O Sublime Amigo.
A vida como vivenciamos no dia a dia e hora a hora é difícil, sabe-se muito bem, máxime porque ela é composta do verdadeiro sentido de progresso, talhando nos tatames da existência, as provas a que se submetem aqueles que almejam obter o diploma na universidade da vida, passaporte para os páramos celestiais.
Obviamente nesse sentido, ninguém poderá carregar o fardo de suas dores, ainda que em caráter pessoal, sem o apoio indispensável do companheiro inseparável de todas as horas, o Divino Pastor. Bem por isso Ele veio a esse Orbe, para ser o caminho a verdade e a vida, e, por essa razão disse-o com tanta clareza que ninguém vai ao Pai senão por ele.
Dessa sorte, todo sofrimento, amargura, dores ou mesmo as alegrias, comportam da parte dos filhos da Providência Divina, educar-se para aceitar os designíos do Senhor da Vida com resignação, amor e esperança de que a Potestade sabe o que faz e aos filhos resta a certeza de que depois de criar o Universo, as estrelas e as constelações, é seguro que a Consciência Cósmica não negligenciaria os cuidados com seus filhos.
Nesse sentir, é crível asseverar que ninguém se imagine ser possível entender os problemas complexos da existência, sem exercitar ao menos o silêncio d’alma para ouvir os sons inarticulados da natureza vibrando em sintonia perene com as obras do Criador.
É do Divino Rabi da Galileia a assertiva de que não estaremos sós, porque quando na solidão que entibia os nossos mais puros sentimentos do espírito, o Sublime Amigo legou à posteridade o convite para ir até Ele, ao dizer:
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.”
Não há, pois, solidão. Todos os sofrimentos, misérias, decepções, dores físicas, perda de seres queridos, tudo mas tudo mesmo que a nossa vã filosofia possa imaginar, encontra sua consolação na fé no futuro e na confiança da justiça de Deus que o sublime amigo ensinou aos homens de boa vontade.
Sem contradita, diante dessa realidade, é inaceitável a alegação injusta que alguns desatentos fazem alhures e algures, ao afirmarem que as dores e aflições por eles experimentadas sejam as maiores do mundo. Não são. O exemplo das dores física mais pungente que se tem notícia foi o do modelo e guia da humanidade que nada devia, enquanto os irmãos menores tem o que espiar.
A compreensão desses fatos, requer uma catarse das chamadas dores através da auto iluminação, porquanto é notório que ninguém responderá pelos erros de outrem, razão porque o ensejo requer cuidado de um proceder sempre retilíneo.
A brandura e a simplicidade são do Cristo, o sublime amigo na condição de modelo e guia nos convida perenemente à prática dessa virtude. Em contrapartida, é dever de boa conduta, meditar com paciência nas ocorrências e dominar os impulsos inditosos, pois afinal somente os poderosos respondem ao ataque verbal com o silêncio e evitam dizer tudo, logrando não magoar os companheiros de viagem com palavras ásperas e impensadas.
O primeiro sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos e se a discussão deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar no bem mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Não é comum as pessoas compreenderem os sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta, honrada e digna do verdadeiro cristão, perseverando no dever de fidelidade aos lhanosos propósitos assumidos na pátria espiritual. Por isso, sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez diante da infinita grandeza da vida, conscientes de que para a eternidade dos tempos estaremos na companhia do sublime amigo, O Divino Pastor.
As ovelhas do aprisco do Sublime Amigo, além de todos os requisitos indispensáveis à vida terrestre, necessitam burilar o espírito para o seu retorno à pátria espiritual com a missão cumprida. No Evangelho Segundo o Espiritismo, mais precisamente no Capitulo XX, item 5, o tema tem relevo sob a égide de “Os Obreiros do Senhor”.
“Vinde a mim, vós que sois bons servidores, que calastes os vossos ciúmes e as vossas discórdias para não deixar a obra prejudicada!” Mas ai daqueles que, por suas dissenções, terão retardado a hora da colheita, porque a tempestade virá e serão carregados no turbilhão! ... ...”
Sob esse espeque, não há dúvida de que o tempo para a transformação das criaturas de Deus já se faz tardar para todo àquele que emperra a marcha do seu e do progresso da sociedade como um só corpo destinado aos páramos celestiais.
É por essa transformação que se conhecerão àqueles que trabalham com desinteresse, atentos a virtude da caridade. Esses serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Sem contradita, bem aventurados aqueles que ajudem e estimulem aos irmãos de caminhada para o trabalho conjunto, unindo os esforços a fim de que o senhor ao chegar encontre a obra acabada. Assim, é crível se crer que nessa circunstância, sejamos convidados a ir até Ele.
Anote-se por isso, que para ir até o Pai Celestial será indispensável à transformação das nossas imperfeições, substituindo-as pelas virtudes que nos faz abandonar as atitudes de falta de caridade, de perdão, de tolerância de mansuetude, em fim, tudo o que o Pastor da humanidade o sublime amigo deixou como legado de seu amor.
A dinâmica da vida convida os filhos da Potestade às experiências dos acertos e dos erros, resultando os desalinhos destinados despertar para realidade espiritual realizando a mutação necessária do homem mau em o homem bom, do violento em pacifico, do desamor em amor, do avaro em generoso.
Nesse sentido, a aceitação das provas da vida, é detentora de um poder transformador que podemos conceber e avaliar. É certo que não é fácil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.
Mas, quem disse que a vida é fácil ou uma viagem de veraneio? A vida é difícil e é para os destemidos constituindo-se de mil alfinetadas, no dizer do santo evangelho. Nem por isso a transformação para a vereda do bem proceder, deixa de ser um ato de boa vontade, mente aberta, sabedoria e humildade, pois ao contrário de que muitos pensam a vida em si, é um presente do Pai Celestial e esta sob o seu absoluto controle.
É inegável que podemos contar com essa realidade. Por isso, vamos mudar a nós mesmo aceitando o convite do Divino Jardineiro para amarmos uns aos outros, perdoar as ofensas, procurar a todo custo ser brando e pacifico, objetivando com a transformação de nosso proceder alcançar a plenitude existencial.
A mutação é uma força que nos condiciona e prepara para a luta do bom combate, como lecionou o apóstolo Paulo, ainda que existam bulhas nos tatames dos embates existenciais. A transformação de procedimentos sem dúvida é a paz, é o entendimento e a leveza do espírito.
Na vida que estua e pulsa em nós ou na natureza é tudo movimento e um constante sim e um permanente não a estagnação, pois nada, absolutamente nada é permanente, mas tudo se transforma na retórica de Antoine Lavoisier.
Aceitar modificar nossos hábitos será o ofertório que se faz em nome do Divino Pastor porque sempre temos algo a dar em Seu nome àqueles que se nos cercam em aflição. Não se olvide que entre as bênçãos do Homem de Nazaré esta incluída em sua pauta de atendimento, a recuperação de pacientes portadores de diversas enfermidades.
Neste estado d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Divino Pastor - Do amigo fraterno de sempre - Jaime Facioli.