Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
AS DORES DO MUNDO E A PAZ DE JESUS.
Todo filho de Deus busca incessantemente o caminho que possa conduzir o ser imortal à auto iluminação, à busca do seu “eu” interior, à sua verdadeira realidade facultando-lhe alcançar os páramos celestiais.
Os caminhos para a realização desse anelo é composto de duas opções para se exercitar o pleno exercício do livre arbítrio. O primeiro deles indubitavelmente será a paz conquistada mediante o reto proceder, e o da porta larga da existência deságua na guerra consigo mesmo.
Não há mistério para a inolvidável descoberta da vida, máxime considerando que o aprendizado é infalível na universidade da existência, uma vez que a paz não é um presente gratuito da Divindade, mas em verdade a causa aonde reside à escolha que fazemos diariamente nas provas e expiações a que estamos submetidos pelo Senhor da vida para o nosso progresso.
Devemos ter em mente que absolutamente nenhum de nossos irmãos no caminho a ser percorrido carregará o fardo de nossas dores cujo caráter é da pessoalidade. Daí educarmo-nos com o sofrimento, certo de que ninguém estará apto a compreender os problemas complexos da pessoalidade e das vidas pregressas de cada existência personalíssima.
É de bom alvitre também o exercício do silêncio para escutar os apelos íntimos da alma sedenta de paz. Os nossos irmãos do caminho não acreditarão que nossas aflições sejam maiores do que as dele é com razão.
Não avaliamos ainda que o maior sofrimento que a história da humanidade registra foi o do Divino Jardineiro, razão porque a nossa vã filosofia entende que o maior sofrimento sempre é o nosso, mesmo tendo o modelo e guia da humanidade para nos servir de exemplo segundo os ditames da questão 625 de “O Livro dos Espíritos”.
Pregado na cruz do madeiro infame, o homem santo teve seus pés e mãos atados e furados com cravos de ferro, além da coroa de espinho que com violência ímpar se impôs na cabeça que abrigou os mais nobres pensamentos de amor e de fraternidade.
Para libertar-se das dores e encontrar a paz, é indispensável o trabalho de auto-iluminação, uma vez que ninguém responderá pelos nossos erros o que nos exorta a termos muito cuidado com o nosso proceder, alinhando-nos com o código das leis divinas.
Deveremos adotar a postura da brandura como nos ensinou o homem de Nazaré na lição dos bem aventurados os brandos e pacíficos, pois eles herdarão o reino dos céus.
É fato inconteste que os companheiros do caminho não estarão sujeitos às nossas exigências. Da mesma forma, não será lícito terceiros nos libertar do crime após o arrependimento de tê-lo praticado. Temos que nos arrepender sim, honesta e sinceramente, mas o pagamento é da lei divina.
Não há privilégio. Todos são iguais perante as Leis de Deus.
Afinal, o Senhor da Vida nos criou simples e ignorantes, todos, absolutamente todos, com as mesmas condições de concorrer para a paz interior sob a égide das questões 133 e 804 do mesmo codex em apreço.
Nesse sentir, é importante o exercício da paciência e domínio dos impulsos desventurosos e para sustentar essa retórica é sempre de bom alvitre evocar o Divino Galileu.
Ao encontrar-se com seus discípulos ou os necessitados que O procuravam com sofreguidão, Ele os cumprimentava dizendo: Eu vos dou a minha paz. Ao se despedir, dizia na palavra dulcificada, Eu vos deixo a minha paz.
A paz do Celeste amigo não é uma paz vazia, gratuita, de favor, de preferência, mas a paz conquistada pelo esforço inaudito que cada filho da Consciência Cósmica deve fazer na estrada de sua evolução em direção aos altiplanos celestiais.
Cabe, pois, fazer os sacrifícios necessários e as renúncias que a ocasião ensejarem para que cada ser imortal possa manutenir uma vida modesta e honrada.
Para esse mister, persevere no dever bem cumprido, pois sábio é todo àquele que reconhece a sua infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida sempre bela, colorida e consentida.
Doa, praticando a autêntica caridade, aquilo que desejas receber, é a lição do Mestre Jesus, ao nos convidar para amar ao nosso próximo assim como nos amamos, fazendo a outrem tudo que desejamos que nos fizessem.
Se ausente a prática da caridade, sentir-te-á confuso em tuas metas, e não saberás quais os passos necessários para chegar ao teu eu interior, ao teu espírito.
A confusão será sempre opção da escolha equivocada e nos conduzirá nas veredas repletas de acúleos, resultando em sofrimento devido à falta de atenção para conosco mesmo na reta obediência as Leis Divinas.
Nossa atenção nas Leis Divinas é medida de bom senso, harmonizada com as leis da natureza, uma vez que o tempo é precioso, e é através dele que realizamos nosso propósito nessa viagem de provas e expiações por esse planeta bendito, nossa morada transitória para um dia alcançarmos a paz de Jesus.
Estejamos sempre atentos às regras da vida e do bem viver cristão, como propôs o Divino Jardineiro, “Orai e Vigiai”, pois essa cautela será o presente que receberemos da divindade para nos proporcionar a alegria e a paz de espírito.
Se, por ventura, ao oferecer nosso melhor óbolo e coração para o nosso bem e do próximo e não lograrmos êxito, ou se não soubermos como fazê-lo, peçamos a proteção Divina, roguemos a Jesus nosso mestre e amigo, companheiro de todas as horas de dores e sofrimentos e a luz chegará como ajuda ineludível no mesmo instante, porque a bênção do Senhor do Universo é dada a todos que desejam estar inseridos na realidade de Deus.
A dor e o sofrimento são opções de vida no exercício do livre arbítrio. A paz de Jesus é um convite irrecusável do Messias para acalentar, consolar e pacificar nossas almas. Por essa mesma razão, dispõe seu evangelho dulcificando nossas vidas:
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e estais sobrecarregado e eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”.
Tomemos, pois, a proposta do Mestre, em São Mateus, cap. XI, v. 28, 29 e 30, como ícones de nossas vidas para eleger entre as dores do caminho e a paz de Jesus, convictos de que a opção pelo Mestre estabelecerá morada em nossas vidas com permanência perene em nossos corações.
Nesse estado de espírito, segue nosso ósculo depositado em seus mais sagrados sentimentos de amor fraterno, com a oblata da solidariedade universal, e votos de um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli