Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
CONVERSARSANDO COM DEUS.
Considerando somente a existência física o ser humano tem encontrado invencíveis barreiras para o diálogo indispensável com o Senhor da Vida. É a dualidade que se faz presente. O material e o imaterial.
No proscênio de nossos tempos, embora o ser humano em evolução seja portador da centelha de vida registrado no imo de nossos espíritos, por falta de melhor definição na era do politeísmo se admitia o Deus das Chuvas, dos Ventos, dos Mares, e assim uma multiplicidade de Potestades a quem conversamos solicitando os favores de que carecíamos.
Na mitologia grega, no Monte Olimpo ou cidade dos deuses, apenas para citar algumas das Divindades, Morfeu foi o Deus do Sono, Cronos o Deus do tempo, Pã o Deus da natureza e assim sucessivamente.
A primeira expressão do monoteísmo veio à luz com Akhenaton o grande faraó da XVIII Dinastia egípcia. Akhenaton era filho do faraó Amenófis III, nascido em Tebas no ano aproximado de 1362 a.C. Casou-se com Nefirtiti que muito o auxiliou no governo do Egipto e na reforma religiosa.
A historiografia mundial registra esta personalidade como a instituição de uma religião monoteísta entre os egípcios e na condição de rei ele declarou-se filho e profeta de Aton, uma divindade representada como um disco solar.
Nestas condições, Akhenaton instituiu o Deus Aton como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o representante exclusivo dessa divindade. Não por outra razão, Akhenaton pôde ser considerado o criador da idéia do Monoteismo, ou seja, a existência de um só Deus.
Muitos anos depois, o grande legislador da história da humanidade, Moisés consolida a idéia do monoteismo. Estudiosos da História acreditam que o período em que Moisés passou entre os egípcios serviu para que ele aprendesse o conceito do "Monoteísmo", criado pelo faraó Akhenaton, levando o conceito de um único Deus ao povo judeu.
Para os cristãos, Moisés - mencionado mais vezes no Novo Testamento do que qualquer outro personagem do Antigo Testamento - muitas vezes é um símbolo da lei de Deus, como exposto nos ensinamentos de Jesus. Escritores do Novo Testamento reiteradas vezes compararam as palavras e feitos de Jesus com os de Moisés para explicar a missão do Mestre por excelência.
A vinda do Divino Jardineiro à este orbi, para cumprir os designos da Consciência Cósmica, trouxe a humanidade a fórmula e a direção correta para a conversa com a Providência Divina.
Ele ensinou o “Pai Nosso que estais no céu”, dando-nos assim, uma forma mais fácil de O compreendermos. Disse-nos que Ele é todo Poderoso, Misericordioso, Bondoso por excelência, único, Onisciente, Onipotente e Onipresente.
Está em nossas vidas de todo o sempre. Nunca nos abandona. Socorre as nossas necessidades. Podemos conversar com Ele em atendimento de 24:00 horas por dia, sempre que nossos corações ansiarem por justiça, amor e caridade.
Não há mais dúvida de que o Pai é unico, Senhor da vida e do Universo. Dele temos a maior dádiva da vida que um filho pode almejar: a sua paternidade. Jesus em suas prédicas, segundo o apóstulo João, asseverou: Vós sois deuses, tudo que faço vós podeis fazer e muito mais.
Para melhor compreender esse dualismo do politeismo e do monoteismo, hoje bem entendido não mais somente no plano material, mais espiritual, o homem de nazaré na sua acertiva informou que não nos deixaria órfãos e que nos mandaria um novo consolador.
Por essa razão, tão logo estávamos em estágio de assimilar a essência do Pai Celestial, vem a lume “O Consolador” que haveria de ficar entre nós para todo o sempre.
Foi em Paris, no século do iluminismo, na figura magestosa e no dizer do espírito notável de Camille Flamarion, “o bom senso encarnado”, que veio a luz “O livro dos Espiritos”, em 18.04.1857, respondendo ao primeiro questionamento de Hippolyte Léon Denizard Rivail aos espíritos venerandos sob a égide do Espírito da Verdade.
- Que é Deus?
- Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
Nesse sentir, podemos conversar com o Senhor da vida, a qualquer tempo, em qualquer lugar, em qualquer hora, com belas palavras, com palavras singelas, com poesia, com simples manifestação de amor ao próximo, enfim, por qualquer modo. Ele nos entende, afinal Ele é nosso pai, nosso criador, na luz das respostas as questões 133 e 804 do livro em comento.
Vamos então conversar com Deus, aqui e agora, seguindo as lições que colhemos nessa manifestação de amor no mês em que a humanidade comemora o aniversário do Celeste Amigo dizendo das profundezas de nossas almas sedentas de amor:
Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, teu é o ontem, o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Neste momento, queremos-te dizer obrigado por tudo o que nos deste, na medida de nossas necessidades evolutivas.
Obrigado Senhor pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor que nos faz crescer, pelo o que nos foi possível realizar e pelo o que não foi.
Oferecemos Senhor tudo o que fizemos até esse momento, o trabalho que pudemos realizar as bênçãos que passaram pelas nossas mãos e o que com elas pudemos construir. Gostaríamos de te apresentar as pessoas que amamos ao longo deste ano que está se despedindo, as novas amizades que fizemos em nome do amor fraterno, e os antigos amores.
Ah, Senhor, não podemos nos esquecer, os que estão perto de nós e aqueles a quem pudemos ajudar, os outros com quem compartilhamos a vida, a companheira de jornada, os filhos, os amigos, os adversários, o trabalho, a dor e a alegria.
Aproveitamos dessa conversa íntima para pedir perdão. Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto, pela palavra inútil e o amor desperdiçado. Oh, Senhor, perdão pelas obras vazias e pelo trabalho quantas vezes mal realizados, perdão por viver muitos momentos sem o entusiasmo da vida, bela, colorida e consentida.
Incontáveis vezes olvidamos a oração da noite ou da manhã, nos momentos de dor ou de alegria, conversa que aos poucos fomos adiando e que agora estamos te apresentando, por todos nossos esquecimentos, descuidos e silêncios, novamente te pedimos perdão.
Agora, próximo do Natal e do Ano Novo, folha nova na vida para escrevermos nossa história, diante de renovados momentos, te apresentamos estes dias, que somente Tu sabes como chegaremos a vivê-los. Por isso, hoje, aqui e agora, queremos te rogar por nós, pelos nossos parentes e amigos, pela paz e alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Queremos viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz. Fecha, Oh Pai! nossos ouvidos a toda falsidade e retire de nossos lábios as palavras mentirosas, egoístas ou que magoem a outrem.
Pai de misericórdia, pela tua infinita bondade, em contrapartida, abre a nossos espíritos as Leis que o Cristo Trouxe à humanidade no Amor, na Justiça e na Caridade.
Que nossa alma seja repleta somente de bênçãos para que possamos derramar onde passarmos. Senhor meu Deus, nosso Pai, aos meus amigos que lêem esta mensagem, enche-os de Sabedoria, Paz e Amor, fazendo com que nossa amizade dure para o resto de nossas vidas com residência fixa em nossos corações.
Enche-nos, também, de bondade e alegria para que todas as pessoas que encontrarmos em nossos caminhos possam descobrir em nós um pouquinho de tua augusta Majestade, ao auscultar os nossos votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo, repartindo a felicidade que envolve nossas almas em nome do amantíssimo Jesus de Nazaré.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, anelando votos de um feliz Natal, Próspero Ano Novo, com Jesus, por Jesus e em Jesus.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli