Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
O lugar certo.
Os seres humanos, no caminho de sua evolução, têm o hábito e a filosofia popular de se referenciarem a certos acontecimentos de nossas existências, como: "estar presente no lugar e na hora certa" ou "na hora errada e no lugar errado", quando certos acontecimentos nos envolvem na alegria ou na tristeza.
Será que isso é verdade?
Há o acaso? Quem sabe se não será que tudo é por uma causa? A final de contas, o Senhor do Universo tem ou não tem presciência dos acontecimentos e do destino que ele oferece aos seus filhos?
Essas são questões que vez por outra, passam pela nossa reflexão e nos convidam a meditar sobre o grande universo de Deus, no destino do ser e da dor que experimentam os filhos da Providência Divina em direção a sua caminhada de evolução para os Esplendores Celestes.
Essa semana passei por um episódio desse jaez e, como o acaso não existe, imediatamente fui contemplado com uma mensagem de uma de minhas filhas sobre o tema que tocou-me às profundezas dalma.
Nesse sentir, quando em família alguma coisa não vai bem, temos a sensação de que estamos colocados no lugar errado e que a vida deveria ser diferente. Quem sabe tivéssemos filhos, esposas e maridos com outras tendências.
Alguns, apesar de terem todos os recursos na área dos amoedados e da sáude, não se dão por satisfeitos e são devedores de afeto e carinho ao seus familiares, aos amigos ou mesmo à vida que é bela e colorida como Deus no-la concedeu. Outros, carecendo dos recursos primários, mas gozando de plena saúde, são pessoas bem aventuradas e levam uma vida proba, decente e honesta, mas não abandonam o mau vezo de acusarem a Divindade pela falta dos recursos.
Esse procedimento instala nos injustos com a Divindade, a sensação de que nunca está boa a vida como no-la foi concedida pelo Pai Celestial.
Quantos não gostariam de ter a fortuna e a fama do Roberto Carlos, do Ronaldinho, ou quem sabe ser um Ministro de Estado, pois estamos sempre mirando no próximo, na sua vida, na sua posição social, nos bens que eles dispõem ou no lugar que ocupam na sociedade como um todo.
De minha parte, claro também faço parte dessa confraria e embora já tenha alcançado a compreensão dessa aceitação da vida, ainda assim vez que outra surpreendo-me admirando a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie Northfleet. Acompanho a sua trajetória desde de que foi eleita para esse nobre mister. Minha admiração por ela chega a ser invejosa.
Gostaria imensamente de ter esse apanágio, essa cultura e conhecimento jurídico que essa nobre Ministra detém, muito embora saiba que tudo isso é possível aos filhos de Deus, bastando apenas o esforço inaudito para se atingir a apoteose de nossos sonhos ou desejos.
Em outras palavras: Cada coisa no seu lugar. Na hora certa e no momento exato, como se propõe a nossa reflexão dessa semana.
O modelo perfeito, entretanto, a seguir está na resposta dada pelo Espírito de Verdade ao paracleto Hippolyte Léon Denizard Rivail na questão número 621 de "O Livro dos Espíritos", que traduzo "ipsis litteris": Vedes Jesus.
Por isso afiançar aos amigos das profundezas abissais de minha convicção dalma que estamos sempre colocados no lugar certo e nesse lugar é onde Deus quer que estejamos para cumprir o nosso designo, seja na alegria, na dor, na esperança ou na bonança, porque tudo tem um propósito e nada é por acaso.
A propósito do tema, conheço uma história encantadora que me permitam narrar sob o fluxo de minha emoção e de minha verve.
O dia havia apenas amanhecido e o agricultor solitário já estava carpinando a sua lavoura. Aquele seria outro dia de calor, como um dia típico de alto verão. Seria um dia de trabalho árduo na roça, de sol a sol. Ele sulcava o solo e ao mesmo tempo pensava na vida como estava difícil a na sua luta diária para sustentar a família.
Algumas vezes surpreendia-se questionando a Justiça Divina que o escolhera para o trabalho duro enquanto privilegiava outros com tarefas leves e agradáveis.
O sol já ia alto quando ele cansado, tirou o chapéu, secou o suor que lhe escorria pelo rosto. Apoiou o braço sobre o cabo da enxada, como é costume na roça para relaxar um pouco, e se deteve a olhar ao redor por alguns instantes.
Imaginem amigos, ao longe podia-se ver a rodovia que cruzava as plantações e ele avistou um ônibus que transitava pelas cercanias. Imediatamente pensou consigo mesmo:
"Vida boa deve ser a daquele motorista de ônibus. Trabalha sentado e, sem muito esforço, conduz as pessoas a seus destinos. Não toma chuva e nem sol e ainda de quebra deve ouvir uma musiquinha para se distrair enquanto trabalha".
O motorista, entretanto, apesar de trabalhar sentado e não estar sujeito as intempéries, estava pensando consigo mesmo, ao ser ultrapassado por um automóvel de passeio, último tipo, que o deixava na poeira do tempo:
"Vida boa mesmo deve ser a desse executivo, dirigindo um carrão de luxo, com ar acondicionado, seleção musical de primeiríssima qualidade etc, etc. Eta vida boa!".
Por seu turno, o executivo também meditava sobre a vida, como lhe era difícil na sua correria diária. Preocupações com os negócios, as viagens longas, as reuniões intermináveis, o salário dos empregados no final do mês, os impostos, aplicações financeiras, investimentos e outras tantas coisas para resolver. Mergulhando nas profundezas do imo de sua alma, olhou para o céu e avistou um avião que cruzava os ares e disse para si mesmo como quem tem certeza do que fala:
"Vida boa é a do piloto de avião. Conhece o mundo inteiro de graça. As aeromoças o servem com alimentos de rara iguaria enquanto a aeronave está no piloto automático. Além do mais, não precisa enfrentar o trânsito infernal e o salário é compensador".
Ocorreu todavia que dentro da cabine da aeronave estava um homem a pensar nos seus próprios problemas existenciais e dizia na intimidade de seus pensamentos:
"Como é dura a vida que eu levo. Semanas longe da esposa, dos filhos, dos amigos. Vivo mais tempo no ar do que no solo e para agravar a minha desdita, estou sempre preocupado com as centenas de vidas das pessoas que viajam sob a minha responsabilidade, pois, afinal, sempre pode aparecer do nada um legacy em nosso trajeto".
Foi nesse instante, que ao deitar o seu olhar para baixo, o piloto percebeu um ponto escuro no solo que lhe chamou a atenção. Deu-se conta de que era um homem trabalhando na lavoura e exclamou para si mesmo com certa melancolia :
"Ah! Como eu gostaria de estar no lugar daquele homem trabalhando tranquilamente em meio da vegetação e ouvindo o canto dos pássaros, sem maiores preocupações e ao final do dia voltar para casa, abraçar a esposa e os filhos, jantar e repousar serenamente ao lado daqueles que tanto amo".
Isso sim é que é vida boa!
Assim é amigos, que posso sustentar a minha retórica, na convicção de que Deus sabe qual o melhor lugar para cada um de seus filhos nessa vida transitória de provas e expiações, porque na qualidade de nosso Criador, Ele sabe o que necessita as suas criaturas para evoluirem e as lições que devem aprender, e nos coloca no lugar correto e com as pessoas certas e na profissão adequada, pois viver é um grande desafio à inteligência humana e à capacidade do homem florescer onde foi plantado.
Desse mesmo jaez, há muitas e verdadeiras histórias ocorridas no fatídico dia 11 de setembro de 2001, quando a humanidade presenciou um ato de terrorismo e de barbárie que abalou as concepções dos filhos de Deus em busca dos seus caminhos para a paz.
Naquele ensejo uma das maiores edificações do mundo veio ao chão. As torres gêmeas do World Trade Center foram derrubadas por dois aviões, cumprindo a profecia de Nostradamus e deixando no lugar das torres gêmeas a saudade de entes queridos que partiram, enquanto outros, foram preservados para cumprirem o resto de seus programas de vida.
Tenho absoluta convicção de que os amigos vão se enternecerem e convencerem-se da mensagem dessa semana sobre o lugar certo onde fomos plantados pela Providência Divina, nesse mundo de Deus, quando abrirem o anexo sob a rubrica de "Onde Deus Me Quer" e ouvirem a melodia, enquanto relembram os tristes episódios e consolidam a vontade do Criador, com destino ao cumprimento das leis que regem o Universo.
Com essas considerações, desejo que todos sintam-se felizes com o lugar que fizeram por merecer nessa jornada existencial, abatendo o ciúmes daquilo que não temos ou ainda não somos, anelando ser a cada dia melhor do que fomos na ribalta de nossa existência, com o firme propósito de no porvir estarmos melhores do que hoje, porquanto o dinheiro não compra a felicidade do que somos ou do que fazemos, diante das conquistas cívicas, morais e espirituais que nos cabe alcançar nesse Universo de Deus.
Por derradeiro, recebam nossos votos de muita paz, um final de semana feliz, com um beijo em seus corações do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.