Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
Os profitentes da doutrina espírita diuturnamente deparam-se com a expressão da luz como sinônimo de evolução espiritual, de amadurecimento moral ou esclarecimento da vida e sobre a vida. O evangelho segundo o espiritismo também contém elevado esclarecimento sobre o poder da luz quando no capítulo XXIV recomenda não colocar a candeia sob o alqueire. É Jesus esclarecendo à saciedade que a luz sempre deve ser colocada no alto para que todos que se aproximam de sua cristalina chama possam usufruir das bênçãos da vida promovendo a indispensável transformação interior em direção aos páramos celestiais.
Um simples exercício dá o zênite dessa retórica. O sol a pino, isto é bem alinhado, no máximo de sua claridade produzirá uma sombra ainda que exatamente perpendicular, pode não ser notada por quem a recebe. Em outras palavras, não produz sombra alguma porque está inundado de luz. Nesse caso, é desejo de todos que a luz interior seja a responsável por esparzir a luminosidade de cada um afim de que todos possam contemplar o que guarda no cofre secreto da vida.
Nesse sentir, é nesse ponto em que a busca pela luz interior percorre o caminho da caridade objetivando a sua auto iluminação pondo em prática o evangelho do Divino Jardineiro. Quando sob nossas observações do mundo em que realizamos nossas provas nos parecer confuso, as pessoas perdendo-se nas drogas, nos crimes, na belicosidade e na sordidez, é chegada a hora de levar a nossa luz a todos os rincões do sofrimento.
De fato, a vida não é o que está fora de nós, mas o que está dentro de nós, como a sentimos, e os convites da existência para colaborarmos no bem estar da comunidade e da humanidade para um mundo melhor. Bem por essa razão, jamais poderemos deixar que a descrença habite em nossos corações ou carregar a consciência pesada, realizando um complexo de culpa por ter deixado passar o momento de auxiliar o próximo, amando-o como propôs o homem de Nazaré.
Sem contradita, é o momento da procura da luz interior e o brilho para desfazer as sombras das dúvidas permitindo a luz fluir pela nossa consciência como um bálsamo que cicatriza as feridas com o lenitivo do amor. Com esse sentimento d’alma, haveremos que trabalhar os valores ínsitos em nossos espíritos, lapidando-os como um diamante precioso que o Senhor da Vida nos concedeu para a trajetória da existência. Realizando essas tarefas que a ninguém será licito realizar por nós em razão do caráter da pessoalidade, seremos contemplados com a paz que o Divino Jardineiro legou a toda humanidade.
Que não se olvide a nossa vã filosofia de que cada hora que passa, a cada minuto e cada segundo somos desafiados a aprender novas lições com o propósito do nosso crescimento objetivando expandir nossas consciências para a conquista do amor ao próximo. Carecemos mostrar aos que nos rodeia por onde mourejamos que estamos em trabalho constante de aperfeiçoamento, melhorando dia a dia e hora a hora realizando o laborioso trabalho de irradiar a luz que devagar e lentamente vamos conseguindo acender na chama do amor, da caridade e da justiça, trindade que o Cristo de Deus trouxe para que os irmãos menores jamais O esquecessem.
Quando o nosso planeta de provas e expiações, presentemente em fase de transição para o mundo de regeneração, encontrar seus habitantes com essa iluminação em seu interior, essa luz esparzindo em todas as direções estaremos com o passaporte límpido para a travessia até os esplendores celestes, atendidos plenamente a Lei de Progresso, pois o mundo é o resultado dessa luz interior. Na vida tudo tem um propósito e com o planeta onde habitamos seguindo a natural evolução de seus filhos seguirá também o seu curso evolutivo.
Por mais que se falem da tristeza, vamos prosseguir sorrindo, pois tristezas não pagam dívida e um sorriso não custa nada e rende muito, enriquecendo quem recebe sem empobrecer a quem oferece. Não permita que o rancor faça morada em sua vida. Nenhuma ofensa será capaz de ofuscar a sua luz interior. Continue perdoando sempre. Quando Simão Pedro indagou do Mestre Jesus quantas vezes seria o limite para se perdoar, ouviu como resposta não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, o que torna a virtude do perdão infinito.
Se as decepções chegarem sem ser convidadas, recorde-se de que os dissabores fazem parte da cesta básica da vida. O Divino Pastor lecionou que somos o sal da terra. A ninguém passa despercebido que a nossa refeição sem o sal fica “sonsa”, e sem sabor. Assim também a vida tem o seu tempero. Deixe vir as dissidências, pois para elas estamos firme na fé.
Prossigamos confiando. Por mais que os vendavais e as tormentas cheguem abalando os nossos alicerces, ou ameaçando os nossos projetos de fracasso continuemos apostando na vitória. Afinal, ser filho de Deus não é pouca coisa. Quando nos apontarem os erros porque somos falíveis, vamos passar a anotação pelo exame de consciência e se for verdadeira a acusação, eis o momento d’ouro para a nossa correção de rumo. Nos momentos de ingratidão a que todos os filhos de Deus estão sujeitos, não há razão para abandonar aqueles que nos testam no verdadeiro amor e continuemos a praticar a caridade assim como Jesus fez em priscas eras, pedindo perdão por nós.
É nosso dever, obrigação ética e moral trabalhar em prol da verdade e jamais deixar-nos levar pelos interesses particulares que possam prejudicar a outrem. Amar o próximo como a si mesmo oferece a medida do certo e do justo para os procedimentos retilíneos reclamados pela vida. Parodiando o espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, nosso proceder deve sempre deixar pegadas luminosas nos caminhos por onde passamos a fim de servir de guia e luz para àqueles que vêm na retaguarda. Recordemos Jesus, o modelo e guia da humanidade segundo dispõe a questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”. Imitemo-lo e sejamos felizes.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli