Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
É lugar comum as queixas e reclamações dos filhos da Divindade contra os desacertos dos projetos tantas vezes anelados com imensa sofreguidão. Em respostas às negativas do sucesso para a realização de nossos desejos invariavelmente acusa-se a Potestade das nossas incúrias.
Em verdade, nem se dão conta, em análise honesta como convém aos que trabalham para terem puros os corações, como recomendou o Divino Galiléu, de que as ocorrências funestas na maioria das vezes têm origem na fonte das nossas desídias, descuidos ou ausência de preparo adequado para o mister, senão, em última análise, na absoluta falta de amor com que nos propomos executar as tarefas, sem levar em conta o nosso próximo.
Todavia, para bem viver, na análise que os profitentes da história da humanidade realizam para atendimento aos cânones da Lei de Progresso, encontra-se o conceito de que a vida dá uma resposta a toda nossa ação o que se convencionou chamar de ação e reação.
A Lei de Ação e Reação ensina que somos herdeiros de nós mesmos, dos nossos atos, dos nossos pensamentos, não existindo a menor dúvida que seja, de que não há injustiça do Criador. Somos e seremos sempre os responsáveis pelos nossos sofrimentos ou pelas alegrias da vida.
Inegável que a gênese de nossa infelicidade ou de nossa felicidade deve ser buscada dentro de nós, constituindo retilíneo proceder não se escusar das responsabilidades da vida, com sofismas para transformar a realidade em uma ilusão, acusando injustamente a outrem.
Os outros não são responsáveis pelas nossas atitudes ou os resultados de nossos planos em direção à felicidade tão sonhada. Há que se ter em mente que a vida é uma bênção concedida pelo Criador aos seus filhos para a realização das Provas e Expiações visando se graduarem e por seus próprios méritos carimbarem o passaporte para os páramos celestiais.
Por essa razão e causa, não será lícito atribuir a outrem nossos deveres, mas, procurarmos em nós mesmos as causas e, se não as encontrarmos na vida presente, sem dúvida é absolutamente lógico conceber a sua raiz em vidas pregressas, ou em outras palavras, em outras encarnações.
Aquele que presentemente sofre sem causa aparente está, com certeza, resgatando uma ação do passado equilibrando o Universo de Deus, tendo como matriz que outrora fez alguém sofrer com a mesma intensidade com que se sofre hoje.
A pedagogia Divina ensina pela experiência a sofrer o mal que infligimos a outrem. Assim, com a doutrina das reencarnações sucessivas, aprendemos que devemos fazer o bem, pois o mal cometido contra alguém um dia retornará contra os seus autores, causando-lhes a mesma dor que se impingiu a outrem na ribalta dos acontecimentos.
Com esse sentimento d’alma, o ano que se inicia menino, contudo cheio de esperança para os novos projetos de vida, agora, nos encontrando mais maduros, mais experientes, renovados no milagre da vida, o nascimento do ano novo oferece-nos a oportunidade d’ouro para a plena realização de nossos sonhos.
Não percamos essa nova oportunidade oferecida pela Divindade aos seus filhos, essa nova chance de recomeçar com fé e esperança em sua Providência Divina. Não resta dúvida de que a Consciência Cósmica, em sua infinita misericórdia, Senhor da Vida concede a natureza o poder de se renovar a cada primavera. Caem as folhas velhas para ceder lugar às folhas novas e revigoradas.
Igualmente, às suas criaturas Ele oferece a graça e a bênção da renovação a cada ano que se inicia para se realizem os projetos de vida anelados pelos seus filhos, máxime tendo como ícone os ditames lecionados pelo Divino Jardineiro, caminho, verdade e vida, conduzindo-os até os esplendores celestes, uma vez que a única fatalidade que existe é que de seu rebanho nenhuma ovelha se perderá.
Por essa razão, apreciemos as flores abençoadas, com a sua beleza emoldurando o altar da natureza, como o autógrafo de Deus em sua obra e celebremos a vida num ano novinho em folha que Deus concede às suas criaturas na renovação da vida, bela, colorida e consentida.
É o Criador da Vida, trabalhando para o progresso da humanidade e sem dúvida a Consciência Cósmica, Onipotente, Onisciente e Onipresente para o grande projeto da existência. Cabe-nos o olhar para frente objetivando não ser pedra no caminho daqueles que vêm na retaguarda, ciente de que a vida é um constante crescer, avançar e progredir.
Nada nos deterá a marcha de ascensão até os páramos celestiais, convictos das lições do Divino Messias, ao estabelecer em sua prédica que somos Deuses e que tudo o que Ele fez, poderemos também fazer e muito mais.
Oh! Senhor. Iremos nessa nova oportunidade fazer as preces há tempos esquecidas. Em nossos corações, em nome da gratidão vamos agradecer mais vezes e nada reclamar em homenagem à resignação.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli