Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
Não raras vezes os filhos da Divindade externando descontentamento com a existência em provas e expiações, exprobam os acontecimentos dizendo que a taça da vida está repleta. Joanna de Ângelis, espírito benfeitor da humanidade tem preciosa lição sobre essas circunstâncias aziagas da vida.
Parafraseando seus ensinamentos se pode dizer que logo pela manhã as provas iniciam sua trajetória com alfinetadas que nos ferem, seja porque alguém nos faltou com o respeito, seja porque a palavra que ouvimos foi amarga, seja porque a noite mal dormida, roubou o sossego ou ainda as diversas ocorrências da vida que ensinam que não podemos vencer todas, porque aceitar o desacordo é momento de crescimento espiritual, respeito por outrem e sinal de reverencia a sua individualidade.
Nesse sentir, lá pelas 10:00 horas da manhã quando a taça esta repleta, pronta para derramar e nada mais suporta a não ser uma gota de amor para não explodirmos, geralmente contra quem nada tem a ver com a nossa dissintonia, é a hora apropriada para o exercício do amor em plenitude.
A gota de amor vem do nosso comportamento com o perdão das ofensas, mansuetude, paciência, afabilidade, fazendo ao próximo tudo aquilo que gostaríamos que nos fizessem. Bem por isso, a taça da vida, contém o trabalho que realizamos, e as batalhas do bom combate que lutamos, sem esquecer os filhos que criamos para o reto cumprimento dos deveres. Os herdeiros crescem, saem de casa e o momento de vestir o pijama está próximo, dando sinais de que o tempo se estende vazio à nossa frente.
Cada dia parece um peso, chegando o momento da reflexão, máxime os atavismos de que somos portadores, crendo que os filhos da Consciência Cósmica não são como ferramenta que somente vale enquanto forem úteis. Os atavismos, todavia não prevalecem. Somos seres com esperança, com fé e imenso amor para dar a mãos cheias. Por isso mesmo, a imensa alegria do dever cumprido ensina que somos ferramentas úteis, filhos do Criador e a paternidade da Divindade é incontestável.
Dizem os textos sagrados que Deus trabalhou seis dias para plantar um jardim. Terminado o trabalho, Deus sentiu alegria, pois concluída a tarefa, chegara o tempo do desfrute e o Criador se transformou entregando-se a alegria de tudo o que fizera e ao olhar para sua obra pôs-se a passear pelo jardim, gozando as delícias do vento fresco da tarde.
Verdade que os poemas nada dizem a respeito, mas, a imaginação das suas criaturas permite conjecturar que o Criador tenha também se deleitado com o gosto bom dos frutos e com o perfume das flores. As almas dos velhos e das crianças se deleitam simultaneamente, pois as crianças ainda sabem aquilo que os velhos esqueceram e têm de aprender de novo: que a vida continua bela, colorida e consentida, para a alegria dos filhos da Potestade com a taça esperando o nosso amor.
Com certeza, no entardecer dessa viajem, em nossa taça da vida teremos realizado mais progressos do que imagina nossa vã filosofia, de sorte que penetraremos no mistério das coisas, dando-nos a medida da misericórdia do Pai Celestial na grande oportunidade da vida longeva e da reencarnação para cumprir os nossos designíos das provas e das expiações, carimbando o passaporte para os páramos celestiais.
Logo, aquele que já caminhou largo tempo na estrada da vida, adredemente passou pelo crivo das experiências amargas ou saborosas, amando, sofrendo, experimentando dores e alegrias, razão porque tem como resultado da sua inscrição na universidade a vida maior experiência do que àquele que ainda é recém-saído dos bancos escolares.
Imagina-se que essa consciência será alcançada quando mudarmos os nossos comportamentos para o exercício da probidade, da obediência as Leis Morais que devem reger os comportamentos das criaturas com fulcro nas lições de Divino Jardineiro. A liça de aprendizado será o do relacionamento humano, na família, no trabalho, na sociedade, por onde mourejarem os filhos da Providência Divina, aí será o palco dos acontecimentos para o exercício do perdão, da tolerância, da fé, do amor ao próximo, da mansuetude, da caridade em todas as suas tonalidades.
Ao olhar para a ribalta de nossas vidas, vemos que carregamos em nosso ser marcas de pessoas que passaram em nossas vidas, pessoas que no contato com elas, nos permitiram dar forma ao que somos, na medida em que eliminamos as arestas de nossa personalidade e nos transformamos em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Diante dessa realidade e da grandeza de Deus, é aí que finalmente nos tornamos grandes em valor, pois tal como o diamante polido e lapidado, retirado o excesso se chega ao se âmago para se encontrar o verdadeiro valor, também o Pai Celestial fez das suas criaturas um diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.