Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
A DEPRESSÃO - O FANTASMA DA ATUALIDADE –
O ser humano detém no cérebro, particularmente complexo e extenso apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 25% dos hemisférios cerebrais. Ele é único e nos dá o poder de pensar, planejar, falar, imaginar.
Possui delicada sensibilidade não obstante o rotularmos de caixa de surpresa tantas e delicadas são as suas ramificações, conexões e a sensibilidade que cada filho da Providência Divina que não imagina em sua vã filosofia.
Além das incontáveis funções para bem gerenciar o comando do corpo humano não se pode negar que as doenças de todo o gênero têm sua raiz nos pensamentos, nas atitudes que adotamos em nossas vidas.
Por outro lado, a realidade nos convida ao bom combate para atender o imperativo da lei de progresso. Não por outra razão, ocorrendo sucesso nos projetos que traçamos para o nosso bem estar, somos todos “felizes”.
Ao contrário senso, quando nossas pulcras intenções, seja no campo afetivo, profissional, social ou familiar esbarra nas dificuldades e no contratempo da existência como prova de nossa capacitação, provas da vida ou expiações, abrimos espaços para as chamadas “doenças” por nos sentirmos “infelizes”.
Sob o díptico de Joanna de Ângelis, a doença não é causa, mas uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam pelos nossos pensamentos. (A ORIGEM ESPIRITUAL DAS DOENÇAS) http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/a-origem-espiritual-das-doencas/#ixzz1B8WEfY2A
O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos. Nesse sentir, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mental e emocionalmente.
No livro “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.
Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos.
Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. Óbvio sob o rigor dessas considerações que a energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, conduzindo a energia de nossos pensamentos e sentimentos.
Vigiar o que pensamos e o que sentimos a respeito de outrem é dever que se impõe ao bom cristão. Nesse particular, não se olvide também o ideário de André Luiz ao estabelecer que:
“se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo à doença”.
Nostalgia e Depressão: Joanna de Ângelis, espírito benfeitor da humanidade, Psicografado por Divaldo Franco estabelece no capítulo 19 – sobre o tema, dizendo que:
”As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão. O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.
Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia.
A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir, ou de ocorrências da atual.
Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais.
Quando, porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional. A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. Esse deperecimento emocional, faz-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos.
A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus. Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico.
No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida. À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade.
Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde.
Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos. A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente.
... Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.
É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo. Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.
... Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm. ...
Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio. Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido. ...
Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos. O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da autocompaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.
Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força. ...
A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais complexidades e dificuldades de recuperação.
O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais”.
Sob o manto dessas memoráveis lições, subjetivamente se pode dizer que a doença dita do século, a depressão, o fantasma que nos assusta e estreita o caminho para a síndrome do pânico, pode e será de bom alvitre também ser enfrentada sob os ditames da religiosidade e da logística.
Em outra dialética, aproveitando-se das dificuldades da vida como oportunidades de crescimento e elevação espiritual, olvidando-se das tentativas infrutíferas de reclamação e mediante atitudes positivas buscar a solução ao nosso alcance.
Ora, por que os barcos avançam sobre a água e os aviões trafegam no ar? Nossa reflexão dirá que é porque a água e o ar oferecem resistência.
Se assim é, sem contradita que os obstáculos da vida ou aos projetos existenciais tem o mesmo papel em nossa existência e a tarefa de cada um dos filhos de Deus será fazer das dificuldades degraus da escada que nos levará aos píncaros das cumeadas até alcançarmos os páramos celestiais.
Impregnados nos sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade em nome do Divino Galileu com votos de um ótimo final de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
jaime Facioli.