Inquestionável àqueles que têm sede de conhecimento, que em pleno terceiro milênio se negue a presença dos filhos da Divindade como seres imortais, vivendo, apreendendo, interferindo auxiliando ou mesmo complicando a vida dos encarnados, chamados almas, quando em verdade somos todos espíritos.
Bem por isso, bilhões de espíritos pululam à volta do orbe que habitamos e o intercâmbio dos encarnados e desencarnados é fator de progresso fazendo parte das leis naturais que regem o Universo da Potestade.
A Terra é um mundo de expiações e provas, bem sabemos, mas é também escola de bendito aprendizado. Há intensa comunicação entre os dois planos da vida, apesar da maioria, os ‘vivos’, não terem consciência dessa realidade e não perceberem a influência que sofrem dos ‘mortos’, segundo dispõe a questão número 459 de ‘O Livro dos Espíritos’.
É lugar comum os profitentes da doutrina abençoada se questionar o porquê em nosso orbe ainda predominam o mal, a doença que assolam a humanidade terrena cuja raiz é a obsessão espiritual.
O cobrador ‘invisível’, denominado de obsessor, atua na invisibilidade levando o obsediado ao desequilíbrio físico e psíquico. Muitos dos hospitais psiquiátricos na atualidade já tratam com bastante acerto o corpo e a alma para ‘livrar’ os nossos irmãos em sofrimento das dores que padecem nas mãos dos perseguidores que não praticam a virtude do perdão incondicional como ensinou o Divino Jardineiro no Monte Gólgata.
Anote-se por essa razão que é na mente que se processa esta postura. De mente a mente. A obsessão existe não apenas do desencarnado em relação ao encarnado, como de desencarnado para desencarnado. Mais ainda: de encarnado para desencarnado e de encarnado para encarnado.
A Doutrina Espírita tem a terapia adequada para ajudar obsediado e obsessor no esclarecimento que conduz à cura das enfermidades d’alma. O lenitivo eficaz para se atingir esse mister não dispensa que se ponha em prática a virtude do perdão como mencionado alhures. Por essas razões, diga-se que apesar da teoria do panteísmo não fazer sentido ao bom senso dos que têm sede de saber, porque se trata de um único ponto de referência de onde defluiriam todos os demais.
Portanto inexistente o personalismo, é óbvio que quando se trata de frequência vibratória os estudiosos do assunto têm em conta outros valores. Cada ser, cada planta, cada indivíduo, em sua natureza, é independente e personalíssimo, mas interagem em todas as coisas e com todos os seres, vivendo interligados no grande universo do Sentimento Divino.
O belíssimo filme Avatar apresentado em 3-D dá uma boa ideia dessa realidade criada pela Providência Divina, pois toda ação repercute de um para outro e assim sucessivamente. Não por outra razão o estudo sério do espiritismo informa que as energias negativas produzidas pelos nossos pensamentos geram uma onda de desconforto e uma onda escura para onde forem encaminhadas.
Daí, jamais falar mal de alguém é sempre uma medida alvissareira, pois nenhum ato se isola em suas consequências. Somos duas poderosas antenas, vivemos captando e emitindo os nossos sinais e pensamentos. Paulo Apóstolo, em sua epístola aos Coríntios teve oportunidade de dizer que para cada pensamento temos uma nuvem de testemunhas.
Em outras palavras, centenas de irmãos nossos que se ligam em nossas vibrações, boas ou más, dependendo do nosso estado de espírito, considerando, como não poderia deixar de ser, que vivemos num emaranhado de sentimentos. O bem se expande em ondas que cobrem distâncias imensas que não pode imaginar nossa vã filosofia. O mal se propaga com a mesma intensidade com que é praticado.
Nesse sentir, jamais olvide que o acontece em qualquer lugar nesse mundo de Deus venha te alcançar onde estás. Devemos e podemos sem contradita assimilar a lição de Jesus de Nazaré para fazer brilhar a nossa luz.
É o quanto consta da questão número 88 de ‘O Livro dos Espíritos’, primeira e segunda parte, esclarecendo à saciedade que os espíritos podem ser uma chama, um clarão ou uma centelha etérea; e na segunda parte diz o benfeitor da humanidade o Espírito da Verdade, que o espírito em sua cor vai do escuro ao brilho de um rubi, segundo seja o espírito mais ou menos puro. Que brilhe a vossa luz, dizia o Rabi da Galileia e, por consequência, se nos transformarmos num foco de luz, haveremos de extinguir a sombra em torno de nós.
A verdade incontestável é que o reflexo de tudo que nos atinge combina com a natureza dos nossos sentimentos. O bom senso que orienta os filhos do Senhor da Vida, bem sabe que quem não oferece sintonia para o mal não entra na frequência vibratória da desarmonia.
Não por outra razão, o conceito de vibrações no terreno do espírito se dá por oscilações ou ondas mentais, que importa observar ao exteriorizamos constantemente semelhantes energias, pois desse fator decorre a importância das ideias que alimentamos todos os dias, todas as horas e todos os minutos de nossa existência.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um final de semana repleto de paz em nome do Homem de Nazaré, nosso amigo incondicional de todas as nossas vidas.