Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
É lugar comum todo final de ano se realizar um balanço em nossas vidas, assim como as empresas fazem a apuração de sua lucratividade e/ou prejuízos advindos do bom ou mau gerenciamento dos negócios durante o exercício findo.
O objetivo é decodificar os procedimentos adotados no ano de atividade mantendo os cânones que foram bem administrados e corrigindo os que foram nefastos para a empresa.
Em nossas vidas há necessidade do mesmo recenseamento. Se bem que o ideal para essa avaliação no caso de nossa existência seja a adoção dos ensinamentos ditados por Santo Agostinho na questão número 919 de ”O Livro dos Espíritos”, assim exposta “ipsis verbis”. “Qual o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal”?
Nesse ponto o venerando espírito de Santo Agostinho, outrora Bispo de Nipona, Santo da Igreja Católica, com outra verve, mas no mesmo sentido pedagógico recomenda o conhecimento de si mesmo, distendendo o discurso evangélico no exame de consciência como lenitivo para o nosso reto proceder.
Por isso, convida-nos a refletir diariamente sobre o nosso comportamento, passando em revista os nossos atos e naqueles em que o resultado for positivo, rogar as graças de nosso Pai Celestial para que no novo dia que irá nascer possamos dobrar as virtudes praticadas.
Naquelas que constatarmos os nossos desalinhos encarecer a Potestade o perdão pelo ato ímprobo e tomando uma atitude positiva no alvorecer do novo dia, arrependido sinceramente da violação aos bons princípios, corrigir a falta no exercício de humildade escusando-se com que tenhamos ofendidos e ao depois aguardar o natural resgate do desalinho para o equilíbrio do universo.
Nesse sentir, o balanço do ano 2011 foi um ano cheio, repleto de acontecimentos venturosos, ocorrências desagradáveis, projetos por terminar outros concluídos, sonhos realizados e outros que não foram concretizados, ilusões desfeitas, alegrias e tristezas também fizeram parte da cesta básica da vida.
São ocorrências absolutamente normais nas provas e expiações. Não há motivo para ceder lugar à inveja ou à desesperança, pois ora se está feliz e outras vezes estamos desalentados. Contudo, a fé sempre nos dará a esperança de um futuro melhor, mas a corrida é longa e tem necessariamente de contar com cada um de nós para o bom combate.
Na corrida da vida, não nos esqueçamos dos elogios que recebemos pelas vitórias já conquistadas, são encômios destinados ao nosso caminhar, mas olvidemos como regra de indulgência os insultos recebidos. O que quer que façamos não há razão para o orgulho nem para a crítica, pois somos todos aprendizes da vida. Se escorregarmos não espere apoio de ninguém, assim como a criança levantemo-nos e sigamos a diante. A vida é feita também de tropeços.
Lembre-se que o homem é um ser eminentemente gregário, por isso, na eventualidade de se sentir sozinho no ano novo, recorde-se que tem tanta gente esperando um sorriso seu para se aproximar de você.
Procure entender que os amigos vão e vêm por isso o Venerando espírito de Joanna de Ângelis recomenda “não permitir que nenhuma pessoa se afaste de nossa presença sem levar uma grata recordação”. Há amigos preciosos que devemos guardar com carinho, pois a vida devolve tudo àquilo que anelamos, tornando os desejos mais íntimos em realidade.
Com esses sentimentos d’alma, nossos votos de um feliz ano novo, repleto de venturas mil, que em 2012 nossas almas alcancem as virtudes do perdão, da indulgência, da caridade e do amor na excelência da palavra.
Oh! Meu Deus. Rogamos-te que o ano menino tenha como ícone em nossas vidas, na nova programação que se inicia a conduta do bem proceder e do amor ao próximo como recomendou o Divino Pastor.
Desejamos reiniciar o ano novo, com otimismo, como uma nova chance de acertar onde erramos, olhando a vida com imensa alegria e ao apreciar as flores abençoadas com a sua beleza emoldurando o altar da natureza, estaremos cientes de que se trata do autógrafo da Tua Providência Divina em sua obra.
Sentiremos no renovar das esperanças o ano novo que se aproxima como um suave perfume de novas chances na misericórdia do Pai Celestial concedendo o nosso renascer, como a primavera onde as folhas velhas caem e novas flores e folhas nascem em seu lugar, renovando a vida.
É o Senhor da Vida, trabalhando sempre para o progresso da humanidade e sem dúvida a Consciência Cósmica, Onipotente, Onisciente e Onipresente para o grande projeto da existência sempre bela, colorida e consentida.
Em 2012 olharemos para frente objetivando não ser pedra no caminho daqueles que vêm na retaguarda, ciente de que a vida é um constante crescer, avançar e progredir. Nada nos deterá a marcha de ascensão até os páramos celestiais, convictos das lições do Divino Messias, ao estabelecer em sua prédica que somos Deuses e que tudo o que Ele fez, poderemos também fazer e muito mais.
Assim sempre que os empeços aparecerem, se tropeçarmos e cairmos, estabeleceremos metas, faremos planos e prosseguiremos com firmeza. Haveremos de olhar para dentro de nós mesmos, realizando uma viagem interior para conhecer melhor nosso coração, nossos sentimentos, mantendo pulcros os mais íntimos sentimentos d’alma.
Nesse olhar até o imo d’alma, despediremos do ano velho encarando o ano novo com alegria dobrada das benesses dignas do trabalho honrado. Oh! Senhor. Iremos nessa nova oportunidade do ano que reinicia fazer as preces há tempos esquecidas. Em nossos corações, em nome da gratidão vamos agradecer mais vezes e nada reclamar em homenagem à resignação.
Iniciamos o novo ano para o amadurecimento espiritual da autêntica valoração da vida, momento especial de renovação para o espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós a capacidade de recomeçar a cada ano.
Não há contradita. Viver um novo ano é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Novos motivos para chorar e outros para sorrir, porque, amar o próximo é dar mais amparo, fazer preces e agradecer mais vezes. Uma nova oportunidade de amadurecer um pouco mais e olhar a vida como dádiva de Deus. É ser rima, é ser verso, é ser Deus no universo.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.