Há uma natural curiosidade nos seres humanos em trânsito por esse planeta de Deus realizando as provas e as expiações cujo destino nos reserva os páramos celestiais.
Não se compreende bem o porquê de tantas famílias ditosas e outras em sofrimento. Os afortunados se sentem privilegiados e os desditosos desprotegidos da sorte ou esquecidos pelo Senhor da Vida.
Será, meu Deus, que cada um dos teus filhos tem um destino previamente traçado para o bem e o mau viver? Afinal, tua justiça é equânime ou o acaso toma conta de nossas existências?
As indagações até que são justas, diante da grande disparidade e divergência existente na distribuição das riquezas, dos projetos de vida, na felicidade ou na desventura experimentadas pelos que jornadeiam por esse Orbi.
A verdade, contudo, é que a confiança na Potestade é inegável. O Senhor da vida, nosso criador é Onipotente, Onisciente e Onipresente. Em outras palavras, Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas segundo os ditames da questão número um de “O Livro dos Espíritos”.
Por essa razão, nada acontece por acaso no universo e o Divino Pastor lecionou a respeito. Não cai uma folha da árvore se não for pela vontade do Pai que estás no céu.
Logo, tudo tem um destino traçado, respeitado o livre arbítrio e em alguns casos muito especiais, as reencarnações compulsórias pelo bem estar do sofredor.
Em verdade, a missão do Excelso amigo foi para trazer aos irmãos em crescimento a direção que nos levaria aos esplendores celestes, sob a égide da Lei de Amor, Caridade e Justiça.
Nada mais fácil se compreender, porém muito difícil de aplicar ainda pelos que padecem do egoísmo e se encontram em desalinho com as leis de amor, caridade e justiça.
Por essa vereda bem se vê que ninguém chega até nós ou permanece em nossa vida por um simples acaso. Pessoas nos encontram ou nós as encontramos meio sem querer, não há programação da hora em que as encontraremos.
Considerando que os filhos da Providência Divina são seres eminentemente gregários, abominam-se os eremitas e os misantropos, na medida em que se afastam das grandes possibilidades que o Senhor da Vida nos concede no trânsito pelo planeta de provas e expiações para vivermos o verdadeiro amor, praticar a lei de caridade e de justiça.
Assim, parece à saciedade, ser autêntica a afirmativa de que cada um de nós tem um destino, porém não um destino no qual nos tornou máquinas em que nada é preciso fazer porque tudo será obra desse destino que pode administrar nossas vidas no mundo sob a varinha mágica do acaso.
Não. Isso não é verdade.
No destino de cada um dos filhos de Deus somente existe uma fatalidade. Mais cedo um mais tarde, depende da porta escolhida por nós, estreita ou larga, chegaremos aos páramos celestiais.
Nesse sentir, o destino, em que cada um se encontra é aquele que é importante para si mesmo. Por essa razão, as pessoas entram em nossa vida.
No nosso arraial costuma-se dizer, e com acerto, que o universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem, resgatem suas dívidas, proporcionem alegrias e realizem os sonhos que um dia sonhamos com sofreguidão, tendo como objetivo alcançar a felicidade.
No exercício da solidariedade, discutir o que cada um nos trará de benefício para outrem, não nos mostrará nada de significante e nos fará perder tempo desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.
Noutro dizer, conhecer a alma daqueles que o Senhor do Universo colocou em nossa trajetória significa conhecer o que as pessoas sentem o que elas realmente necessitam de nós, ou o que elas buscam no mundo, pois só assim poderemos ajudá-las na prática do amor e da caridade.
A solidariedade é muito importante na vida do ser humano. É esse vínculo que nos dá o caráter de irmãos em Cristo, e, sem isso não teremos harmonia.
É indispensável à convivência com amigos, os parentes, com os colegas de trabalho, com os adversários e detratores, professores por excelências para nos ensinarem a compartilhar os conhecimentos, a prática do perdão, da tolerância, da mansuetude, objetivando nos conduzir nas veredas da existência para nos alegrarmos e também para cumprirmos nossa maior missão na terra:
“Amar ao próximo como a si mesmo".
As pessoas entram na nossa vida de maneira tão diversa, inesperada, às vezes no momento de dor, outras vezes nos momentos de alegria, quando viajem de recreio, ou no leito de uma cama, atendendo as recomendações do médico, o enfermeiro, mas todas elas cumprindo um destino que deve obedecer à lei de amor, caridade e justiça.
Não por outra razão são pessoas especiais em nossas vidas e sempre deixarão o seu suave perfume, pois a criatura humana transita pela obra de suas criações.
Nesse ideário, é justo observar na ribalta de nossas vidas, recordando as pessoas que já passaram pela nossa jornada com o bisturi da atenta observação e examinar o que cada uma deixou. Qual a marca que imprimiu em você. Às vezes, a própria dor, mágoa e desilusão, que lhe prepara o caminho à frente como experiência de vida do que não fazer.
Nesse proceder, é inegável que estaremos em busca da própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram em nossas vidas, formando o arcabouço de nossos conhecimentos diante de nosso destino.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli