O ser humano primordialmente tem como função a dedicação ao trabalho. É através do trabalho que seus desejos, seus sonhos atingem o ápice das realizações e a alegria da conquista dos projetos lhe dá a sensação de estar realizado.
A conquista e a satisfação de um projeto sempre ocasionam novas propostas, uma vez que a satisfação de um desejo lhe gera outro que lhe é imediato.
A vida assim é um constante sim, e um eterno não. O homem que se deixa levar sem projetos está fadado a proceder como um misantropo e não como um filho de Deus em busca das realizações d’alma para chegar aos páramos celestiais.
Para essa jornada em respeito à lei de progresso há duas maneiras de proceder ou duas estradas a ser trilhadas. A da incompreensão da existência, ou do compasso do amor.
Seguindo os ditames das Leis Divinas, estaremos optando pelo compasso do amor, divino amor, sempre a nos inspirar viver a vida bela, colorida e consentida.
Se ao usar o livre arbítrio, escolhermos as reclamações contra tudo e contra todos, e como consequência a Potestade, a existência e o trabalho tornar-se-á um verdadeiro “inferno” e ao descompasso do amor.
E, em verdade se respirarmos em clima de ansiedade, de desesperança, de revolta, as nossas aspirações serão sempre infrutíferas fazendo ressaltar o clima negativo ao qual nos propusemos, arrostando-nos ao pessimismo perdendo o compasso da melodia imortal da vida.
Será nesse estado d’alma que a dor manterá presença constante nos quadros da vida, asfixiando os ideais de beleza e os sonhos de elevação do espírito em busca de seu destino bailando a melodia imortal na alegria de viver.
A estrada da desesperança sem acertar os passos com a melodia da vida será enfermidade dominadora produzindo desespero e loucura se expandindo e ao anestesiar o desencanto, impossibilita os sorrisos e a imensa alegria de viver, chorar e sorrir o sorriso largo que encanta e derrama felicidade pelos compassos da vida.
Sem dúvida, a amarga escolha dos descompassos da melodia imortal a existência, governa o desequilíbrio das emoções que não suporta os impactos da luta e deixa antever o grito da fome ceifando vidas ou comandando a traição do bem viver.
Não há como negar que será todo um séquito de vis paixões e misérias morais a tomar o corpo, sobrepairando, soberanas, ante as concessões da alegria, as aspirações nobilitantes, que perduram, ainda, em alguns lutadores denodados.
Na fuga da realidade em que encetas para longe nobres funções acaba por perder a dimensão da verdade, e se mesclam ante a observação caótica os valores ideais e os pressupostos verdadeiros do grande baile da vida.
Por isso, sempre nos mostramos como somos interiormente e urge a reforma interior para aliviar as dores e tornar o clima interior alegre e festivo.
É imperativo sair da cela pessimista em que, espontaneamente, nos encarceramos. Há beleza e cor em toda parte, poesia e arte em todo lugar esperando a visão dos teus olhos, a percepção dos teus ouvidos, a sensibilidade da tua emoção, antes que se embotem, demorando-se incapazes de novos registros.
Se, e quando nos permitimos agir ao compasso do amor, não obstante o desconcerto em derredor logramos enriquecer-nos de esperança, que nos convoca à alegria de viver.
Preparemo-nos para desfrutar no sentido positivo de todas as ocorrências, mesmo que algumas, de início, possam afigurar-se perniciosas.
O operário diligente consegue realizações com o material de que pode dispor. O agricultor competente e pertinaz não se deixa vencer pelo solo adusto, já que conhece os recursos para transformar a terra, abençoando-a com fertilidade.
Se por ventura o momento for de cizânia com outros irmãos de caminhada ou nos defrontamos com adversário soez e gratuito, será no compasso de amor, sublime amor que os desculparemos e lhe daremos cordial atenção até trazê-los para o compasso do amor lhanozo.
Sob os auspícios dos sentimentos nobres do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Angelis, In: Celeiro de Bênçãos pela psicografia de Divaldo Pereira Franco de onde também se haure esse ideário:
Todos são sensíveis à tolerância, à bondade, aos sentimentos da renúncia e da abnegação. O ritmo do bem é compasso de amor.
Amor que se expande - felicidade que se espraia no país dos corações. Higieniza o espírito e coloca no íntimo a musicalidade que cante ao compasso do amor e verás reverdecer-se a paisagem das tuas aspirações, fruindo, desde logo, as relevantes concessões da alegria pura.
Não há maneira de evitar no dia a dia e hora a hora, as experiências a que estamos submetidos nas provas e expiações. Viver em sociedade tem essa lirial característica.
Convivemos com os bons ensinamentos, as boas palavras, as obras beneméritas, a prática da caridade em todos os seus tons de amor pleno e os bons exemplos.
A propósito, não olvidamos evocar as luminosas figuras de Antoine de Saint-Exupéry, Hippolyte Léon Denizard Rivail, Mohandas Karamchand Gandhi, Eurípedes Barsanulfo, Dr. Bezerra de Menezes, Madre Tereza de Calcutá, Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, e outros incontáveis trabalhadores das hostes do amor e do progresso da humanidade.
A respeito do tema em apreço, não nos esqueçamos do mais digno exemplo de amor, caridade com todos os predicados que a nossa vã filosofia pode imaginar: Jesus de Nazaré.
Envolvidos nesse sentimento da grandiosa festa da vida, no compasso do amor e da vida, bela colorida e consentida, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.