O ser humano busca incessantemente encontrar o passaporte, ou a carta de alforria para encontrar a felicidade. Buscamos em todos os recantos do mundo, em todas as profissões e em todas as atividades beneméritas anelando a paz que nossos corações desejam.
As estradas que conduzem os filhos da Providência Divina aos Páramos Celestiais são incontáveis, mas necessariamente passam pelo caminho das virtudes.
O perdão das ofensas, a mansuetude, a afabilidade, Honrar o vosso Pai e a vossa Mãe, a Piedade, a Beneficência, sem sobra de dúvida, a caridade material com ênfase para a caridade moral, enfim, a caridade sob todos os aspectos, em todos os gêneros, números e graus.
Por essa razão e em função dessa nobre virtude, é oportuno relembrar nessa ensancha a lição de Paulo de Tarso, o apóstolo dos Gentios, ao decantar em prosas e versos a virtude por excelência, como se inscreve agora “Ipsis Litteris”.
“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante, e um címbalo retumbante; e quando eu tivesse o dom de profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; quando tivesse ainda toda a fé possível, até transportar as montanhas, se não tivesse a caridade eu nada seria. E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres, e tivesse entregue meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não me serviria de nada”.
A caridade é sem dúvida a virtude que está ao alcance de todos e ninguém pode se escusar ou pretextar estar impedido de realizá-la seja ele ignorante ou sábio, rico e ou pobre, não importa também a crença particular que professe cada um dos filhos da Potestade.
Com fluxo nesse ideário é irresistível a reflexão daqueles que têm sede de saber, a convicção de que quem é caridoso tem em si latente a essência do amor por excelência, sem contradita transitando pela pegada da excelsa missão do Divino Pastor quando em trânsito por esse Orbi.
De fato, a missão do Divino Jardineiro em seu missionato de amor, foi trazer aos seus irmãos, concomitantemente com o exemplo de que fala a questão 623 de “O Livro dos Espíritos”, trouxe-nos a Lei de Amor, de Caridade e de Justiça.
No amor está a raiz de todas as virtudes da alma. Desalgema e desacorrenta o ser humano dos vícios atávicos, na medida em que o Amor é de essência Divina, portanto tem sua raiz no Pai Celestial.
Em sua natureza intrínseca constitui energia sublime e incomparável, capaz de nas horas de discussão violenta fazer brotar esse sentimento Divino que lecionou o Homem de Nazaré.
São simples os procedimentos do amor. Calar para não ferir o interlocutor. Evitar o revide. Esforçar-se para pronunciar a palavra de calma. Lembrar-se de que o amor é o lenitivo infalível que cura as enfermidades do espírito.
O amor de tudo é capaz. Transforma os momentos de dor em confiança no Pai Celestial na prédica do Celeste Amigo ao exortar, Batei e a Porta se vos abrirá. Pedi e Obterei.
Da mesma sorte faz quando a dúvida toma conta dos nossos sentimentos, e o desespero reina em nossas esperanças, o amor faz nascer a paz nas preciosas lições do memorável Jesus de Nazaré quando manda que os irmãos menores olhem os lírios e os pássaros do campo que não tecem e não fiam e nem mesmo assim, o Pai Celestial se descuida deles.
Amar, pois, na essência Divina abrir o coração para que o Senhor da Vida transite por nós sem medo de ser feliz. A proposta da semana santa, onde se comemora o Corpo do Cristo, é amar assim como eu vos amei, a lição imorredoura do Cristo de Deus e que o apóstolo João imortalizou quando combalido em suas forças físicas, em seu magistério pelas veredas da vida, exaltava com imenso carinho: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros.
Com esse ideário, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, em nome da fraternidade universal e do amor, sublime amor, anelando um fim de semana de muita paz, a paz que o Divino Jardineiro legou a toda humanidade.
Do amigo de sempre
Jaime Facioli.