Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
MANTER-SE JOVEM CELEBRANDO A VIDA.
Um dos postulados onde se alicerça a doutrina rediviva do Divino Pastor é sem dúvida o Livre arbítrio. É essa ferramenta sem contradita que o Senhor da Vida nos concedeu que não permite a ninguém exprobar contra as suas Leis ou acontecimentos que estiolem nossas almas.
Evoco Jesus de Nazaré em sua luminosa lição ao estabelecer que não cai uma folha da árvore se não for pela vontade do Pai. A propósito das provas a que estamos submetidos por vontade própria, não se olvide anotar a saciedade.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Capítulo V, sobre a rubrica de “Bem Aventurados os Aflitos”, há memorável ensinamento da lavra do iluminado espírito de Santo Agostinho outrora consagrado Bispo de Hipona que se recusou a utilizar a Mitra em sinal de humildade.
É deste baluarte da Igreja Católica o venerando ensinamento de que o mal é o remédio e cujo texto nos permitimos transcrever “ipsis verbis” para ficar fiel aos seus pensamentos:
O MAL É O REMÉDIO:
Vossa Terra é, pois, um lugar de alegria, um paraíso de delícias? A voz do profeta não ressoa mais aos vossos ouvidos?
Ele não apregoou que haveria prantos e ranger de dentes para aqueles que nascessem nesse vale de dores? Vós que viestes aí viver, esperais, pois, lágrimas cruciantes e penas amargas, e mais as vossas dores sejam agudas e profundas, olhai o céu e bendizei o Senhor por ter querido vos experimentar!...
Ó homens! Não reconhecereis, pois, o poder de vosso mestre senão quando ele tiver curado as chagas do vosso corpo e coroado os vossos dias de beatitude e alegria?
Não reconhecereis, pois, seu amor senão quando ele vos tiver adornado o vosso corpo com todas as glórias, e lhe tiver restituído seu brilho e sua brancura?
Imitai aquele que vos foi dado como exemplo; chegado ao último degrau da abjeção e da miséria, estendido sobre o lixo, disse a Deus: Senhor, conheci todas as alegrias da opulência e me reduzistes à miséria mais profunda; obrigado meu Deus, por querer bem experimentar vosso servo!
Até quando vossos olhares se deterão nos horizontes marcados pela morte? Quando vossa alma desejará, enfim, se soltar além dos limites de um túmulo?
Mas se devêsseis chorar e sofrer toda uma vida, que seria isso ao lado da eternidade de glória reservada àquele que tiver suportado a prova com fé, amor e resignação?
Procurais, pois, consolações aos vossos males no futuro que Deus vos prepara, e a causa deles no passado, e vós, que sofreis mais, considerais-vos os bem-aventurados da Terra.
No sentir da inesquecível lição de Santo Agostinho, não há razão para nos revoltarmos com os dissabores e os combates que travamos no nosso barco na travessia pelos mares bravios da vida.
Em verdade, nossa vida tem cores que incontáveis vezes nem percebemos. Os sons com que a natureza nos brinca, é comum não ouvirmos. Há sabores e experiências que ainda não provamos.
Da mesma sorte, existem armadilhas que nós mesmos armamos para os nossos descaminhos. Por isso, quantas e quantas vezes enveredamos pela entrada da porta larga dos prazeres, do sexo desregrado, do furto, do roubo, da mentira e da má palavra.
Consideremos que nos falta tempo para apreciar os detalhes de uma vida, bela, colorida e consentida. A proposta pulcra é não deixarmos o precioso tempo escorrer pelos dedos das mãos, como se as pérolas preciosas fossem atiradas àqueles que dela não sabem fazer bom uso das bênçãos recebidas do Senhor do Universo.
OH! Meu Deus. São os filhos que crescem, os netos vão chegando e não percebemos quanto amor e alegria eles nos trazem em nome da benção da reencarnação.
Não podemos em nome do amor e do espírito sempre jovem permitir cair na rotina. É indispensável ao envelhecer o corpo físico, não abandonarmos nossos sonhos em nome do amor, da vida, e do espírito sempre jovem, celebrando a vida como dádiva preciosa concedida pela Providência Divina.
Passamos pela vida e reclamamos, um ano começa e quando vemos, já acabou sem ao menos termos vivido. Nossas orações são ladainhas repetidas, expressões vazias da nossa desilusão.
Deus no trono distante e nós na Terra errante. Não há mais tempo para a vida, apenas para os compromissos inadiáveis da nossa agonia. Somos empurrados pelo consumismo, somos esmagados pelas dívidas, pelo preço de viver.
Na luta diária da sobrevivência não há tempo: Para poesia, para as flores, para sentar-se no chão, andar descalço, namorar na praça, andar sem direção, mas tendo com Deus uma comunhão.
Estamos sempre fugindo do encontro crucial entre nós e os nossos sonhos. Entre o que queremos e o que não temos, entre o que imaginamos e o que é.
Por isso, inexorável é a pergunta que não cala a nossa consciência: Para onde vamos? Permita Deus, nosso Pai, Onipotente, Onisciente e Onipresente, que possamos sempre caminhar em nome da felicidade, descobrindo que a vida é um presente sem igual, que o Senhor do Universo oferece para seus filhos manterem-se jovens e celebrando a vida.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, desejando um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.