Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
É uma questão que intriga as pessoas vocacionada para o reto cumprimento dos deveres e o respeito aos cânones da vida, máxime a obediência as leis da Divindade. Oh! Meu Deus. Todos que trabalham para ter puro o coração desejam saber qual a razão, porque diuturnamente ocorrem os atritos na vida, e, mais ainda, por que esses dissabores atinjam na maioria das vezes o cume dos crimes e liberta da caixa de pandora, o ódio, a raiva, o ciúmes, a inveja e toda sorte de vibrações negativas enfraquecendo os mais puros sentimentos d’alma.
A resposta parece ter fulcro em dois pontos fundamentais para as consciências que aprofundam o bisturi nos estudos da vida, bela, colorida e consentida.
Diga-se por isso, que se examinando as questões 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”, constatam-se pelas respostas dos espíritos venerandos que as criaturas tiveram sua gênese como seres simples e ignorantes e sabe-se pelas lições do Divino Pastor que o Pai Cria até hoje.
É crível, portanto, extrair dessas lições que fomos criados não somente simples e ignorantes como também em momentos e em tempos diferentes um dos outros.
Logo, aquele que já caminhou largo tempo na estrada da vida, adredemente passou pelo crivo das experiências amargas ou saborosas, amando, sofrendo, experimentando dores e alegrias, razão porque tem como resultado da sua inscrição na universidade a vida maior experiência do que àquele que ainda é recém saído dos bancos escolares.
Mohandas Karamchand Gandhi,
Trata-se do homem, estadista, Prêmio Nobel da Paz, advogado e espírito notável que libertou a Índia do julgo dos ingleses, que se tornou conhecido pela opção que fez, tal como Jesus de Nazaré, para solucionar os desentendimentos do bom combate, devotando-se de corpo e alma ao exercício da não violência para resolver as cizânias da vida. Da mesma sorte, seu procedimento extraordinário, diante dessa realidade que até hoje se vive nos atritos do dia a dia e da hora a hora.
Conta-se que um dos seus seguidores, certa feita, realizando seu exame de consciência, assim como orienta Santo Agostinho na questão 919 do mesmo codex em apreço, o discípulo verificando ter ofendido ao seu mestre com palavras amargas e imerecidas, no dia imediato o procurou pedindo perdão pela sua atitude impensada.
Ouviu de Mahatma Gandhi a inesperada resposta de que ele não poderia perdoá-lo pelo ocorrido. Admirado com esse procedimento por parte daquele que considerava a personificação do amor, da bondade e que pregava o perdão das ofensas, o interrogou o porquê desse procedimento.
Gandhi esclareceu que não o perdoava porque para se perdoar é necessário que àquele que deva conceder o perdão, tenha se sentido ofendido e ele, malgrado recordar-se do ocorrido, não se sentira ofendido, pois em verdade compreendia o momento de crescimento e elevação espiritual em que se encontrava o seu discípulo.
Oh! Deus meu. Quando será que todos seus filhos atingirão essa consciência de que as ofensas são momentos de estiolamento do espírito que não compreendendo os valores da vida, optam pela estrada larga e pelos interesses materiais em detrimento aos valores que dulcificam a vida e plasma a estrada para os altiplanos celestiais.
Imagina-se que essa consciência será alcançada quando mudarmos os nossos comportamentos para o exercício da probidade, da obediência as Leis Morais que devem reger os comportamentos das criaturas com fulcro nas lições de Divino Jardineiro.
A liça de aprendizado será o do relacionamento humano, na família, no trabalho, na sociedade, por onde mourejarem os filhos da Providência Divina, aí será o palco dos acontecimentos para o exercício do perdão, da tolerância, da fé, do amor ao próximo, da mansuetude, da caridade em todas as suas tonalidades.
Seremos transformados a partir dos encontros com os ensinamentos e exemplos de Mohandas Karamchand Gandhi, Dr. Bezerra de Menezes, Irmã Dulce, Madre Tereza, Eurípedes Barsanulfo, Francisco Cândido Xavier, Francisco de Assis, e tantos outros baluartes do Cristo de Deus, exemplo da não violência no seu postulado de vida, meio de se vencer o bom combate.
Sem esses exemplos e combatentes da violência a vida seria árida e monótona, assim considerando que não existem sentimentos bons ou ruins sem a existência do outro, o contato que nos ajuda a subir os degraus da felicidade em nome da solidariedade.
Passar pela vida sem o relacionamento com o outro, é o mesmo que não crescer, não evolui e será como começar uma existência tosca, pontiaguda, amorfa, absolutamente sem sentido, pois os filhos da Consciência Cósmica crescem e amadurecem nas provas e expiações.
Ao olhar para a ribalta de nossas vidas, vemos que carregamos em nosso ser marcas de pessoas que passaram em nossas vidas, pessoas que no contato com elas, nos permitiram dar forma ao que somos, na medida em que eliminamos as arestas de nossa personalidade e nos transformamos em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Não nos esqueçamos de que os reveses momentâneos servem para o nosso crescimento dando-nos experiência, pois, as criaturas de valor percebem que ao final da vida, foram perdendo os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, aceitando que somos pequenos, diante da compreensão da existência e importância do outro.
Diante dessa realidade e da grandeza de DEUS, é ai que finalmente nos tornamos grandes em valor, pois tal como o diamante polido e lapidado, retirado o excesso se chega ao se âmago para se encontrar o verdadeiro valor. Verdadeiramente Deus fez das suas criaturas um diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli