Queridos amigos fraternos.
Jesus sê conosco.
Indiscutivelmente toda a sociedade e todos os povos que habitam nesse planeta de provas e expiações, ainda que vocacionados, como sói acontecer, para as questões materiais da sobrevivência, estão cientes de que o bom combate há de ser travado para a nossa evolução e o sustento do corpo.
Todavia, no fundo, quando atingem a maioridade espiritual, a estabilidade financeira e passam no cadinho do tempo o bisturi profundo da análise da existência, sentem o programa de vida outrora compromissado na pátria espiritual. Nesse ensejo, vêm com nitidez delinear em seu horizonte a hegemonia das três letras mais importantes de nossas vidas, em outras palavras, a sensibilidade d’alma alcança o apogeu da Paz.
Não por outra razão os filhos da Providência Divina, buscam com sofreguidão a paz, lugar onde a consciência repousa sem atropelo de cobranças das palavras que deveriam ter silenciado o momento de aziaga, o exercício do perdão que deveria ter concedido, a mansuetude que seria indispensável como ícone do comportamento consoante ensinou o Divino Pastor e em todas as atitudes a prática do reto procedimento, único passaporte para os esplendores celestes.
Bem por isso, se constata que cansados de tanta luta contra os conflitos, seja na luta pela sobrevivência, nos negócios ou atividades laborais a que se está sujeito, ou nas discussões filosóficas do destino do ser, da dor e do amor, buscamos a paz, lenitivo que asserena o nosso espírito. A questão que não se cala é onde encontrar essas três letras que será o apogeu de nossos espíritos, a tranquilidade de nosso lar, de nossa família, da sociedade onde mourejamos, e, enfim acabar com as guerras interiores e obter a paz de consciência que nenhum ouro do mundo pode comprar.
Para encontrar essa paz, se sai às ruas e avenidas decidido a olhar com os olhos da atenção, da autêntica observação, o comportamento dos outros irmãos de caminhada. Encontram-se pessoas agitadas, apressadas, belicosas e o som das buzinas dos veículos tão alto que enlouquece e a há tanta poluição provocando ardência nos olhos, que a natural opção seria buscar um lugar mais calmo e aprazível.
Na busca do caminho da paz, procuremos um parque repleto de árvores, onde os pássaros cantam, crianças brincam e idosos descansem. Todavia não é incomum a multidão que pedala suas bicicletas, correm ou caminham apressadamente no seu exercício diário, quando não um bando de jovens passa em algaravia, desrespeita a natureza e a todos. Oh! Meu Deus. Quanta falta de educação e desrespeito a cidadania que com certeza nos faz desistir de permanecer naquele sítio. Quiçá possamos encontrar outro lugar onde nosso coração possa bater no compasso d’alma sequiosa de paz.
É verdade. Por mais insólito que possa parecer, porque não procurar um cemitério e pronto, ali deverá existir a paz que tanto procuramos. Afinal no sepulcro acaba toda inveja, ódio, rancor, maledicências e outros derivativos do mau proceder. Que ledo engando! Há sempre um cortejo seguindo para uma sepultura e presenciamos muita gente chorando, alguns gemendo o seu pranto de dor baixinho e a maioria rezando em voz alta e existe sempre um Padre ou Pastor falando sem parar, até que no dramático clima o morto desce ao túmulo. Sem dúvida é um momento de muita tristeza. É também de arrepiar e ali não se encontra a paz que se anela para os corações em busca de serenidade, parecendo hilário a lápide com a expressão “Descanse em Paz”.
Nessas reflexões e na busca do caminho da paz, não raras vezes se convence à saciedade que no mundo que nos cerca não há Paz e tudo conspira para a desarmonia fazendo quórum para o arrastão da insensatez, dos altos decibéis, do trânsito insuportável, das pessoas nervosas, outras agressivas, e os sem vontade de ajudar o próximo, tudo acaba em cansaço, tédio e revolta.
É nesse instante que vem a mente, como se a indicar um lugar repleto de tranquilidade para satisfazer os anseios da busca da paz, os mestres da humanidade, como o Divino Jardineiro, que pregou a paz para as multidões e entre as diamantinas lições, o não se isolar e nem reprimir àqueles cujos caminhos se cruzam nos propósitos da Divindade.
É o esforço inaudito que se realiza para estar bem consigo mesmo, confiando plenamente no Senhor da Vida que sabe o que faz, e por essa mesma razão, o Divino Jardineiro, presciente dos acontecimentos que haveria de vir, seja o amigo querido Pedro negando-o três vezes, seja o discípulo em desalinho entregando-o aos algozes de Caifás, Ele estava de bem consigo.
O Mestre estava de bem com o mundo que o cercava e paz estava dentro dele. Nesse sentir d’alma, a resposta à pergunta que não se cala, agora tem o lenitivo salutar. A paz pode ser encontrada dentro de cada um dos filhos de Deus, na intimidade de seu coração onde fez morada eterna o Pai Celestial. Creia em Deus, Somos filhos do Senhor da Vida, Onipotente, Onipresente e Onisciente e em sua Lei o sol vai sempre brilhar depois da tempestade e o arco-íris vai surgir trazendo a esperança em suas múltiplas cores.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.