Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
VIVER COMO AS FLORES.
Não há contradita que se sustente logicamente quando se examina a questão das dificuldades que o ser humano encontra na jornada existencial. Todas as criaturas do Criador, indistintamente são submetidas às provas na universidade da vida. Com raras exceções, a das reencarnações compulsórias, os espíritos são partícipes na escolha das provas a que desejam submeterem-se para alcançar o mais alto grau de aprovação.
É por essa razão que a mídia noticia os acontecimentos marcados pela desventura, pela infelicidade, desditoso, desgraçado que traga desgraça, azarento ou aziago.
Sob outra ótica, vale dizer, os desajustes na família, oficina de trabalho das mais eficientes e necessárias ao clã para os acertos dos compromissos assumidos no passado e a oportunidade d’ouro para aprovação na lei de amor, resgatando os débitos afetivos, moeda de amor que possibilitará o certificado e aprovação outrora em reprovação.
Nesse sentir, é evidente que a vida apresenta aos filhos da Providência Divina, um universo de provas, tal como a rosa oferece os espinhos para ser vencidos antes de se obter o suave perfume que ela oferece. Qual será o lenitivo que nos habilita para os exames da vida, consoante a questão número 260 de “O Livro dos Espíritos”, cuja transcrição é oportuna:
Pergunta: Como o Espírito pode querer nascer no meio de pessoas de má vida?
Resposta: – É necessário que ele seja colocado num meio onde possa suportar a prova que pediu. Pois bem! É preciso que haja analogia nas situações. Para lutar contra o instinto do roubo é preciso que se encontre entre pessoas dadas à prática de roubar.
É exatamente nesse ponto que surgem as duras provas da vida, avaliando os candidatos a felicidade, para conceder-lhes carta de alforria para se chegar aos esplendores celestes.
Essa é a razão porque todos buscam o lenitivo salutar para realizar as provas com galhardia e sem covardia da opção pela porta larga da existência a envolver os pretendentes nos prazeres mundanos ou na fuga das dificuldades apresentadas nos testes, enquanto os corajosos procuram vencer o caminho dos acúleos que permeiam as veredas da felicidade.
Nesse sentir, para evitar as reclamações, os murmúrios ou os pensamentos negativos, via de regra contra a Divindade, é necessário em caráter de urgência aprender a viver como as flores, como descreve a inigualável história ocorrida no mosteiro budista que narramos ao sabor da nossa verve e de nossos sentimentos d’alma.
Conta-se que, em um mosteiro budista, um jovem monge questionava ao seu mestre como deveria proceder para não se aborrecer, diante de tantas desditas, de tantas notícias ruins e as aziagas existenciais que nos permeiam os caminhos da felicidade.
Oh! Meu Deus. É certo que algumas pessoas falam demais, chegam a falar sem pensar, utilizam a palavra para ofender, ao invés de consolar e outras tantas são ignorantes e a grande maioria das pessoas é indiferente ao sofrimento, carência e dor dos irmãos de caminhada.
Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro muito Mestre, com as pessoas que caluniam. Lançam ao vento o mau que não conseguirão refazer, pois as palavras lançadas são como flechas que não retornam mais.
Feitos os questionamentos, o discípulo aguardava com sofreguidão a lição do Mestre.
A resposta do sábio veio curta, rápida e eficiente: Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.
Diante de tanta simplicidade e por não ter compreendido a extensão do ensinamento, o interessado aluno redargüiu. Mestre, como é viver como as flores?
O Monge disse-lhe, repare nas flores, ao apontar os lírios que cresciam no jardim do mosteiro. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
Inquestionavelmente, as provas do caminho nos darão muito aborrecimento, obstáculos a vencer que parecem intransponíveis se a fé estiver ausente de nosso coração.
Por isso, é justo angustiarem-se com as próprias culpas, desânimos e recaídas nas veredas da vida, mas jamais será sábio permitir que os vícios e as dificuldades, mesmo as impertinências dos outros o importunem.
Para viver como as flores, somos convidados a exercitar a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora, pondo no coração, em nossas vidas, a prática incondicional do amor, da justiça e da caridade, legado do Divino Jardineiro os seus irmãos menores em provas e expiações nesse planeta de Deus sob a sua Governança.
É dessa forma que as lições em apreço encontram nos desacertos o método lenitivo de correção, permitindo a renovação do ato, agora, melhor e mais perfeito, uma vez que o sentido da vida é o amor, evolução, crescimento, embelezamento, abundância, paz.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.