Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
AS PEDRAS PRECIOSAS DA VIDA.
Na jornada existencial o ser humano busca com sofreguidão encontrar os páramos celestiais. Para isso deve atender aos ditames da lei do progresso, uma das 10 leis da Divindade destinada ser o elemento balizador para seus filhos seguirem a fim de encontrarem o seu destino nos esplendores celestes.
Convictos de que o mundo onde mourejamos é de provas e expiações, não olvidamos que a arena existencial seja lugar de grandes embates para a realização das provas da universidade da existência, tanto como seja a liça adequada onde devemos efetuar os resgates necessários para equilibrar o Universo da Potestade.
Por essa mesma razão, o Pai Celestial dotou seus filhos de todos os elementos necessários a travessia pelo mar revolto da vida, sem jamais deixar um só ao abandono.
Pai misericordioso que é ou no dizer da questão número um de “O Livro dos Espíritos”, “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”, deu-nos, todo o sempre, o rumo certo a seguir nas pegadas dos grandes filósofos da humanidade a exemplo de Tales e Mileto, Sócrates, Platão, Diógenes, direcionando os homens pelo caminho da ética, da moral da justiça e da religiosidade.
Moisés, depois o Divino Galileu cujas lições foram absorvidas com eloqüência por Antoine de Saint-Exupéry, Hippolyte Léon Denizard Rivail, Mohandas Karamchand Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, irmã Dulce, Madre Paulínia, Dr. Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Francisco Candido Xavier e tantos outros apóstolos do bem, sempre deixando claridades diamantinas na travessia da existência para os que vêm na retaguarda.
Nesse sentir, não se pode negar que o Pai Celestial sempre cuidou e cuida de todos os seus filhos nas provas e nos resgates dos desacertos dos proscênio de nossas vidas.
Parodiando o homem de Nazaré, exortou o Celeste Amigo, para olharmos os pássaros e os lírios dos campos, dizendo-nos que eles não tecem nem fiam, mas mesmo assim o Pai cuida deles, veste-os e os alimentam de tal forma que nem mesmo Salomão no esplendor de sua glória vestiu-se como eles.
Daí, imaginar que todas as dificuldades, todos os atropelos, as doenças de que somos acometidos, a partida do ser querido, ou fogão sem lume, ou as chamadas “fatalidades” do jornadear por esse planeta, os dissabores ou as desilusões que estão em nosso caminho seriam pedras irremovíveis é um ledo engano.
Temos sem contradita na questão número 625 de “O Livro os Espíritos” o parâmetro exato para remover as pedras de nosso caminho, sem deixar absolutamente nenhuma dúvida da porta que devemos seguir.
Parafraseando o ínclito codificador na questão em apreço, declarou o espírito da verdade que o ser mais perfeito que o Senhor da Vida nos concedeu para servir de modelo e guia é Jesus.
No nosso arraial, mais próximo de cada um de nós, temos a Lei de Sociedade, colocando o homem, esse ser eminentemente gregário, na constituição da família, célula mater da sociedade civil organizada, onde encontramos o nosso “próximo” para exercitar a compreensão, a paciência, o perdão, a mansuetude, virtudes integrantes da caridade como passaporte para a felicidade.
Cabe anotar que apesar dos cuidados que a Consciência Cósmica tem com cada um de seus filhos em particular no dizer da explicação da questão 963 do mesmo codex em exame, ou seja, na intervenção de Deus nas penas e recompensas, há ainda muitos irmãos em desalinho acreditando que na estrada da vida existem pedras cujo peso torna a jornada impossível.
Assim pensando, joga fora literalmente a misericordiosa oportunidade da reencarnação ao desprezar os valores religiosos, éticos, morais e de justiça na família, na sociedade civil organizada, no trabalho, na agremiação ou na religião a que pertençam, enfim, por onde mourejam os filhos da Providência Divina, inadvertidamente há os que estão jogando fora as pedras preciosas do caminho, sem lhes dar o verdadeiro valor.
É oportuno, sob o arrimo e o sabor de nossa emoção e no calor de nossa verve, que ousamos sustentar para esse mister uma história que bem nos dá o tom em que devemos tocar na música da vida.
Conta-se que certa vez, um pescador chegou à praia para o trabalho diário como era de seu costume. Era de madrugada, o sol que sustenta a vida no planeta não havia ainda brilhado naquele dia e a lua escondia-se nas nuvens densas que davam adeus à noite das estrelas, quando sem querer chutou um saquinho cheio de pedras.
Ainda estava bem escura a noite e como dispunha de tempo antes de sua tarefa começar, resolveu-se por fazer uma caminhada pela suave brisa da noite cujo vento lhe soprava dando-lhe a sensação da grandiosidade que é ser filho de Deus.
Tomou nas mãos o saquinho encontrado no escuro e começou a jogar as pedras no mar, uma a uma, cantarolando uma canção do agrado de seu coração.
Enquanto se detinha nessa distração ouvindo o barulho da água pelo afundar da pequena pedra, o dia foi clareando e a visão se tornando plena com o sol exuberante oferecendo ao planeta Terra o seu “bom dia”, foi quando o pescador, ao se preparar para jogar a última pedra, percebeu que se tratava de uma pedra preciosa.
Oh! Meu Deus. Havia jogado fora centenas de pedras preciosas em razão de seu descuido, distração e desligamento dos valores de sua alma.
Obviamente arrependido, comentou com um amigo, desses que estão sempre presentes em nossas vidas, como pedras preciosas que Deus nos dá para quando a tempestade chegar, nos oferecer o ombro amigo e esse lhe disse:
- Realmente, seria melhor se você prestasse mais atenção no que faz. A vida é sempre bela, colorida e consentida, por essa razão devemos buscar sempre os caminhos traçados pelo Pai Celestial, absolutamente atento às suas leis, pois Ele sabe o que faz e sempre nos dá o que precisamos e não o que queremos.
Disse mais, como a estimular o amigo em sua dor pela “perda” da oportunidade, dando-lhe esperança e consolação: mas ainda bem que sobrou uma última pedra.
E assim amigos, façam valer à pena essa reencarnação, essa existência, essa oportunidade na calada da noite e a nova aurora que se aproxima para o planeta de regeneração.
Aproveitemos a última pedra ainda em nosso poder para alcançar o novo mundo que nos aguarda no planeta de regeneração para gáudio de nosso espírito.
Somos ainda possuidores de muitas pedras preciosas no coração: muitos momentos lindos vividos, outros para viver esparzindo a alegria dessa imensa oportunidade de viver no corpo físico e reparar os erros da ribalta, passando nos vestibulares da universidade da vida, encontrando a única fatalidade existente:
O destino dos filhos de Deus nos páramos celestiais. Curta a vida com sabedoria e amor, pois ela é um presente de Deus destinado aos seus filhos em provas e expiações.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, anelando tenhamos um ótimo fim e semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.