As criaturas de Deus, diante das conveniências da vida corpórea se deixam levar pelas necessidades primárias, “In-veritas”, importantes para a manutenção da vida em provas e expiações. Todavia, não raro se observa a ultrapassagem dos limites adequados ao bom viver.
Não é somente dos frutos do trabalho, do cuidado da família, da responsabilidade social e da manutenção do corpo físico que se compõe o homem integral.
Os filhos da Divindade em evolução, além de todos os requisitos indispensáveis à vida terrestre, necessitam burilar o espírito para o seu retorno à pátria espiritual com a missão cumprida. No Evangelho Segundo o Espiritismo, mais precisamente no Capitulo XX, item 5, o tema tem relevo sob a égide de “Os Obreiros do Senhor”.
Atingistes o tempo do cumprimento das coisas anunciado para a transformação da Humanidade; felizes serão aqueles que tiverem trabalhado na seara do Senhor com desinteresse e sem outro móvel senão a caridade! Suas jornadas de trabalho serão pagas ao cêntuplo do que terão esperado. Felizes serão aqueles que terão dito a seus irmãos: “Irmãos, trabalhemos juntos, e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor encontre a obra pronta à sua chegada”, porque o Senhor lhes dirá:
“Vinde a mim, vós que sois bons servidores, que calastes os vossos ciúmes e as vossas discórdias para não deixar a obra prejudicada!” Mas ai daqueles que, por suas dissenções, terão retardado a hora da colheita, porque a tempestade virá e serão carregados no turbilhão! ... ...”
Sob esse espeque, não há dúvida de que o tempo para a transformação das criaturas de Deus já se faz tardar para todo aquele que emperra a marcha do seu e do progresso da sociedade como um só corpo destinado aos páramos celestiais.
É por essa transformação que se conhecerão àqueles que trabalham com desinteresse, atentos a virtude da caridade. Esses serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Sem contradita, bem aventurados àqueles que ajudem e estimule aos irmãos de caminhada para o trabalho conjunto, unindo os esforços a fim de que o senhor ao chegar encontre a obra acabada. Assim, é crível se crer que nessa circunstância, sejamos convidados a ir até Ele.
Anote-se por isso, que para ir até o Pai Celestial será indispensável à transformação das nossas imperfeições, substituindo-as pelas virtudes que nos faz abandonar as atitudes de falta de caridade, de perdão, de tolerância de mansuetude, em fim, tudo o que o Pastor da humanidade deixou como legado de seu amor.
A dinâmica da vida convida os filhos da Potestade às experiências dos acertos e dos erros, resultando os desalinhos destinados despertar para realidade espiritual realizando a mutação necessária do homem mau em o homem bom, do violento em pacifico, do desamor em amor, do avaro em generoso.
Sob o díptico em exame, é indispensável a aceitação da transformação dos procedimentos das criaturas no dia a dia e na hora a hora e se verdadeiramente anelamos proceder no caminho que dignificam os atos da vida, adotemos a os pensamentos do Pe. Antonio Vieira, para quem “Para falar ao vento bastam palavras. Para falar ao coração é preciso obras. Que coisa é a conversão da alma senão um homem dentro de si, e ver-se a sim mesmo.”
Nesse sentido, a aceitação das provas da vida, é detentora de um poder transformador que podemos conceber e avaliar. É certo que não é fácil aceitar uma perda material ou afetiva; uma dificuldade Financeira; uma doença; uma humilhação; uma traição.
Mas, quem disse que a vida é fácil ou uma viagem de veraneio? A vida é difícil, é para os destemidos e se constitui de mil alfinetadas, no dizer do santo evangelho. Nem por isso a transformação para a vereda do bem proceder, deixa de ser um ato de boa vontade, mente aberta, sabedoria e humildade, pois ao contrário de que muitos pensam a vida em si, é um presente do Pai Celestial e esta sob o seu absoluto controle.
As pessoas são como são, e apesar de difícil são capazes de mudar, buscando o caminho da perfeição e na estrada da vida encontra a vereda para os páramos celestiais, única fatalidade que a existência concebe aos seres em trânsito pelo planeta de provas e expiações.
Certamente podemos contar com essa realidade e por isso, vamos mudar a nós mesmo aceitando o convite do Divino Pastor para amarmos uns aos outros, perdoar as ofensas, procurar a todo custo ser brando e pacifico, objetivando com a transformação de nosso proceder alcançar a plenitude existencial.
Contrario senso, é tornar-se resistente as transformações, belicoso, revoltado, deprimido, sem esperança no porvir, culpando-se e culpando a outrem, ao nutrir reações emocionais carregadas de raiva. A raiva por seu turno é raiva de si mesmo e da vida, resultante desse proceder que destrói, fere e desagrega. A mutação é uma força que nos condiciona e prepara para a luta do bom combate, como lecionou o apóstolo Paulo, ainda que existam bulhas nos tatames dos embates existenciais.
A transformação de procedimentos sem dúvida é a paz, é o entendimento e a leveza do espírito. Recordemos que transformar-se não significa fraqueza, nem tão pouco atitude de covardia. Antes pelo contrário. É ato de coragem.
Mudar comportamentos para viver a boa nova é estar lúcido do momento presente, do passado e do futuro, com fé e aceitação da vida como ela se apresenta. Aceitar é colocar-se pronto para ver a dificuldade de outro ângulo, sem o peso do preconceito, certo de que no instante em que aceitamos desmaterializar desaires, incontáveis vezes criados por nós, em contrapartida surgem soluções através da intuição e ou fatos que trazem as respostas e as soluções para os problemas.
Na vida que estua e pulsa em nós ou na natureza é tudo movimento e um constante sim e um permanente não a estagnação, pois nada, absolutamente nada é permanente, mas tudo se transforma na retórica de Antoine Lavoisier.
É compreensível a tendência “natural” de resistir a tudo que é novo ou revolucionário, não aceitar mudanças, viver na ortodoxia e combater tudo o que nos contraria, máxime as circunstâncias aziagas que gera sofrimento. A mutação é expansão da consciência em busca de soluções que aliviam a alma liberando o espírito do complexo de culpa e tornando a vida mais leve, mais alegre e mais saudável.
Por essa vertente, aceitar a vida como ela é, em absoluto não significa desistir, mas seguir adiante, para frente e para o alto com otimismo, mantendo pulcros os propósitos a serem atingidos por meios saudáveis das atividades da vida. Essa mutação, sem contradita significa estar grato à oportunidade redentora de renovação, sem se esquecer de que aceitar os desafios é um presente de Deus que se recebe no aqui e agora, conscientes de que no momento da mutação há uma entrega sincera ao que a vida oferece aos filhos da Divindade.
Bem por isso, aceitar as mudanças, quando se trata, dos negócios, do bem estar da família ou dos interesses pessoais, inenarráveis pretextos vêm à “ponta da língua”, tornando-se incontáveis os interesses particulares que acabam por ceder espaço em demasia ao egoísmo, chaga da humanidade que o tempo se encarregará de extirpar quando seguirmos os conselhos do Divino Rabi da Galileia para termos puros o coração.
Sob esse enfoque, o que se vê é que Deus nosso Pai coloca os necessitados sempre em nossos caminhos, perto de cada um de nós, para facilitar a solidariedade e a bem aventurança de servir ao próximo. Aceitar a missão de auxiliar o próximo, não será tão difícil quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos da mensagem de que Ele se fez portador.
Aceitar modificar nossos hábitos será o ofertório que se faz em nome do Divino Pastor porque sempre temos algo a dar em Seu nome àqueles que se nos cercam em aflição. Não se olvide que entre as bênçãos do Homem de Nazaré esta incluída em sua pauta de atendimento, a recuperação de pacientes portadores de diversas enfermidades. Por essa razão, convém aceitar as mudanças em nossas vidas, caminhando agora e para sempre com Jesus, o Cristo Redentor.
Neste estado d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Divino Pastor - Do amigo fraterno de sempre - Jaime Facioli.