Mantenha seus pensamentos serenos, sem cizânia, sem discórdia, ódio ou rancor. Imagine as virtudes presentes em sua vida. O amor, a solidariedade, o perdão, a mansuetude.
Isso trará uma Nova energia fluindo do grande universo para te encontrar na paz de Jesus. Por essa mesma razão, mantenha tua casa, tua mesa, teu carro e tua vida sempre ajustada com as leis Divinas. Claro, sabemos todos nós que a vida é uma escola e estamos matriculados nessa universidade para aprender. Os problemas são lições passageiras e o que aprendes com elas fica registrado para todo o sempre.
Não sejamos ranzinzas. Os outros também podem ter razão. O desacordo faz parte de nossas vidas como elemento de valoração de nosso pensar. Evoco o filósofo Volteire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.
Dessa maneira, não compares a tua vida com a do teu próximo, pois não sabes qual foi a vereda que eles tiveram que trilhar para estarem onde hoje se encontram. Cada ser criado pelo nosso Pai Celestial é personalíssimo. A única fatalidade é que todos estão destinados aos páramos celestiais.
Sob essa dialética, junte a sua coração de viver, a persistência pelos seus projetos, seus sonhos e seus desejos à fé evocando o iluminado espírito de Francisco de Assis e diga sempre em alto e bom som:
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Vamos desnutrir o ódio em nome do amor do Cristo de Deus e seguir mundo afora, espargindo a alegria de viver, da gratidão por essa existência de provas destinadas a nossa recuperação espiritual e multiplicar no seio de muitas vidas em nossos caminhos, o tom do amor em plenitude.
Os insucessos devem ser estímulo para acertar numa próxima vez e nunca razão de autoflagelo ou decepção profunda consigo mesmo. Se nos entregarmos ao desalento diante de uma reprovação, avançará para o fim sem cerimônia, seja o fim da saúde, da alegria, do sossego ou o fim da família, dos amigos, e da existência.
Jamais se dê por vencido. Tenha confiança no Criador que sabe o que faz e o que seus filhos necessitam. É verdade que Ele não nos dá tudo que pedimos, mas em compensação não nos deixar faltar nada do que precisamos para a nossa elevação moral e espiritual.
O ser que se entrega ao desanimo, imprime em tudo o que faz o selo da negatividade, complicando o que poderia ser simples.
Assim, é preciso parar tudo e cultivar o seu oposto: o autoamor. Quando Francisco de Assis apresenta a proposta do Onde houver ódio, que eu leve o amor, ele não se refere apenas ao ódio de fora, exterior. Sabia muito bem, quando se colocou como instrumento da paz que os maiores inimigos do homem estão em sua intimidade.
O amor a si mesmo faz com que desejemos aprender para sermos úteis; faz com que trabalhemos para progredir. O amor a si mesmo está no perdão concedido, que evita que carreguemos os dejetos prejudiciais da mágoa, do rancor, no coração. O amor a si mesmo está em preservarmo-nos dos vícios, dos excessos.
É cuidar do corpo, sem exageros. É cuidar da alma, dos pensamentos, do que lemos, assistimos, conversamos. O amor a si mesmo está longe de ser esta paixão doentia, representada muito bem pela figura mítica de Narciso, que o impediu de pensar em qualquer outra coisa além de sua própria imagem.
Refletimos em verdade sobre o amor maduro, que faz com que saibamos quem somos e que conheçamos nosso potencial, nosso valor. Conhecemos nossas imperfeições e trabalhamos para a inevitável reforma íntima, procurando ser melhor hoje do que fomos ontem e com a esperança de amanhã sermos melhores que hoje. Não nos amedrontamos com os proscênios de nossa existência ou nosso desacerto da ribalta de nossa vida.
Ao contrário, damos graças a Deus pela nova oportunidade, as novas chances e com a alegria que invade nossos corações, mantemos sempre em mente que nosso destino, como Espíritos imortais, será sempre a felicidade.
Com essa reflexão, jamais iremos desistir de quaisquer que sejam as provas da vida. Vamos ter fé e esperança em nosso Pai Celestial, Onipotente, Onipresente e Onisciente.
Nesse sentimento d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade universal, anelando tenhamos um ótimo fim de semana em nome do Amigo Celeste.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.