Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
Não julgueis e o Pacote de Biscoito.
A lição evangélica nos ensina a não julgar as pessoas.
No Evangelho segundo São Matheus, cap. VII. v. 1 e 2, e no ESE, capítulo X, página 135 encontraremos a prédica de Jesus de Nazaré.
"Não julgueis, a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles"
De fato amigos, um dos episódios mais emocionantes das retóricas do Divino Pastor ocorreu quando os escribas e fariseus conduziram à sua presença Maria de Magdala, a vendedora de ilusões, surpreendida em adultério e a colocaram de pé no meio do povo, provocando a Jesus, num simulacro, com a intenção de colocá-lo contra o Estado de Direito, no caso em apreço, Roma, ou deixá-lo cair na hipocrisia, uma vez que ele lecionava o perdão das ofensas.
Por isso, disseram-lhe: "Moisés nos ordena na lei para lapidar as adúlteras. Qual é pois, sobre isso, vosso sentimento".
Relata a historiografia mundial que naquele ensejo Jesus escrevia com o dedo sobre a areia e essa é uma única referência histórica de que Jesus era alfabetizado.
Diante do silêncio do Mestre e da insistência dos fariseus e os escribas, o Mestre pôs-se ereto e disse-lhes: "Aquele dentre vós que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra". Depois abaixando-se de novo, continuou a escrever sobre a terra. Mas eles ouvindo-o falar assim se retiraram um após outro, os velhos saindo primeiro.
Dessa forma, Jesus permaneceu só com a mulher que estava no meio da praça, com a qual travou o seguinte diálogo: "Mulher, onde estão os vossos acusadores? e sem esperar resposta prossegue na inquirição. Ninguém vos condenou? Ela em postura de humildade e reconhecedora de suas imperfeições, como convém aos honestamente arrependidos lhe respondeu de cabeça baixa, sem encarar o rosto sereno do Divino Jardineiro:
"Não, Senhor". Jesus lhe respondeu: "Eu também não vos condenarei. Ide, e, no futuro, não pequeis mais".
Muita pessoas desavisadas pretenderam ao longo da historiografia mundial, nesse episódio, atribuir a Jesus a pecha de condescendente com o delito praticado, quando na verdade Jesus recomendou a Maria de Magdala que fosse e não mais pecasse.
Logo Jesus não compactuou com o mau procedimento da pecadora, mas advertiu-a de que a partir daquela lição não mais pecasse.
É esse o propósito dos nossos desacertos. Aprender com a lição amarga a não mais cometer o mesmo delito. É possível que venhamos a cometer novos equívocos mas a lição de vida ficará para sempre, atendendo a lei da Evolução.
Anote-se que na armadilha desse episódio, provocada pelos religiosos da época, a mando de Caifáz, Jesus que conhecia profundamente as almas em provas e expiação, legou a fórmula para não julgar ao próximo, e não se comprometeu com o Estado de Direito e nem deixou de ser o Cordeiro de Deus, mantendo pulcros seus ensinamentos.
Por isso afiançar aos amigos, que pode parecer incrível mas passados mais de 2.000 anos da vinda do Divino Rabi da Galiléia a esse Orbe, ainda são raríssimas as pessoas que apreenderam essa lição do Homem de Nazaré, pois temos uma tendência atávica em proceder julgamentos diante dos fatos da vida, sem conhecer todas as circunstâncias que cercam a questão objeto de nossas considerações.
Diz o adágio popular:
Fazemos o papel do promotor, do júri e do juiz.
Acusamos e condenamos as pessoas sem o direito da melhor exegese ou da defesa apropriada. Esquecemo-nos de aplicar as lições da indulgência aos seus delitos e vamos nos esquecendo de que nós mesmos somos carecedores dessa indulgência pelos nossos delitos transatos.
É o caso do pacote de bolacha que outrora relatei aos amigos, que agora renovo com os mesmos conceitos do Pacote de Biscoito de que trata o anexo, muito apropriado ao tema em apreço, fato que quando acontece conosco, depois de nos darmos conta de que cometemos uma impropriedade, dizemos:
Paguei o"mico", dei uma "mancada", para declarar que procedemos mal com o nosso próximo.
Por isso, conta-se que o aeroporto estava repleto, como acontece nos dias de hoje com o movimento paredista do "apagão aéreo". Uma jovem estava a espera de seu vôo na sala de embarque e como haveria demora de muitas horas para o embarque, resolveu-se por comprar um livro para "matar as horas" e passar o tempo.
Aproveitou o ensejo e como estava com fome, comprou também um pacote de biscoito daqueles deliciosos.
Sentou-se numa poltrona na sala vip do aeroporto, onde se sentam os "bacanas" da vida, com a intenção de descansar e ler em paz.
Para sua surpresa, ao lado da poltrona onde se encontrava o pacote de biscoitos, sentou-se um homem, a quem ela sequer dirigiu o olhar, e que abriu uma revista começando a ler.
Foi no instante em que ela pegou o primeiro biscoito para aplacar a sua fome que o homem do lado, também pegou um do mesmo pacote, sem lhe dirigir a palavra. Ela sentiu-se indignada. Já pensou ! Que atrevimento ! Avançar no seu pacote de biscoito e ir tirando assim, sem pedir-lhe autorização.
Apesar de sua contrariedade a passageira nada lhe disse, limitando-se ao seu julgamento dos fatos, mas pensando com ela mesma: "Mas que cara de pau ! Se eu estivesse mais disposta poderia começar uma discussão para colocá-lo em seu devido lugar, ou quem sabe, se eu fosse mais forte poderia chegar até as vias de fato e lhe desferir um tremendo soco na cara de pau que ele tem, para que jamais esquecesse desse atrevimento".
Mais o pior ainda estava para vir.
A cada biscoito que ela pegava e saboreava, o homem que a ladeava também pegava um. Esse proceder foi irritando a passageira cada vez mais, mas ela não conseguir reagir, até o momento em que restava apenas um biscoito no pacote e ela exclamou consigo mesma: "Ah ... vamos ver o que esse abusado e atrevido vai fazer agora?"
Imaginem amigos, o personagem de nossa história, calmamente dividiu o último biscoito ao meio, serviu-se da metade e deixou a outra metade para ela.
Meu Deus, aquilo era demais! A nossa passageira bufava de raiva. Sabe como são as mulheres quando estão enfezadas. Pegou o seu livro, suas coisas e com olhar soltando faíscas de raiva dirigiu-se ao portão de embarque, procurando acalmar-se.
Após sentar-se confortavelmente em sua poltrona, já no interior da aeronave, deixou-se relaxar, tomando um coquetel que lhe era servido com o propósito de amenizar a espera do início da viagem e o stress da longa demora, momento em que mais calma, resolveu-se por pegar os seus óculos escuros para descansar, e ao abrir a bolsa, para sua surpresa, o seu pacote de biscoito estava lá, inteirinho, intacto e fechadinho.
Imagine o "Mico"amigos.
Ela sentiu-se envergonhada de seu procedimento, pois percebeu que era ela, quem havia se esquecido de que seus biscoitos estavam guardados em sua bolsa e ela "coincidentemente", estava servindo-se do pacote de Biscoito do senhor que sentara ao seu lado na sala de espera.
O homem desconhecido havia dividido os seus biscoitos com ela, sem sentir-se indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado transtornada, imaginando estar dividindo o biscoito dela com ele.
Essas situações pitorescas acontecem em nossas vidas a toda hora e a todo momento, e como julgamos sem ter conhecimento pleno de todos os fatos, cometemos desalinhos, que ao depois não ensejam mais tempo para se explicar ou pedir desculpas.
Realmente a pedra depois de lançada ou a flecha da maldade estirada não dá mais para recuperar. A palavra ou o pensamento malsãos depois de proferidos ou plasmados em nosso campo vibratório, geram a onda negativa que encontra a outrem esteja ele aonde estiver causando epísculos na alma.
A ocasião da solidariedade que poderia ter tido início na sala vip do aeroporto, se desperdiçou e o tempo passado não volta mais, apenas serve de lição de vida, para no porvir, procerdemos com retidão e não julgarmos ao próximo, como lecionou o Celeste Amigo.
Com essas reflexões, estimo que todos possamos evitar de julgar aos outros e asserenarmos nossos corações, num fim de semana de muita paz em nome de Jesus de Nazaré.
Com essas intenções recebam os amigos, nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade do amigo de sempre.
Jaime Facioli
Texto em anexo
“ Uma moça estava a espera de seu vôo, na sala de embarque de um grande aeroporto.
Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. Comprou, também, um pacote de biscoitos.
Sentou-se numa poltrona, na sala Vip do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz.
Ao lado da poltrona onde estava o saco de biscoitos sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler.
Quando ela pegou o primeiro biscoito,o homem também pegou um.
Sentiu-se indignada mas não disse nada.
Apenas pensou:
“Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta
lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse desse atrevimento!”
A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo foi deixando-a indignada, mas não conseguia reagir.
Quando restava apenas um biscoito, ela pensou:
“ah... o que esse abusado vai fazer agora?”
Então, o homem dividiu o último biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.
Ah! Aquilo era demais!
Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou seu livro, pegou suas coisas e se dirigiu ao local de embarque.
Quando ela sentou-se confortavelmente numa poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para pegar seus óculos e, para sua surpresa, seu pacote de biscoitos estava lá,ainda intacto, fechadinho!
Ela sentiu tanta vergonha! Percebeu então que a errada era ela...
Ela havia se esquecido que seus biscoitos estavam guardados em sua bolsa.
O homem havia dividido os biscoitos dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado.
Enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo o biscoito dela
com ele.
E já não havia mais tempo para se explicar... nem pedir desculpas!”
Existem 4 coisas que não se recuperam...
a pedra... ...depois de atirada!
a palavra...
...depois de proferida!
ocasião...
...depois de perdida!
O tempo...
...depois de passado!