Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
“NASCER, VIVER, MORRER, RENASCER AINDA E PROGREDIR SEMPRE, TAL É A LEI”,
A chegada dos filhos da Providência Divina neste Orbi de provas e expiações sempre traz a esperança nos corações para a jornada que se reinicia. Sabe-se que o mar das provas é turbulento e as tentações requerem inaudito esforço, razão porque a Potestade não nos deixou órfãos.
Concedeu-nos como arrimo indispensável para os vendavais das provas a figura amorosa do anjo da guarda, o ser de elevação moral e espiritual superior ao seu tutelado, para proteger e amparar nas necessidades do caminho escolhido.
Em virtude das provas a que nos submetemos, há horas em nossas vidas, em razão do manto do esquecimento provisório com que somos contemplados pela misericórdia do Pai Celestial, que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio de desesperança que chegamos a nos questionamos o porquê de nossa existência se nada parece fazer sentido.
É o estiolamento d’alma. Falta a fé.
Sem contradita, é o momento em que concentramos nossa atenção no lado mais cruel da existência, aquele que a todos afeta indistintamente quando ocorre a grande viagem de um ente querido para o outro lado da vida.
Se não for por essa razão, outras tantas, como aprender a “envelhecer”, acostumar-se com os passos lentos, quase trôpegos ou então as doenças que tomam conta dos veículos destinados ao trânsito pela terra abençoada por Deus em virtude da diminuição do tônus vital de que somos portadores ao nascer.
Há também, os acontecimentos desagradáveis que a vida nos oferece para as provas da resignação. A perda do emprego, do ano letivo, o filho em descompasso com o bem viver que deseja com sofreguidão abandonar o lar, senão aqueles que escolhem a porta larga da vida e partem para as drogas, o crime e violência sem precedentes, quando não põem fim à existência terrena imaginando que com isso as dificuldades e os problemas deixam de existir.
Que ledo engano.
Ao partir levamos dessas provas apenas aquilo que conseguimos amealhar em amor, como o Cristo de Deus ensinou. A prática incondicional da caridade. Que não nos engane a vã filosofia. Nenhum bem terreno nos acompanhará no sepulcro senão àqueles em que os cânones escolhidos para o trajeto existência foram do amor incondicional vocacionado na lhaneza de retamente cumprir a missão a que nos propomos na pátria espiritual.
De fato, ninguém em sã consciência pode negar que ao nascer, deixamos o aconchego e a segurança e proteção do útero. A partir daí inicia a grande jornada das provas e expiações, cujo roteiro será por nossa conta.
Incontestável que a cada ponto final será o início para outras tantas possibilidades. Assim, ao deixar o útero estaremos nos braços do mundo que nos acolherá, nos encantado ou nos assustando diante da elevação moral e espiritual que pode nos fazer fracassar dependendo das escolhas que realizarmos com o instrumento do livre arbítrio.
Ainda que o exemplo possa parecer de uma pobreza franciscana, serve ao propósito da retórica. Se, deixamos a inocência da infância, no lugar nasce a confiança nas mãos que nos oferece os nossos progenitores e a Potestade.
Logo depois, adquirimos a capacidade de questionar e perguntamos a respeito de tudo e a todos, o porquê disso e daquilo. É como se abríssemos as portas para um novo mundo a exemplo do pensamento do poeta Aldous Huxley.
É sem dúvida o nosso crescimento.
Por essa razão constata-se na lápide existente no Cimetière du Père Lachaise em Paris, onde jazem os restos mortais do ínclito codificador Allan Kardec, o sentimento do atendimento a Lei de Progresso registrado na expressão: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei".
Atentos a essa regra pétrea, em nome do reto proceder, abandonamos o egoísmo e em nome da Lei de Sociedade, concebemos a outrem o direito aos seus pontos de vista. Deixemos na ribalta o murmurar, o choro e os gritos contra a Divindade pelas provas mal sucedidas e façamos cada vez melhor, aproveitando o tempo e a reencarnação, presente da Consciência Cósmica aos seus filhos para a correção dos rumos da vida.
Ao respeitar o próximo, amá-lo como propôs o Divino Pastor, carimbamos nosso passaporte para a felicidade e ganhamos o mundo, deixando o conflito existencial e passamos a comungar as virtudes do perdão, do auto perdão, da indulgência, da paciência e o nosso mundo recebe novo colorido diante do nosso amadurecimento espiritual.
Será assim que nos tornaremos equilibrados, contidos, ponderados, ao utilizar o raciocínio e a razão acima de tudo, afinal é essa a condição que nos coloca acima dos outros animais, a racionalidade e a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado.
Enquanto envelhecemos, percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas, estrias e ganhamos peso, perdendo também os cabelos ou os tornando enluarados. É o entardecer dessas provas.
De qualquer forma, não podemos deixar para cumprir nossos deveres com a vida, quando estivermos no anoitecer da existência. Aproveitemos agora a oportunidade, pois a vida continua além da vida e levaremos desta existência tudo aquilo que realizamos em proveito do nosso próximo. É Voltaire a lapidar filosofia de que “o valor dos grandes homens mede-se pela importância dos serviços prestados à humanidade”.
Recordemo-nos, como propõe o conceito que direciona essas linhas, que apesar das dificuldades nas provas para avaliar nosso grau de elevação e conhecimento, o sol continua brilhando, a chuva chega e tanto como a primavera tem o seu desabrochar que a infinita misericórdia do Pai Celestial nos concede na renovação da natureza, presenteia também os seus filhos com a oportunidade de recomeçar e progredir sempre, mesmo que a seu turno ocorra o inverno.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli