Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
AS DISTRAÇÕES A VIDA.
A doença moderna que entibia os sentimentos dos seres humanos é a depressão seguida da síndrome do pânico. Temos verdadeiro pavor que sejamos objeto desse mau que ataca a saúde física e mental.
Na tentativa de nos afastarmos dessa chaga, atribuímos à depressão o fator de nossa distração ou de nosso descuido com as questões que nos eleva ao espírito imortal para encontrar a paz.
As pessoas cambaleiam em razão dos atavismos de que se faz portador o nosso desenvolvimento, quando éramos adeptos do politeísmo e por essa razão, apontamos nas dificuldades da nossa ribalta todos os males que nos assolam no presente e tudo que nos contrarie toma forma e proporção maior do que realmente experimentamos.
Como escapar desses males que atingem direto a nossa alma? Será possível encontrar o lado espiritual da vida? A Consciência Cósmica é ou não uma realidade?
As palavras dulcificadas proferidas pelo Mestre Jesus, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Dr. Bezerra de Menezes, André Luiz e outros tantos espíritos de escol nos dá o tom de que a vida pode ser melhor e será.
Observe tudo o que acontece ao seu redor sob luz da ciência da observação e tudo, mas absolutamente tudo, terá novo colorido sob a compreensão do espírito.
Com esse sentimento de amor por excelência, perceberemos que invariavelmente, quando afirmamos que estamos deprimidos, na verdade estamos distraídos com os valores da existência.
A nossa distração é tanta em relação a nossa vida que não percebemos a beleza que Deus depositou no altar da natureza e deixamos passar despercebidas as flores com suas tonalidades mil.
Passam também pela nossa visão, sem que a nossa percepção extra-sensorial capte a beleza dos verdes campos de nossa terra, os pássaros com suas multicoloridas plumagens, os bosques, os mares, os rios.
A chuva abençoada que cai renovando a atmosfera ou as estrelas que cintilam no céu formando imagens que encanta àqueles que se permite contemplar a grandeza do infinito, obra do criador nosso Pai Celestial.
Não se permita, pois, cair em desânimo ou depressão, não sofra como se fosse o único ser do mundo de Deus a experimentar as dores no caminho nas provas e expiações.
Passe tudo pelo cadinho da razão. Afinal, existem aproximadamente seis bilhões de seres humanos trilhando as mesmas veredas das provas e expiações para alcançarem os altiplanos celestiais.
O que é fundamental para bem viver entre tantas opções dos escólios trazidos pelos espíritos de escol nas pegadas do Homem de Nazaré, uma delas é não se sentir “velho” porque já está na idade de setenta anos.
Não podemos nos esquecer que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta anos de idade no calendário terrestre. Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa aos, e o notável arquiteto Oscar Niemeyer está com mais de 100 primaveras perfeitamente lúcido.
Por que então sentir-se deprimido?
Em verdade, esses procedimentos nada mais são do que distrações do nosso comportamento, disfarces ou máscaras que usamos para reclamar da vida bela, colorida e consentida que o Senhor do Universo nos concedeu pelo seu imenso amor por suas criaturas.
Com os pensamentos estiolados, imaginamos que perdemos a mocidade, algum bem, recursos, deixamos passar uma oportunidade, quando em realidade nada perdemos, pois tudo nos foi dado a título de empréstimo ou na qualidade de depositário cujo mandato devemos fielmente cumprir para entregar ao Senhor da Vida no tempo oportuno.
Sem contradita, não somos construtores de um só fio de cabelo e por consequência não somos donos de nada. Não somos proprietários dos filhos que temos, nem do “machismo” para sermos donos das nossas esposas, de nossas propriedades, do automóvel ou qualquer coisa na qual estejamos provisoriamente no comando.
É absolutamente correto dizer, que a vida não nos tira nada, mas nos liberta das coisas materiais, aliviando-nos a carga para que possamos voar mais alto em direção aos esplendores celestes, certo de que do útero ao sepulcro vivemos na escola da vida para aprender o amor na excelência da palavra e a caridade como o ícone que nos dará o passaporte para a felicidade.
Não nos enganemos. Jamais perdemos coisa alguma. Por isso é insensato deixar-se contaminar pela depressão ou pela síndrome de pânico. Aquele que morre está adiantado em relação a nós.
Mais cedo do que imagina nossa vã filosofia, iremos na mesma direção e seguiremos o mesmo caminho que nossos amigos, mas o amor que sentimos pelo nosso ente querido continua vivo e nos reuniremos no tempo oportuno à grande família universal.
Por essa razão, se necessário, consulte um médico e tome medicamentos para ajustar a serotonina aos níveis de seu organismo, mas não arrume desculpa para paralisar suas atividades, sua vida e sua alegria.
A morte não existe na forma como concebemos. Trata-se apenas de uma mudança de domicílio. Não nos deixemos distrair com as coisas materiais. Utilizemo-nas como ferramentas para o bem viver e praticar a caridade, mas não nos deixemos entorpecer por elas como veneno mortal.
Sigamos as pegadas o Divino Jardineiro. Sejamos obedientes às leis da Divindade e estaremos pondo em movimento a poderosa máquina da caridade em nome do amor que Deus tem pelos seus filhos.
Seja feliz. O título mais nobre que temos é o de Filho de Deus. Ele nos criou, mas somente nós podemos fazer crescer em nossos corações o amor e a felicidade, florescendo a centelha de vida ali colocada pelo Criador.
Se nos tornamos felizes, faremos a outrem feliz. Traga a felicidade e o amor para dentro do seu coração, pois somente assim, poderá compartilhar o que tens e fazer ao teu próximo feliz e amoroso.
Ninguém pode oferecer o que não tem. Se não for feliz, estará levando a amargura onde mourejas. Não se esqueça de que um único homem que não possuía valor para viver mandou matar seis milhões de judeus seus irmãos.
Oh! Meu Deus. Há tantas experiências para viver e nossa passagem pela terra é tão curta que sofrer é perda de tempo. Vamos experimentar ver as flores na primavera, a neve no inverso, ver os rios, as estrelas, o futebol, assistir os desenhos e as comédias, apreciar as poesias.
Há também as músicas que elevam a alma aos páramos celestiais. Mozart, Chopin, Beethoven, os boleros de Manzanero. Na pintura, Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
Viva profundamente cada instante. Não sabes quando serás chamado a prestar contas ao Senhor da Vida. Se tens motivo para declarar-se deprimido ou se estás desocupado, ajuda uma criança que precisa de seu carinho.
Presta o teu contributo aos velhos e os jovens por sua vez te ajudarão quando for oportuno. Não se esqueça que o serviço prestado é uma forma de felicidade.
A caridade tem múltiplos coloridos. Oferece o seu óbolo sem medida e sem medida receberás as benesses da vida. Jamais se permita enganar por alguns poucos homicidas e suicidas.
O bem é a maioria, mas não percebemos porque o amor é silencioso. De fato, uma bomba faz muito barulho e destrói milhões de vidas. A carícia sempre silenciosa alimenta a vida em nome do amor.
Finalmente, guardemos para sempre no cofre de nosso coração o sentimento de que Deus nos envia flores em todas as primaveras; um sol radioso todas as manhãs; cada vez que desejas falar com Ele, Ele te escuta. Ademais, sendo Onipotente, Onipresente e Onisciente poderia habitar em qualquer lugar do Universo, mas por amor, escolheu habitar os nossos corações.
Nesse estado d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, em nome do amor do Cristo de Deus, desejando um ótimo fim de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli