Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
Uma das questões que intriga os filhos da Potestade é o porquê da ausência de lembrança das vidas passadas. Essa dúvida leva muitos a serem agnósticos e mesmo sob o arrimo da fé que apregoam, não acreditam nas vidas passadas. Se auto justificam ao lançar o olhar para a sociedade contemporânea vêm famílias bem postadas, equilibradas, saudáveis e com todos os recursos a sua disposição, enquanto outras vivem em plena miséria.
Muitos recebem no lar filhos com sérios problemas de saúde, enquanto outros são contemplados com herdeiros robustos, graciosos e esbanjando saúde. São países em guerra fraticida e a cidadania jogada literalmente no lixo. Da mesma sorte, nas democracias que deveriam ser a elevação do espírito para atender ao comando dos ensinamentos do Divino Pastor, entregando a cada um o que é seu, cumprindo a lei de justiça, o que se vê diuturnamente são os interesses pessoais predominando sobre o bem comum.
Logo, o raciocínio dos agnósticos é o de que o Pai Misericordioso não existe ou não permitiria essa sucessão de acontecimentos funestos. Ademais, porque não se lembrar dos proscênios de nossas existências, quiçá essa recordação não nos permitiria compreender melhor a presente existência. Esquecem-se, todavia, todos os descrentes, que o Senhor da Vida é Onipotente, Onisciente e Onipresente. Bem por essa razão e na sua infinita misericórdia concedeu-nos o manto do esquecimento para facilitar o cumprimento de nossos resgates, na única moeda capaz de saldar os nossos compromissos da ribalta de nossas vidas.
Os bônus hora como se vê no livro do Espírito André Luiz, o “O Nosso Lar”, ou se desejarem, a moeda da unidade de amor, que é capaz de resgatar em plenitude os nossos desalinhos do passado. Mais ainda, vale-se o Senhor do Universo do mesmo ensejo para que seus filhos se capacitem para o seu personalíssimo progresso, realizando as provas avaliatórias de seu caminho de luz.
Assim, em verdade, há a favor das recordações do passado em cada um dos filhos do Criador, o sentimento extra-sensorial, o que muitas vezes oferece uma sintonia com os sentimentos eternos da criatura, a definição do que a língua francesa caracteriza como “Déjà vu”, ou em outras palavras, “eu já vivi esse momento”.
Nesse sentir, seja o que for que tenhamos esquecido temporariamente acerca da alegria, da paz, do amor incondicional e das bênçãos do espírito, nos recônditos de nossa alma, há a lembrança da ocorrência. A alma se lembra de que há uma conexão interna com um espaço onde se é livre da culpa, da vergonha e das energias que deprimem e que nos faz crer se é menos que perfeito.
Mais ainda, a alma se lembra perfeitamente do motivo pelo qual nos encontramos nessa imensa nave chamada terra, planeta de provas e expiações e qual o propósito de nossa viagem e das tarefas que anuímos em concluir. Por isso, sempre que se esquecer de quem você é, peça para sua alma lhe lembrar, pois ela, o espírito imortal, está ciente da dor que você experiência nesta existência, do medo e do desespero que sente ao acreditar que está separado da fonte de amor.
É a alma, em realidade, o espírito que guarda no cofre sagrado das memórias as recordações de tudo o que fomos ou de tudo o que somos, de nosso destino e da dor que experimentamos, pois os homens são o produto de suas experiências. O objetivo desse arquivo é o de ajudar as criaturas em direção aos páramos celestiais, lembrando-o do propósito da jornada curativa e dos equilíbrios energéticos que integrar a lei do Universo, recordando em sua gênese ser filho do Supremo Sentimento Divino para que sua luz traga à harmonia com a divindade.
A alma é a presença Divina das criaturas na forma física guardando na memória mnemônica a Divindade até que você possa se reconectar com o Supremo Poder e Bondade. É nesse sentido que a memória humana está centrada nas limitações, na carência e na imperfeição do “esquecimento” e necessita que seu espirito se lembre que você é a luz do mundo, a semelhança humana da Fonte, a resposta às orações para a paz e o amor.
Sem contradita, quando olvidarmos que luz das criaturas brilha intensamente interna e externamente, a essência da Vida concedida pelo Criador, ajudará a alma a se lembrar. Inegavelmente, a alma aguarda pacientemente que recorde a sua presença, para se pedir força quando se sentir hebetado, ou impotente para continuar em sua jornada, para conectar-se com o momento de paz quando a realidade está imersa no caos.
É nesse momento que a alma criada por Deus, mantém sob proteção as memórias mais preciosas e cada vez que se esquecer de quem você é e do motivo pelo qual está empenhado nesta jornada, a sua alma terá as respostas. Exatamente por isso, faça a viagem para dentro de si mesmo, conecte-se com as belas memórias do lar, da sua família e das bênçãos do Senhor do Universo que a sua alma guarda, e encontre a paz mediante a certeza de que não se encontra aqui a sós. A indiscutível confraria com a alma é tudo o que se necessita precisa para se lembrar da alegria do Céu e do Amor que lhe envolve e protege a vida bela, colorida e consentida a nossa disposição.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli