Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
OS HÁBITOS DA VIDA.
A ciência da observação oferece excelente ferramenta aos profitentes da vida para encontrarmos os caminhos que nos levam aos altiplanos celestiais. Os filhos de Deus buscam pela sua própria natureza a evolução do seu ser espiritual, elevando-se às alturas do cume das montanhas até alcançarem o seu destino traçado na pátria espiritual.
Nesse jornadear pelo planeta de provas e expiações, na repetição constante dos atos da vida, habitua-se aos procedimentos da existência terrena, como o conjunto de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.
A maioria dos Espíritos encarnados na Terra vem de incontáveis séculos nos quais viveu sem muita reflexão e nem resistência moral. Por essa razão, há tendência generalizada de consumir os pensamentos alheios, ajustando-se a eles. É oportuno recordar a questão número 459 de "O Livro dos Espíritos".
Observa-se ser comum, após a mídia levar a exaustão determinado acontecimento, todos terem uma opinião e um conceito sobre o assunto, sem estarem preparados para discutir a questão em pauta. Por conta desse proceder, exagera-se nas necessidades existenciais e se aparta da simplicidade com que tornaria fácil viver em paz.
Da mesma forma, habituamos aos costumes do tabagismo, das bebidas, de falar mal das pessoas, julgá-las sem dar a oportunidade de defesa. Olvidamos as lições memoráveis do Divino Galileu para não julgar sob pena de ser julgado da mesma forma.
Em verdade, são muitas as pretensas necessidades que criamos seja através dos modismos ou dos nossos atavismos, ergue-se todo um sistema defensivo das “necessidades” criadas pelos nossos hábitos.
Não por outra razão, senão para assegurar o que se entende ser um mínimo necessário, o homem se torna egoísta e cruel. Arma-se de cautela e desconfiança, para além da justa preservação. Dá livre acesso ao instinto da posse, cria reflexos de egoísmo, orgulho, vaidade e medo.
Caminha ao sabor das influências mundanas, suscetível à opinião alheia, aos ditames da moda e da mídia. Não reflete detidamente sobre os propósitos superiores da existência, engana-se depois do berço para se desenganar depois do túmulo.
Algema-se no binômio ilusão-desilusão, no qual gasta longos séculos, começando e recomeçando na senda em que lhe cabe avançar. Anote-se por isso, não ser lícito desprezar a rotina construtiva, aquela recheada de virtudes como ensinou o Homem de Nazaré.
Devermos refletir, quando nascemos para essas provas e expiações, fomos contemplados com o manto do esquecimento, bênção da Providência Divina aos seus filhos, para nos esquecermos temporariamente das atitudes desventurosas da ribalta.
Nesse sentir, os vícios anotados alhures podem e devem ser substituídos pelas virtudes, tornando-as um hábito em nossas vidas oferecer o ombro amigo, ser caridoso, atencioso, solidário, amoroso e afetuoso com a nossa família, com o nosso próximo e vivermos na simplicidade do amor que o Cristo de Deus trouxe a toda humanidade.
O hábito é uma questão de começar. Dar o início e logo estaremos procedendo licitamente em todos os aspectos. Não faremos nada que prejudique a outrem, não cometeremos adultério, não roubaremos, não praticaremos o estelionato ou qualquer ofensa às leis que regem a sociedade civil organizada.
Com fluxo nesse ideário, atenderemos os ditames das Leis do Senhor da Vida e praticaremos a máxima do Messias, amando ao próximo como a nós mesmos. São por essas leis que se dulcifica a vida e se levanta no espaço e no tempo a conquista dos recursos que enobrecem a existência dos filhos da Consciência Cósmica tornando viável a chegada nos esplendores celestes.
Não nos esqueçamos, contudo, que a evolução impõe a instituição de novos costumes, a fim de se libertar os filhos da Divindade de fórmulas inferiores. Para impulsionar esse processo redentor rumo ao Alto não há modelo melhor do que o Cristo.
Não se alegue falta de paradigma para o bem proceder. O modelo perfeito que o Pai concedeu aos seus filhos em provas e expiações para Segui-lo para todo o sempre é Jesus, consoante dispõe a questão 625 de “O Livro dos Espíritos”.
Sem violência de qualquer natureza, Ele alterou os padrões da moda moral em que a Terra vivia há milênios. Contra o uso da condenação metódica, ofereceu a prática do perdão. À tradição de raça, opôs o fundamento da fraternidade legítima.
Toda a Sua passagem entre os homens foi marcada pela certeza da ressurreição para a vida eterna. Na manjedoura, simbolizou a simplicidade e a humildade como legítimas opções de vida. Na cruz afrontosa, exemplificou a serenidade e a paciência. No admirável Sermão da Montanha, trouxe a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e os justos que sabem sofrer.
Diga-se a bem da verdade que ainda hoje, no mundo, a justiça não somente cheira como tem o sabor de vingança estiolando o amor verdadeiro com laivos de egoísmo, o que se dá pelo reflexo condicionado de atitudes adotadas há milênios ou os hábitos inditosos que adotamos no presente, sem corrigir os rumos de nossa felicidade.
Em tese, entre outros fatores, é a ciência da vida que jamais se esgota e tudo faz para induzir reflexões que rompam com esses automatismos infelizes. Mais do que ser bonito, refinado, rico ou influente importa dignificar e purificar o próprio íntimo.
Adotemos a partir de agora um novo procedimento. Vamos nos habituarmos a servir, a perdoar e a compreender as dificuldades alheias. Como se registrou alhures e algures, a automatização de hábitos dignos, pela repetição constante, liberta da dor e da decepção, tornando-nos dignos de sermos chamados filhos de Deus, consoante a égide dos ensinamentos do Cristo de Deus, no ato dos apóstolos ao estabelecer que somos Deuses.
Para dessedentar nossa sede de conhecimento dulcificando a nossa existência, pode-se colher esses frutos maduros nos ensinamentos da Redação do Momento Espírita, e com fulcro no cap. XX do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb em 23.06.2010.
Com esse sentimento d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um ótimo fim de semana, em nome do amigo incondicional de nossas vidas Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.