Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A ALEGRIA DE VIVER.
Os filhos de Deus, todos indistintamente criados simples e ignorantes sob os auspícios das questões 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”, têm como missionato alcançar os páramos celestiais, única fatalidade na existência terrena.
Sustente-se essa verdade, porque o acaso não existe. Ao contrário, tudo o que acontece em nossas vidas é por uma causa. Entre outras razões, provavelmente esse foi um dos motivos pelo qual o Divino Rabi da Galileia lecionou que não cai uma folha da árvore se não for pela vontade do Pai.
Convictos de que tudo, mas absolutamente tudo, em nossas vidas tem o propósito de nosso crescimento intelectual, ético, moral alcançando a elevação espiritual a que estamos destinados, é óbvio que o esforço que cada criatura faz para atingir esse apogeu é de ordem pessoal e o leva a escolher entre o caminho do bem e do mau.
É o livre arbítrio em plena ação, gerador das causas e efeitos, o que nos torna venturosos ou desalinhados com o programa social da Providência Divina para chegarmos aos altiplanos celestiais.
Meditando obre o tema da alegria de viver, evoco Jesus de Nazaré. Ninguém neste planeta de Deus, por maior a dor que tenha experimentado, chegou perto dos sofrimentos atrozes de que foi vítima o Celeste Amigo.
Indescritível o seu sofrimento no Monte Gólgata, ou na própria via Crúcis (caminho da cruz) que antecedeu o seu suplício no calvário. Oh! Meu Deus.
O homem de Nazaré, presciente de todas as agruras que iria suportar, chegou a avisar a Pedro seu fiel discípulo de que antes que o galo cantasse ele o negaria três vezes.
Mesmo assim, presciente dos acontecimentos futuros, Ele nas bodas de Canaã bailou demonstrado a todos os convivas a alegria de viver a vida bela, colorida e consentida. Fez mais, transformou a água em vinho da mais fina iguaria a ponto do anfitrião ser interrogado pelos seus convivas, dizendo-lhes: Então tu guardaste o melhor vinho para o final das bodas.
Assim amigos, apesar das dificuldades da vida, das dores, dos sofrimentos que experimentamos nas provas e expiações por que passamos, provas essas que escolhemos para avaliar até aonde já chegamos em nossa elevação espiritual, nada se constitui motivo para tristezas, desespero, desanimo ou desistência do programa de vida traçado por nós outrora na pátria espiritual.
A proposta de vida dos filhos da Consciência Cósmica, sem dúvida há de ser pela alegria de Viver. Apreciar Frank Sinatra cantado My Way, pondo atenção na letra da canção especialmente quando evoca os acertos e erros feitos de maneira personalíssima.
Por isso, ao lançar nosso olhar para o passado, percebemos muitos desacertos entre os acertos bem intencionados que logramos êxito. Olhando para frente sentimos a esperança na qualidade de filhos da Divindade de que vamos acertar os nossos projetos, porque os erros do pretérito servem de balizador para nossas pulcras condutas no presente, levando-nos ao futuro venturoso.
Evidente que é impossível acertar sempre. O importante é que não gastemos nosso tempo nem nossa energia nos torturando pelos enganos da ribalta, pois somos aprendizes da felicidade e tudo tem um propósito na vida.
A autocrítica pelo que não deu certo, já serviu ao seu propósito de educar, por isso, não permita que agora se torne nociva para a sua saúde.
Para que ficar pensando no passado em erros destinados alavancar o nosso progresso e perder o canto dos pássaros? O sol lança sua luz todos os dias sobre os bons e os maus, oferecendo o que a vida nos dá de melhor no presente.
Por isso, não se torture por algo que não deu certo no passado. É possível que tenha saído da melhor empresa onde poderia trabalhar. Talvez tenha participado de uma cizânia, ou sentido a dor da partida de um ser querido.
Quem sabe no proscênio de sua vida tenha padecido ao ver o fogão sem lume, enfim, incontáveis provas há no livro da vida de cada uma das criaturas do Senhor Da vida. Não importa o que você fez, pois tudo teve um propósito e Deus sempre abre duas portas quando uma se fecha. Não se torture.
Adote postura de coragem e perceba o que é possível fazer para consertar a situação transata e faça. Se sentir culpado pelo juízo da consciência, onde Deus depositou sua Lei, segundo os ditames da questão 621 do livro em apreço, perdoe-se.
O auto perdão é ferramenta que o Senhor do Universo concebe aos seus filhos na viagem de provas e expiações para aliviar o espírito em desalinho. Daí a questão importante. Se Deus nos perdoa, porque nós, criaturas em provas, não podemos nos perdoar? Que responda a consciência do justo.
A vida, pela reencarnação, dádiva concedida pelo Criador, continua sendo bela, colorida e consentida. Olhe para a presente existência com a luz de seus olhos, pois cada um vê a beleza que Deus colocou na natureza com a luz de seu olhar.
Alguns podem ver nas flores apenas a sutil beleza de que elas são portadoras. Outros, porém, podem ver no amor da Potestade, o autógrafo da Divindade em sua obra no altar da natureza, destinada aos seus filhos nesse planeta de provas e expiações.
Curta a vida. Com certeza não irá olvidar o passado, mas dê a ele apenas o registro que merece, pois a vida é o presente, responsável pelo nosso futuro e por isso Antoine de Saint-Exupéry exarou seu pensamento nos idos tempos, na França no século do iluminismo com muita propriedade: “Tu serás eternamente responsável por tudo que cativas”.
Reconheça a realidade. Temos muitas pedras preciosas no coração: muitos momentos lindos para se viver. Aproveitemos as oportunidades, e ao curtirmos a vida, não nos esqueçamos da prática das virtudes ensinadas pelo Divino Jardineiro.
A caridade, o perdão das ofensas, o auto perdão, a indulgência e a paciência serão o zênite e o passaporte para a felicidade, curtindo a vida, presente no universo para o nosso destino.
Nesse sentir, o ontem é o passado, o amanhã, resultado do que realizamos hoje, cabe ao Criador de nossas vidas, mas o hoje é inteiramente nosso, para escrever no livro da vida a nossa história de imensa alegria e parodiar os arquitetos da vida, construir nossa morada nos esplendores celestes.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade, anelando tenhamos um ótimo fim de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.