A questão mais comum ouvida entre os candidatos à felicidade no jornadear por esse planeta de provas e expiações em fase de transição para o mundo de regeneração, no dizer do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, é que a vida é difícil, o que é a pura expressão da verdade.
No “Evangelho Segundo o Espiritismo”, encontramos preciosa lição a respeito dessas “durezas da vida”. É no capítulo V, “Bem aventurados os aflitos”, no item 18 na instrução dos espíritos, precisamente sobre o bem e o mau sofrer.
De fato, toda vitória alcançada ou mesmo a derrota, passa necessariamente pelo prévio esforço daquele que a obtém ou se nutre da experiência necessária para a jornada. Nada vem de “graça”. Tudo tem um preço, irá dizer o ditado popular.
Nesse sentir, quando o Cristo de Deus pronunciou essa assertiva “Bem aventurados os aflitos que deles é o reino dos céus”, podemos conceber que não se tenha em mente aqueles que sofrem, porque em geral todos aqueles que estão nesse mundo sofrem objetivando a sua melhora e progresso.
Todavia, quantos “sofrem” suportando as provas de forma digna, resignada, confiando no Pai Celestial de que a carga em sua Lei de Justiça é absolutamente equânime. Jamais irá por fardos mais pesados do que aqueles que sejamos capazes de suportar.
N
esse sentido, a “dureza da vida” na verdade nada tem de impossível que não sejamos capazes de enfrentar. Por essa mesma razão, o apóstolo Paulo exortava o bom combate. Vive-se. Trabalha-se. Experimentam-se alegrias. Suportam-se as dores. Sente-se a vida bela, colorida e consentida.
A final de contas, nenhum de nós aqui nesse planeta sobre a governança de Jesus está em viagem de férias, mas em provas e expiações, contudo pela misericórdia do Pai Celestial, há entre nós espíritos reencarnados em missão para nos conduzir e indicar o caminho reto para chegarmos aos páramos celestiais.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembléias do engano voluntário. O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até a vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É ‘sal da Terra’, força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Amai vossos inimigos. Orai pelos que vos perseguem e caluniam. Bendizei os que vos maldizem. Emprestai sem nada esperardes. Não julgueis para não serdes julgados. Entre vós, o maior seja servo de todos. Buscai a porta estreita. Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. No mundo, tereis tribulações."
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime Dele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. A reforma íntima é condição “sine qua non” para o trabalho na messe de amor do Divino Pastor.
É
o que assevera o espírito Emmanuel pelas mãos abençoadas de Francisco Candido Xavier, no livro “Segue-me” ao estabelecer: “Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante. Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz”.
Neste estado d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.