Queridos amigos fraternos.
O Natal e Jesus.
O tempo é inexorável. Nem bem nos damos contas e já estamos na hora de nova celebração do natal. Os profitentes da historiografia mundial bem sabem que o Divino Galileu não nasceu no mês de dezembro. Nasceu em meados do mês de abril. A humanidade por "n" motivos de conveniência social se transferiu a data do nascimento do Celeste amigo para o mês de Dezembro.
Isso não importa.
O é que é inegável é que os filhos de Deus, na proximidade dessa data magna, começam a manifestar a sua lei de amor. Vêm os cumprimentos fraternos, os abraços afetuosos, os presentes para os necessitados. Subimos os morros da vida, levando a cesta básica, junto com o nosso carinho, tudo por conta do amor ensinado pelo Homem de Nazaré.
Assim, alhures e algures acendem-se pequenas luzinhas. As casas iluminam-se, os prédios seguem o exemplo de acenderem luz em suas dependências. Logo mais, as cidades, uma a uma estão em clima de alegria pela efeméride do ilustre aniversariante do mês de dezembro.
As nações também lançam sua claridade diamantina no globo terrestre e num só sentimento de amor, todos os filhos de Deus se permitem participarem dessa euforia de amor fraterno. Não há dúvida. É Jesus balsamizando o nosso globo. Sua paz irradia-se pelo planeta e nossos corações sentem o bálsamo de seu perfume, a essência de nardo.
Por essa razão, recordar que quando Ele veio ao planeta eram dias em que Roma dominava o mundo. Sua águia sedenta de sangue sobrevoava o cadáver das civilizações e povos vencidos. Os valores éticos eram esquecidos.
oi nessa paisagem que Jesus veio apresentar a doutrina de amor. Surgia na Terra o Homem-Luz de Personalidade inconfundível e única. Deixava transparecer nos olhos, misericordiosos, uma beleza suave e indefinível.
Possuía longos e sedosos cabelos emoldurando o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso Divino, revelando bondade imensa e singular energia. Irradiava de Sua Majestosa figura uma fascinação irresistível.
Sua palavra, Seus feitos, Seus silêncios estóicos dividiram os tempos e os fatos da história. Conviveu com os pobres e trabalhando-os transformou em heróis e santos, servidores incansáveis e ases da abnegação.
Utilizando-se do cenário da natureza, compôs a mais comovedora sinfonia de esperança. Na cátedra natural de um monte, apresentou a regra áurea para a humanidade, através dos robustos e desafiadores conceitos contidos nas bem-aventuranças.
Exaltou um grão pequenino de mostarda e repudiou a hipocrisia dourada dos poderosos em trânsito para o túmulo, quanto a covardia mofa, embora disfarçada, dos déspotas da ilusão mentirosa.
Levantou os paralíticos. Limpou os leprosos. Restituiu a visão a cegos. Reabilitou mulheres infelizes. Curou os loucos de todo gênero. Em troca do amor que dedicou foi alçado à cruz. Seus pés, que haviam caminhado para a semeadura do bem, estavam ensangüentados.
Suas mãos generosas e acariciadoras eram duas rosas vermelhas, gotejando o sangue do suplício. Sua fronte, em que se haviam abrigado os pensamentos mais puros do mundo, se mostrava aureolada de espinhos.
Mestre, uma cascata de luz e de alegria, prenunciando a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, da bondade sobre a perversidade, roga a Deus com extrema sinceridade:
"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem."
Quanto mais avança o Tempo nas trilhas da História da humanidade, deixando a saudade de sua presença física para apartando-lhe da figura sublime, no íntimo de nossos espíritos, mais amplo esplendor lhe assinala a presença.
Bem se sabe, Ele não era legislador e a sua palavra colocou os princípios da Misericórdia nos braços da Justiça. Jamais foi um administrador, mas instituiu na Caridade o campo da assistência fraternal em que os mais favorecidos podem amparar os irmãos em penúria.
Não era escritor, contudo inspirou e ainda inspira as mais belas páginas da Humanidade. Não era rábula ou advogado, entretanto continua através dos tempos a ser incansável defensor de todos os fracos e oprimidos, aqueles que vêm na retaguarda.
Jamais sonhou em ser engenheiro ou arquiteto, mas sem contradita, continua edificando as mais sólidas pontes, destinadas à aproximação e ao relacionamento entre as criaturas na pratica da solidariedade.
Não era médico, mas prossegue sanando os males do espírito, convidando-nos ao levantamento de hospitais e das obras de benemerência, capazes de estender alívio e socorro aos doentes.
Ensinou a prática do amor, renunciando à felicidade de ser amado. Revolucionário do amor que trazia no peito, exaltou exaustivamente a extinção do ódio, desculpando sem condições a todos àqueles que lhe ultrajaram a existência.
Quando crucificado e tido por malfeitor pela assembléia comandada por Caifaz, há mais de vinte séculos, quando os povos tentam apagar-lhe os ensinamentos, a Civilização treme nas bases. É o homem de Nazaré que conserva a sabedoria e a beleza dos anjos conhecido pelo nome de Jesus Cristo.
Por isso amigos, no transcorrer do ano, na sofreguidão que toma conta de nossas almas, em busca do reto cumprimento dos deveres, e do apoio indispensável à família, vamos tocando a vida com alegrias, tristezas, momentos de dor e de felicidade, componentes da cesta básica da vida.
Todavia, no instante em que a humanidade inteira começa a pensar no Divino Rabi da Galiléia, aparece como se fosse mágica, um clima de confraternização convidando os filhos de Deus a subirem os morros para levarem o alimento, roupas e demais suprimentos, tudo acompanhado do abraço carinhoso que fortalece os corações dos que estão estiolados pelas necessidades.
É a caridade que se faz presente. O planeta todo se envolve na atmosfera de amor do Celeste Amigo, e timidamente as luzes da esperança começam a anunciar de casa em casa, de cidade em cidade, a chegada do Messias para que todo o Planeta Terra esteja sob a luz diamantina do Divino Jardineiro iluminando nossas vidas e nossas almas.
Não nos esqueçamos. É um momento especial de renovação para o espírito. Assim como Deus na sua infinita sabedoria deu à natureza a capacidade de desabrochar a cada nova estação, da mesma sorte, haurimos pela passagem do Natal, a esperança do amor de Jesus, com a capacidade de recomeçar a cada nova celebração de sua efeméride.
Dessa forma amigos, comemorar o Natal é mais do que reunir a família em torno da mesa farta, quando outros estão sem o necessário. Comemorar o Natal e unir os corações em ventura para homenagear o preclaro aniversariante do mês de Dezembro, praticando o seu santo evangelho. Comemorar o Natal é amar o próximo, é dar amparo, fazer preces e agradecer ao Pai Celestial pelas bênçãos recebidas durante o ano que se finda. Viver o Natal é cantar as alegrias da efeméride em rima, prosa e verso, como Deus no universo.
Feliz Natal – Próspero Ano Novo - Jaime Facioli e família. – Dezembro de 2010.
(Ideário inspirado e colhido de F.C. Xavier – Emmanuel - In: Esperança e Luz).