É crível que os filhos da Potestade anelem com sofreguidão bem proceder, atitude que lhes outorga o passaporte para os páramos celestiais. Não se olvide, todavia as recomendações do Cristo Consolador, lição inserta no capítulo VI itens 1 a 4 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. É do evangelho segundo São Mateus, cap. XI, v. 28/30 o convite vazado nos seguintes termos:
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu faro é leve.”
Bem se vê no convite do Divino Jardineiro, no caso em apreço, que todas as misérias que imaginamos padecer, todos os desencantos, desesperanças, as decepções, as dores físicas ou a perda de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança na justiça de do Senhor da Vida.
O cerne da questão para o bem proceder, sem contradita é a condição que Jesus coloca à sua assistência e felicidade que promete aos aflitos, ou em outras palavras a condição “sine qua non” está na lei que ensina ao estabelecer que seu jugo é leve e sua lei é suave.
Nesse sentir, não será demais dessedentar a sede de saber daqueles que buscam o bem proceder, na fonte pura dos sentimentos do benfeitor da humanidade Eurípides Barsaulfo, no “Servidor” em síntese apertada dissertando o ideário que nos concede a carta de alforria para os esplendores celestes.
“Queridos irmãos, é uma tarefa hercúlea matar o homem velho para deixar nascer o homem novo, o homem da era nova previsto por Jesus. Entretanto, não é impossível, pois Deus não coloca fardos mais pesados que os frágeis ombros da nossa infância espiritual possa carregar.
Voltem-se para dentro de vocês próprios, auscultem os sentimentos modificadores necessários para que surja o homem novo cuja luz deverá brilhar, conforme a promessa de Jesus.
Este trabalho é a oficina onde todos deverão desenvolver o aprendizado. Nós, fora da carne, e vocês, na carne, tomando contato com aqueles que se acham desvestidos da vestimenta física para o necessário intercâmbio de bênçãos.
Portanto, meus irmãos, meus filhos, analisem-se, observem-se, mirem-se pela ética e pela ótica Cristã a fim de poderem observar melhor o parâmetro por onde devem direcionar a ação de cada um.
Esta abençoada oficina, que nos foi dada como processo para
o desenvolvimento evolutivo, precisa ser melhor tratada,
melhor trabalhada, melhor compreendida, para que os frutos sejam mais promissores, mais edificantes e mais generosos.
Sabemos que, de acordo com o estágio evolutivo do planeta, as dificuldades da densidade atmosférica que cercam trabalhos como estes são muito intensas, muito difíceis, porém, há um condutor em nossas vidas.
Se não bastasse o Criador e Jesus, ainda temos a presença de abnegados tarefeiros da Vida Mais Alta que, vez que outra, recebem autorizações para alertar os corações ingênuos que ainda se apresentam como todos nós”.
Obviamente a dialética do arauto do bem, espeque desses pensamentos, possui sólidas razões de que o momento que vivemos não é o de apontar para as dificuldades de nenhum dos filhos de Deus em provas expiações.
Em verdade, é a hora em que devemos voltar nossas observações para as nossas fraquezas, nossas imperfeições, nossas dificuldades, e, por iniciativa própria, com boa vontade e perseverança, alterar o rumo de nossas vidas, segundo os ditames da questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, a consciência. Bem por isso, o Divino Pastor nos alertou:
“os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
O amor é a essência da vida.
O amor precisa ser trabalhado dia a dia, hora a hora, minuto a minuto para que a tarefa continue com o propósito de servir a Deus, servindo ao nosso semelhante.
Que nossa vã filosofia não nos engane. O caminho do Gólgota não havia pavimento, eram pedras, calhaus e obstáculos vários, mas todo aquele que pretende chegar perto do Cristo precisa saber que a cruz da jornada é dificultosa.
É uma cruz que, às vezes, imaginamos pesada demais para os nossos ombros. Contudo, nada será tão pesado para a consciência do que quando estivermos diante da Consciência Divina e constatarmos que poderíamos ter feito mais e deixamos de fazer, deixamos de realizar.
Meditemos. O tempo passa depressa para nós, mas para a Divindade o que existe é a eternidade. Indiscutivelmente somos nós que temos pressa. Deus aguarda o tempo que for necessário. Mas não alcançaremos o reino de Deus em nós, se não apressarmos o passo para o bem proceder em todas as horas de nossa viagem por esse planeta que já iniciou a transição.
Na alvorada que faz raiar a transição para o mundo de regeneração, bênção do Senhor da Vida aos seus filhos, para os novos embates da vida, no dizer do Apóstolo Paulo aos gentios, a oportunidade de viver o “bom combate”, se pode convidar os filhos da Providência Divina para elevam seus pensamentos ao Criador e fazem os seus desejos de uma vida nova repleta e venturosa.
Há os que pedem pela saúde do corpo físico ou a concretização de algum projeto, enquanto os mais sensíveis ao Sentimento Divino pedem pelo bem estar da humanidade, anelando que a sociedade civil organizada encontre a paz e que seus líderes em nome do amor, olvidem a guerra.
Seus anelos tornam o nosso dia iluminado na paz que irradia do Amigo Celeste, nimbando-nos pela luz que procede do Homem de Nazaré em direção aos seus irmãos menores na jornada de mais um dia pelas veredas da existência, conduzindo-nos aos esplendores celestes.
Uma vez banhado pela luminância de Jesus, anuiremos em alto e bom som, para as possibilidades de mudança que nos cercam na nova alvorada.
Tudo agora é novo, e a nossa nova motivação, renova a confiança e fé em Deus, o Senhor da Vida, Onipotente, Onipresente e Onisciente de que Ele jamais deixará a vida de seus filhos a desgoverno, mas ao contrário, zelará por nós a fim de chegarmos ao destino traçado para os altiplanos celestiais.
Bem por essa razão, não haverá tempo de pensar no que deu errado, pois o sol brilha de novo oferecendo-nos novas ensanchas e com isso ilumina nossa vida e nosso percurso pelo planeta de provas e expiações, onde a coragem é o nosso ícone.
Deixemos, pois, o brilho desta manhã nos convidar para a vida sempre bela, colorida e consentida. Aproveitemos a oportunidade para refletir que a vida passa muito rápido na porta de cada um, lembrando que a grande chance está dentro de nós para podermos ser felizes, com o pouco ou o muito que temos.
Imbuído desse sentimento d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, anelando seja o nosso fim de semana iluminado na luz do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.