Queridos amigos Fraternos.
Jesus sê conosco.
MEDE-SE O TAMANHO DE UM HOMEM PELA FORMA COM QUE ELE TRATA OS SEUS SEMELHANTES.
Os homens com raras exceções estão sempre em busca do brilho que lhe dê fama e os façam conhecidos e idolatrados entre os seus pares ou seus semelhantes.
A procura de ser o maior e o melhor em todas as profissões, em todas as atividades é o ícone perseguido com sofreguidão pelos que têm sede de estarem em relevo como se essa notoriedade fosse o elemento de primeira necessidade.
Curioso é que a busca dessa notoriedade, apesar de nos custar muito caro em horas de musculação ou de opressão ao irmão entibiado pelas circunstâncias da vida, não leva em consideração os ensinamentos da historiografia mundial.
A caridade certamente é a ferramenta e a carta e alforria que pode nos conduzir a ser o maior na verdadeira expressão da palavra.
Em verdade, somente nos sentimos felizes quando percebemos a felicidade e o bem estar dos que nos rodeiam estamparem no rosto os mais puros sentimentos d’alma.
Daí, compreendendo o nosso próximo, tratando-os com dignidade, com respeito, não importando a posição que o nosso irmão estiolado ocupe ou a natureza do serviço que presta, seja atendente, vendedor, lixeiro, operador de máquina, motorista, engenheiro, advogado, médico ou ministro, todos têm o direito a ser tratados com amor, respeito e consideração.
Dessa forma, pode-se medir o tamanho de um homem verdadeiro pela forma com que trata seus irmãos no jornadear por essa existência efêmera. Pedimos licença para evocar a figura majestosa de Jesus de Nazaré, o homem saído de um lugarejo chamado Nazaré que em nome de Deus, em sua estrema humildade veio ao mundo para nos oferecer o cálice da vida.
Que não nos engane nossa vã filosofia, Ele é o maior, sendo o menor, o mais paciente, o mais amoroso, o mais pulcro, foi e é o caminho a verdade e vida a ser seguida, como modelo perfeito segundo dispõe a questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”.
Jesus era possuidor de paciência inigualável e compreensão em limites, ouvindo sempre aqueles que O procuravam, auscultando suas súplicas mais simples com atenção e, em cada oportunidade, deixava lições profundas, completas, para ser entendidas naquele momento, bem como servirem aos séculos vindouros como até os dias de hoje fala aos nossos corações fazendo-nos verter lágrimas de alegria pela vida, bela, colorida e consentida.
Certa feita, escutou os discípulos discutindo entre eles, sobre qual seria o maior, o mais amado, o de importância mais significativa no colégio apostolar:
Todos reconhecemos que João é distinguido pelo vosso amor; Pedro é merecedor da mais expressiva confiança; Judas guarda as moedas e se encarrega do controle das nossas modestas finanças... E os demais? Que somos e que papel desempenhamos no grupo? Afinal, qual de nós é o maior?
Óbviamente, estamos convictos, se sentiram constrangidos pela disputa, mas como ela aconteceu, era justo serem honestos, libertando-se das dúvidas. Foi nesse instante que Jesus os envolveu na luz da compaixão, e com a sabedoria habitual, respondeu-lhes:
O grão de mostarda, menor e mais insignificante que qualquer outra semente, reverdece com o mesmo tom o solo abençoado pelo trigo vigoroso.
O fruto do carvalho desenvolve a árvore grandiosa que nela jaz, assim como o pólen, quase invisível de todas as flores, se encarrega de transmitir beleza e perpetuar a espécie em outras plantas. Todos são importantes na paisagem terrestre.
O grão de areia se anula ante outro para construir a praia imensa, que recebe o carinhoso movimento das ondas arrebentando-se no seu leito reluzente. Tudo é importante diante de meu Pai, não pela grandeza, mas pelo significado de que cada coisa se reveste para a utilidade da vida.
Nos dias atuais, em que ainda tanto se faz questão de ser o melhor, o mais importante, o número um, precisamos refletir sobre as orientações do Cristo. A competição desenfreada tem nos feito escravos do sucesso e das aparências.
A vaidade tem ditado as regras em todas as áreas, transformando algumas em mais importantes que outras, por questões puramente materialistas. Julga-se a importância desta ou daquela atividade, por sua visibilidade na mídia, ou por sua remuneração material.
Tenha piedade de nós a Consciência Cósmica, pois o mundo moderno e seus valores desprovidos dos sentimentos d’alma, bem parecem e são muito semelhantes à conversa dos discípulos em torno de quem seria o maior entre eles e o mais amado pelo homem de Nazaré.
A sociedade moderna carece e muito dos valores da alma, dos sentimentos puros do espírito. Necessita urgentemente espiritualizar-se, buscar amar antes e ser amado, dar sem esperar a retribuição, abrir os braços em qualquer direção para abraçar ao irmão, sem importar-se com a sua posição social ou de trabalhador modesto.
Oh, Meu Deus! Com que sofreguidão se deseja ser amado, ser o primeiro, ser o mais importante, quiçá o melhor, ao sentir o coração carecendo preencher o vazio existencial de nossas vidas ao vibrar pela percepção extra sensorial nos recônditos d’alma ausente os sentimentos pulcros do Divino Mestre Jesus.
O Celeste amigo, deu-nos a resposta nos idos tempo e ainda hoje estamos a decodificar os enigmas do bem servir, da caridade e do verdadeiro amor, em nome da lei de Justiça, Amor e Caridade que Ele nos trouxe.
Naquela ensancha, não deixou dúvida de que todos são importantes, pois somos criaturas da Divindade. Cumprindo Sua promessa, aos 18.04.1857, vem à lume as questões 133 e ao depois a 804 de “O Livro dos Espíritos”, consolidando sua assertiva.
Nas palavras benditas do Celeste amigo, Ele asseverou ainda que entre os homens, o maior sempre seria aquele que se esquecesse de si mesmo, tornando-se o melhor servidor.
Sobre outro díptico, o maior seria aquele que não se cansasse de ajudar, de cooperar com os outros por onde mourejasse, sinal absoluto de solidariedade, realizando pelo próximo tudo que gostaríamos que nos fizessem.
Auscultar nossa alma será sempre de bom alvitre para ouvir o mestre nos ensinar na atualidade que suas lições permanecem sempre atuais que permanecem nos esperando como Aquele que oferece o caminho da verdadeira vida.
Nesse sentir, se deseja ser o maior entre os teus semelhantes, seja aquele que os trata com dignidade, com atenção, com paciência, com carinho e com amor ao teu próximo, assim como gostaríamos que nos tratasse.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.