Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
NA LUZ DO AMOR.
O verbo amar é para ser conjugado em todo tempo, modo e pessoa. Lamentavelmente ainda não logramos êxito em decodificar a doce mensagem do Cristo de Deus ao exortar seus irmãos menores a se amarem incondicionalmente.
O amor é de essência divina e bem por isso, uma das questões mais intrigantes para os filhos de Deus, aqueles que têm sede de conhecimento, é saberem a razão do Cristo de Deus ter vindo a esse Mundo de Provas e Expiações.
Oh! Meu Deus! Qual o motivo que levou o Mestre, possuidor de tanto poder, a se deixar imolar? Quando o Centurião Malco veio para prendê-lo. Ele estava descendo do Jardim das Oliveiras, também conhecido por Ghetsêmani, e se entregou mansa e pacificamente.
No momento histórcio de sua prisão, estavam presentes, Pedro, o discípulo mais respeitado entre seus pares, Malco, servo do Sumo Pontífice de Jerusalém Caifás, Judas e quatro soldados. A violência encarnada por Pedro que se opõe a injusta prisão, deixa patente a ira do pescador de homens contra a mansidão do Cristo.
Notável, entretanto, foi o amor do Divino Jardineiro pelos seus irmãos vivendo a infâcia do espírito quando cura a ferida do soldado, voltando a prender no lugar a orelha cortada por Pedro.
Sem dúvida alguma, é o exemplo pulcro da Lei de Amor na excelência da palavra em sua missão de enviado do Senhor da Vida para que os filhos da Consciência Cósmica despertassem para a realidade do espírito na luz do amor.
Esta, certamente a razão, em nome do amor, essência divina, que a agressividade de Pedro mereceu a repreensão do Celeste Amigo ao dizer:
“Pedro embanha a tua espada, porque com a mesma arma que tu feres serás ferido”. Toda vida do homem de Nazaré é pautada pela excelência do amor. Ao lecionar sobre os mandamentos da lei de Deus, explicou respondendo aos fariseus:
“Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos”. (Evangelho de São Mateus, cap. XXII, v. de 34 a 40)
Não por outra razão, senão pelos atavismos que ainda grassam nossos espíritos, não podemos negar que estão grafadas na acústica de nossas almas as dulcificadas lições da verdadeira luz do amor do Celeste Amigo.
Quando o Cristo de Deus, na cruz de sofrimento atroz, no momento de desprendimento de seu corpo físico para libertar o pássaro de luz do corpo alquebrado, não resistindo mais as excruciantes dores de que padecia, Ele levanta a cabeça para os céus e diz ao Senhor da Vida, num cântico de amor:
Pai está tudo consumado. OH, Meu Deus! O que será que está tudo consumado? Em verdade, que não nos engane a nossa vã filosofia. Ressoa em nossas vidas, através dos séculos a proposta do amor do Divino Amigo.
Ele, o Mestre incondicional de nossas vidas, veio para nos trazer a Lei de Amor, de Justiça e de Caridade.
Daí, qualquer agressão, violência, furto, roubo, mentira, insinceridade, inveja ou pensamento desventuroso está abominado pelas regras pétreas da proposta que o Divino Galiléu legou à humanidade com os seus exemplos e lições para se alcançar os altiplanos celestiais.
Na Lei de Justiça, a melhor definição é a da questão 875 de "O Livros dos Espíritos", ao estasbelecer que a Justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. Por essa razão, devemos entregar a cada um o que é seu. Sabemos que o Homem de Nazaré veio desenvolver a Lei de Deus, dar-lhe seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens.
Por isso, nessa lei encontra-se o princípio dos deveres dos homens para com Deus e para com o próximo. Recordemos o episódio da moeda com a esfinge de Cesar em que Jesus ensina: “Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.
Na Lei de Caridade, há o dever e obrigação de atender aos nossos irmãos em desalinho, amparar os necessitados de todos os gêneros, socorrer os que vêm na retaguarda.
Fazer de nossos caminhos, setas iluminadas para ser seguida pelos que carecem da luz do amor. Paulo apóstolo ao falar da caridade entoa um cântico de amor incomparável dizendo:
“Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens, e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante, e um címbalo retumbante; e quando eu tivesse o dom de profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; quando tivesse ainda toda a fé possível, até transportar as montanhas, se não tivesse a caridade eu nada seria.
E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres e tivesse entregue o meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não me serviria de nada”.
No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XV, pág. 201 obtém-se preciosa linguagem para esclarecer à saciedade o que é a caridade ao estabelecer que:
“A caridade é paciente; é doce e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se melindra e não se irrita com nada; não suspeita mal; não regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre”.
Na Lei de Amor, deveremos fazer ao nosso próximo tudo o que gostaríamos que nos fizessem. Muito embora difícil de por na prática essa máxima, não será impossível, se toda vez que a dúvida nos assaltar a respeito de tão dignificante postura, se questione a consciência, onde Deus depositou a sua Lei, segundo a questão nº 621 de “O Livro dos Espíritos” e a resposta nos socorrerá de imediato.
Não há, pois, confusão, desculpas ou pretextos e meias palavras para seguir as pegadas luminosas do Cristo. A Lei é clara como o luminoso Sol que sustenta a vida no planeta sob a sua governança.
Diz o apóstolo do bem Chico Xavier que a infinita misericórdia de nosso Pai, manifesta entre nós, em luzes e bondade inexcedível.
O esforço para adoção da mensagem de amor do Evangelho e o trabalho que enobrece os dias dos filhos da Providência Divina é um dever que compete a cada um para por a luz do amor em sua jornada terrena.
Sempre há manifestações dos generosos corações, candidatos a felicidade, no dizer do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis para alcançar à luz do amor em plenitude.
É grande a luta pela renovação de nós próprios à Luz do Evangelho. Todos os nossos desentendimentos na Terra são ainda nódoas de nossas tendências inferiores, quais sombras transitórias entre claridades inapagáveis do amor Divino. Na jornada espírita cristã, os desafios sempre correm por conta de nossas imperfeições.
A mais expressiva manifestação do amor é a fé, que nos corrige dos vícios, que nos soergue nos dramas e provações de toda ordem, que nos aponta o Senhor no cume do monte, que se alteia cada vez mais, pelo mecanismo da evolução e do progresso.
A ventura dos que efetivamente compreendem a doutrina dos espíritos está em servir. Porque servindo sem exigências, sem elitismo, sem a sombra dolorosa das vaidades e do orgulho, exercitamos o dom do amor. Não há outro meio de ver e sentir Deus por dentro do próprio ser.
Amemo-nos uns aos outros sem competições, sem vaidades, sem presunção, sem desprezo ao que nos ensinou Jesus em sua missão redentora de nossos velhos e perigosos hábitos humanos.
Nesse sentir, como todas as nascentes fornecem a água que repousara nos oceanos, nosso amor pela vida bela, colorida e consentida é nosso prêmio supremo falando de Deus ao nosso ser para que a luz do amor se instale em nossas vidas, agora e por toda a eternidade.
Nesse estado d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade universal, desejando um ótimo fim de semana em nome de Jesus.
Do Amigo Fraterno de Sempre.
Jaime Facioli