Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
PELAS PORTAS DO CORAÇÃO.
Em todas as criaturas, filhos da Providência Divina, sem contradita há uma necessidade de se alcançar a felicidade. Trabalha-se, estuda-se, caminha-se pelas veredas da existência, felizes ou trôpegos, mas sempre em busca do “pote d’ouro” no fim do arco-íris, na esperança incansável de encontrar a paz que o espírito deseja com tanta sofreguidão.
Em verdade, não há como negar, indiscutivelmente estamos sempre à procura de uma entrada que nos leve aos páramos celestiais. O evangelho redivivo do Homem de Nazaré concita-nos a refletir sobre a porta estreita e a porta larga da vida.
São recomendações preciosas sobre o bem proceder, a probidade, a lisura de nossos atos, professar a verdade, não mentir, não enganar a ninguém sob nenhum pretexto, não matar, não roubar e por aí vão todas as normas de conduta a serem seguidas pelos filhos de Deus.
Jesus de Nazaré prescreveu essa luminosa prédica no amar-vos uns aos outros, poema recitado incansavelmente pelo apóstolo João quando suas forças já combalidas não lhe permitiam outra postura senão o exercício da palavra em nome do amor.
Por essa razão, essas anotações, devem ser praticadas por todos os que desejam um mundo melhor, justo, equilibrado e equânime, quer seja na sociedade civil organizada, na família, no ambiente de trabalho ou nos passeios que levamos a efeito a título de descontrair e relaxar em período de férias.
Qual, todavia, a porta de entrada para altiplanos celestiais? Perguntar-se-á, com muita razão, aqueles que têm sede de atenderem ao convite do Divino Jardineiro para ter puro o coração.
A PORTA DE ENTRADA É O CORAÇÃO.
Não nos referimos ao órgão maravilhoso componente do corpo físico que mantém a vida estuando dentro de cada ser humano, possibilitando cumprir o seu designo. A dialética se propõe a estudar o coração como entrada dos sentimentos d’alma, repositório dos sentimentos mais nobres dos seres humanos e da qual os poetas fizeram ícones para cantar em prosas, versos a abertura de seu espírito imortal em nome do amor sublime amor.
Não por outra razão, temos a convicção de que no proscênio da história da humanidade, a capacidade e necessidade de amar aumentam a cada dia coroando o valor humano consistente na união de todos os seres entre si e as criações de Deus.
Indiscutivelmente, embora abstrato, difícil de pegar, contar ou medir, o verdadeiro progresso material e espiritual na sua caminhada pelo progresso a que está sujeito, deve estar a serviço do amor, vale dizer, a autêntica evolução do ser humano somente existirá se formos embriagados pela seiva do amor na excelência da palavra.
O verdadeiro ideal que está dentro de cada um de nós incide na liberdade de escolher amar a todos ou viver um grande amor. O primeiro grande progresso de nossas vidas é o despertar da espiritualidade.
O corpo significa a casa temporária do espírito, mas a posse definitiva desta casa está na consciência livre de cada um de nós como conjunto, como ser personalíssimo que somos.
Não há dois espíritos iguais.
Neste estado único de si mesmo, de todas as possibilidades e de todos os valores contidos no mundo, não se pode olvidar e menos ainda deixar que a "alma" perca o valor do eu consciente e livre.
Sobre outra dicção, isso significa abrir uma porta para o amor. O ser humano que diz a si mesmo um sim consciente e livre, diz também um sim à sua unidade com os outros e passa a enxergar a luz no âmbito coletivo e isso não exclui nada da criação.
O amor faculta o aprendizado capaz de iluminar a alma e o coração de cada um de nós não obstante os céticos o contestem. De qualquer sorte, o crescimento da humanidade sempre foi exercício na luta constante pelo amor.
O amor é ato voluntário de solidariedade do ser humano, digamos que de um lado ele faz parte da plenitude do amor entre um homem e uma mulher, mas também e principalmente entre todas as criaturas da Divindade, sobretudo entre o Pai Celestial.
O amor como virtude, pode-se expandir e os meios livres de comunicação permitem a fala silenciosa dos corações a compreender melhor a solidariedade universal.
Cada um de nós pode ser testemunha da alegria de quando estamos vivendo em pleno amor. Lamenta-se, entretanto, que enquanto o amor adentra pela porta o coração, ainda existem pessoas egoístas, cruéis e insensíveis para com os seus semelhantes.
Oh! Meu Deus. O ser humano ainda não exercita o amor como propôs o Divino Jardineiro para aplacar a necessidade do outro e lutar para aliviar o coração em sofrimento ou que vem na retaguarda da vida.
O reino do amor se realiza pela união de todos os seres entre si num amor comum, universal e livre ao sabor dos ventos. No amor particular, permanece sempre a união mais pessoal do coração de cada um.
Permanece voluntário; está diante de uma escolha. Na Terra, o ser humano sempre pode recusar o amor. Porém, sem a magia do amor, torna-se um visitante sem importância. Com o poder de amar, cresce igualmente o poder da alegria, do saber, do equilíbrio, da cura.
A fórmula ou imagem que merece toda nossa meditação, que encontrará lugar no tesouro das grandes palavras inspiradoras em que a espiritualidade depositou na sua experiência da vida e das relações com a energia limpa e pura do amor.
Anelamos que a retórica e o propósito da vida não seja só a procura dos bens materiais, do nosso mundo dos pensamentos invisíveis, mas o esforço esperado de nossa constância que deve se consumar além de uma total transformação de nós mesmos e de tudo o que nos envolve, para que possamos definitiva e livremente escolher o amor como principal raiz da vida, atendendo o comando maior da lição de Jesus: amar ao próximo como a si mesmo.
Neste estado d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um ótimo final de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.