A vida não é fácil de ser vivida. Enganam-se aqueles que imaginam que esse seja um planeta de veraneio. Em verdade, é um planeta de provas e expiações. Lugar destinado às provas que pelas duras experiências podem nos levar às vitórias que desejam nossas almas com sofreguidão.
Diante das difíceis provas que experimentamos todos os dias sem distinção de raça, credo ou cor, para a nossa avaliação a fim de identificar o nosso grau de elevação espiritual, passaporte de nosso progresso, muitas vezes nos deixamos levar pelo desânimo.
Não por outra razão, reiteradas vezes pensamos em desistir de tudo, deixar os sonhos de lado e nos entregarmos aos braços de Cronos, o Deus da mitologia grega do Tempo, e deixar o "tempo" passar.
Ao deparar com uma injustiça, segundo o senso de justiça que o Senhor da Vida depositou em nossas consciências, sob a égide da questão número 621 de “O livro dos Espíritos” abandonamos o campo da luta com o coração amargurado.
No exercício das atividades junto à família, no trabalho, na sociedade onde mourejamos, ou do Centro Espírita, quiçá na Igreja Católica, ou nos templos dos Evangélicos, ou qualquer conclave das mais de 4.000 religiões nesse mundo de Deus, nos permitimos à dissidência fazer morada nos nossos corações.
Óbvio, portanto que as religiões indistintamente se propõem a fornecer o endereço de Deus aos seus fiéis para nos auxiliar na caminhada da vida, ao sentirmos o peso da responsabilidade sem ter com quem dividir os nossos desaires, motivo porque hebetamos nossos mais puros sentimentos d’alma em fuga do bom combate, que parece ser a única saída.
OH! Amigos. Quantas vezes permitimos a solidão tomar conta de nossos corações, mesmo estando cercados de pessoas de nossa mais elevada estima e consideração. Doutras vezes, aquela lágrima teima em cair justamente quando precisamos ser fortes a fim de mantermos a fé robusta na Providência Divina e nas lições do Homem de Nazaré.
Inúmeras são as ocorrências em que pedimos ao Senhor da Vida que nos dê força e luz para pacificar nossos anseios, nossas incertezas, mas uma sensação de desesperança parece nos dizer que não seremos atendidos.
Ledo engano.
Ao observador atento, surge um sorriso de criança como se a dizer, não se preocupe, está tudo sob controle. Nasce um abraço fraterno inesperado de um amigo, e as palavras que consolam como o nascer do sol, vem a borbotão trazendo-nos a esperança de um porvir melhor, cheio de luz daquele que governa esse planeta de provas e expiações.
Ninguém em sã consciência pode assegurar que nos momentos difíceis e angustiantes da nossa existência, quando nossa alma anela pela proteção da Divindade, algo de bom não nos acontece, convidando-nos a recordar a prédica de Jesus de Nazaré, para olharmos os pássaros e os lírios dos campos.
Por essas razões, o instrumento da esperança e da confiança é o espeque que nos garante ver a luz do mundo em nome do amor do Cristo. Com esperança surge a força de que tanto precisamos para crer.
Não há nada nas mãos de Cronos, nada absolutamente nada, que não nos faça esquecer ou superar as dificuldades, em nome da fé de que somos portadores na qualidade de filhos de Deus.
Nesse sentido, afiançar que a vida é um lindo caminho a ser percorrido. Mesmo quando diminuímos os passos, seja em razão da preocupação natural para avançar com segurança, seja em razão da idade que chega exaurindo o tônus vital da existência, há sempre um Horizonte nos esperando e é para além desse horizonte que se localiza o nosso destino.
Convidemo-nos a ir sempre além das perspectivas. Somos imbatíveis. Nada para nos é impossível. Somos Deuses no dizer do Divino Jardineiro. Nosso lugar é nos páramos celestiais.
Por essa razão, tendo o Cristo de Deus cumprido a sua promessa de enviar ao mundo um novo consolador, como ocorreu no próximo passado dia 18 de abril de 1857, na cidade de Paris, vindo a lume a Luz do Mundo pelo "Livro dos Espíritos", a nenhum de nós será lícito olvidar que a comunicação dos espíritos esclarece a inteligência do homem e presta serviços relevantes sob o seguinte díptico:
O espiritismo pode Integrar você no conhecimento de sua posição de criatura eterna e responsável, diante da vida que o Senhor do Universo lhe concedeu, bela, colorida e consentida.
Expõe-nos o sentido real das lições do CRISTO e de todos os outros mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta de provas e expiações sob a governança de Jesus de Nazaré.
Não permite o perecimento do sentido real das lições do CRISTO e de demais arautos do bem, benfeitores e mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta.
Revela-nos com clareza o princípio da reencarnação, esclarecendo à saciedade a Lei de Deus, e o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais.
Confere-nos as forças necessárias para suportar as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a cada um de seus filhos que somos o instrumento físico que reflete as condições ou necessidades do espírito em direção ao seu progresso.
Pacifica nossas almas a respeito dos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração, cuja recuperação se operacionaliza pelo instrumento do amor.
Liberta a nossa mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa e elimina as preocupações acerca do futuro além da "morte", lecionando que a vida continua depois da vida.
Conforta nossas almas no intercâmbio com os entes queridos, depois da grande viagem, quando deixa no sepulcro a veste da carne, diante do conhecimento da mediunidade que se manifesta além túmulo.
Esclarece aos filhos de Deus na retaguarda da vida como proceder para curar a obsessão em qualquer de suas modalidades.
A fé raciocinada é o ícone que não deixa dúvida sobre o imperativo da caridade como caminho e luz para os esplendores celestes.
A luz do mundo auxilia os filhos da Potestade a revisar os conceitos de trabalho e tempo, beneficiando também a certeza de que se levarmos vantagens ilícitas prejudicando a outrem estaremos prejudicando a nós próprios.
Essa luz do consolador prometido pelo Divino Pastor garante-nos serenidade e paz diante das calúnias ou das críticas acerbas e, concomitantemente nos dá a noção de considerar os adversários como instrutores.
É da lavra da luz do mundo que provêm todas as explicações sobre as dificuldades exteriores, porque intimamente somos livres para melhorar ou agravar a própria situação por onde mourejamos.
É da natureza dessa luz que ilumina sem ofuscar a visão dos filhos da Consciência Cósmica que garante a fé como claridade do caminho, e concebendo a certeza de que ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo suas obras pessoais.
Não nos enganemos. É do ideário de Emmanoel que se extrai que “A maior caridade que podemos fazer em relação à DOUTRINA ESPÍRITA é a sua divulgação”.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com a oblata da fraternidade universal, desejando um ótimo fim de semana e a luz do mundo aos amigos em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.