Entre os filhos de Deus, há um costume que toma conta de todas as criaturas, das mais humildes, pobres, ricas ou modestas, ninguém está livre desse hábito, até salutar de receber bem os seus visitantes. Tanto isso é verdade que o Divino Pastor recomendou aos discípulos em o Evangelho: (Mc 6, 7-13).
Chamou os discípulos e os enviou dois a dois, para divulgar a boa nova e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros. Ao ensejo recomendou-lhes que não levassem para a viagem nada mais do que um bastão, nem pão, nem sacola, nem dinheiro no cinto.
Podiam estar calçados de sandálias, mas não deviam usar duas túnicas. E nesse ponto a recomendação em apreço:
“Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, ao sairdes de lá, sacudi a poeira dos pés em testemunho contra eles”. Eles partiram, pregaram a boas nova, concitando o povo à conversão, expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.
Na atualidade, quando é anunciada a visita de alguém importante, seja líder político, religioso, um cientista, um artista em voga, todos se preparam para o grande acontecimento: a mídia televisiva, falada e impressa destaca seus melhores repórteres, fotógrafos, redatores para a cobertura total. As autoridades do país agendam a data prevista, e recebem com todas as honras o ilustre visitante. Oferecem presentes, levam a lugares históricos, discursam, entre outras coisas, enaltecendo a figura, sua obra.
Em se tratando da equipe preferida ou da seleção esportiva, o povo se prepara para a recepção no aeroporto, aguarda a passagem da comitiva pelas ruas, portando bandeiras, flores e acenam como demonstração do quanto aquelas pessoas são bem-vinda. Anelam sempre pela oportunidade de uma foto, um aperto de mão e ao depois os que conseguiram fotos ou um aperto de mão, uma lembrança qualquer, mostra aos amigos, postam nas redes sociais como uma conquista, uma alegria que será recordada muitas e muitas vezes.
O fato será contado e revisto incontáveis vezes porque a pessoa se sente honrada por ter estado próxima do personagem no momento do discurso, da passagem, de uma bênção e ano após ano, se dirá: Eu estive com ele. Eu participei da festa. Eu ouvi o seu discurso, ao vivo. Ele acenou para mim e tudo será lembrança queridas da vida.
Bem por isso, não será licito, em hipótese alguma olvidar a visita perene do companheiro de todas as horas, que todos os dias visita nosso lar, nossos corações trazendo a sua paz e esperança, porque tanto outrora como nos dias presentes, em época distante, numa terra convulsionada, uma noite foi de especial grandeza. As estrelas brilharam com maior intensidade e, em um momento, uma grande paz pairou sobre todo o planeta.
Um astro surgiu nos céus, diferente, maior e de brilho mais intenso do que qualquer estrela. Um conglomerado de Espíritos unidos. Um coro celestial entoou a canção da esperança aos ouvidos de quem tinha ouvidos para ouvir. Assim, os pastores deixaram seu rebanho no campo e os sábios do Oriente deixaram seus países para visitar um Menino, em verdade, o Excelso Rei, o Governador Planetário, o Cristo Solar.
O Divino pastor abandonara as estrelas temporariamente, para estar com as Suas ovelhas, e desse modo o importante visitante, assinalou sua passagem pela Terra com atos e palavras jamais realizados, nada obstante, muitas das suas ovelhas ainda não tenham reconhecido essa realidade inapagável pelo tempo que é eterno para a evolução dos filhos da Potestade.
O amigo e visitante de todas as horas, legou a imorredoura mensagem de todos os tempos: Amai-vos uns aos outros. Oh! Meus Deus. Quando as criaturas se darão conta de que o Ser perfeito, único em sua essência, já visitou a Terra, vindo para os Seus, oferecendo Seu amor pleno e permanece aguardando de braços abertos os retardatários para d’Ele se aproximar. Nesse sentido, vale a pena lembrar que Sua estadia no planeta Terra durou pouco mais de três décadas e o Pai de infinita Misericórdia nos deu de presente seu filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Com essas considerações, que não se iluda a vã filosofia dos caminheiros. A bondade infinita do Pai Celestial e sua misericórdia, conhecendo suas criaturas e sabendo da travessia do mar bravio que haveríamos de enfrentar no campo das provas e expiações, e a experiência das dores como forma de equilíbrio do Universo na pedagogia da vida, deu as suas criaturas o zênite capaz e pronto a auxiliar sempre em visita perene aos corações em transformação para a pulcritude.
Por essa razão, ele nos ofereceu o caminho e a luz que pode nos guiar aos páramos celestiais, na doce figura de Jesus de Nazaré, o Divino Jardineiro que exortou o poema na sua visita ilustre ao belíssimo planeta terra sob sua governança.
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque o meu jugo é suave e meu fardo é leve”. (São Mateus, Cap. XI, V. 28,29,30)
A visita ilustre aos corações amorosos e sequiosos de progresso, esclarece ainda os irmãos menores, na caminhada pela vida em direção aos esplendores celestes, o caminho a ser seguido ao dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai se não for por mim. Àquele que me segue jamais viverá na escuridão, mas terá toda a luz do mundo”.
Nesse sentir d’alma, quando em dificuldades pelas más escolhas feitas no pretérito das provas, na hora da dor e do resgate doloroso para o equilíbrio do Universo, apelemos ao Divino Rabi da Galileia na visita ilustre ao nosso coração, mentalizando a figura amorosa de Jesus e o convite perene que faz as vidas em constante transformação.
Quando nossa alma estiver aflita, em desespero ou em desesperança para manter a fé na Divindade, apelemos ao visitante ilustre para que nos ajude a suportar os espinhos das rosas com resignação, até chegarmos a sentir o suave perfume das pétalas das rosas da vida.
Assim amigos, nos momentos de dor ou desalinho, apelemos ao Homem de Nazaré, externando nossa suplica dizendo: Vem, Celeste Amigo, vem. Toma do nosso passo e leva-nos ao caminho do Bem.
Vem Celeste Amigo, vem. Para que Te possamos servir e amar entregues ao espírito de renúncia por fidelidade a Ti. Permite, Senhor, que em nossa noite de agonia possamos curvar-nos à dor e sob o látego da provação entreguemo-nos sem restrição ao Teu amor.
Dia novo de luz é hora de bênção. O Evangelho em triunfo necessita do adubo do testemunho. Somos aqueles discípulos equivocados que malogramos ontem, que nos equivocamos hoje, mas a Tua soberana misericórdia nos reconvocou. Toma de nossas mãos e leva-nos, Amigo Divino, ao caminho da libertação. Agora é a nossa hora, não amanhã. Este é o nosso momento, não depois. Com Jesus, por Jesus e em Jesus, a nossa meta será de paz.
Com essas considerações, recebam os amigos, um beijo em seus corações, com a oblata da fraternidade universal, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.