Os desaires, as dissidências ou as dificuldades para se vencer as provas da vida, lutando o bom combate oferecido pelas provas aos candidatos a felicidade, no dizer do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, é tarefa para os fortes e àqueles que têm sede de justiça. Graças a Deus, poucos são os que se deixam abater pelo desanimo, pelo derrotismo, pela desesperança e pela falta de fé no Senhor da vida. Entretanto, quando em desalinho os filhos da Divindade, muitos são os que abandonam a arena do combate leal e se permitem uma carta de alforria para todos os desalinhos.
São maridos que abandonam a família, mulheres que se tornam infiéis e filhos que enveredam para a delinquência de todo jaez. Não por outra razão os noticiários estão repletos de notícias que estiolam os mais puros sentimentos d’alma. A colheita do mau proceder muitas vezes resulta na fuga da vida, mediante o suicídio. Essa atitude espúria, resultado da falta de amor e de fé na Providência Divina. E, ao contrário do que pensam os que escolhem essa porta do desespero em busca do “Nirvana”, leva o seu autor a consequência que não imagina o livre pensar.
Trata-se de pecado capital, cujo resultado fará do autor dessa desditosa opção, uma continuidade da vida com indescritível sofrimento no vale dos suicidas. Oh! Meu Deus, que sua infinita justiça nos livre e guarde dessa terrível dor. A vida, tal como nos foi concedida pelo Senhor do Universo é para ser vivida em plenitude, na alegria, no amor a família, ao trabalho, aos amigos que vamos conquistando no dia a dia e na hora a hora em detrimento aos inimigos do passado, aos quais pelos nossos retilíneos procedimentos haveremos de transformá-los em amigos fraternos e juntos caminharmos em direção aos páramos celestiais em nome da oblata oferecida a família universal.
Exatamente por essa vereda, mediante inaudito esforço a siderurgia transforma a estrutura dos metais trabalhando-os para as finalidades compatíveis com os programas adrede estabelecidos. Os artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata, e da matéria, transmitindo-lhes vida. Capturam nas entranhas da terra os metais preciosos e sob inspiração Divina, com o cajado do esforço pessoal dá-lhe beleza e utilidade para o enriquecimento da sociedade em nome da Lei de Progresso.
Os filhos da Consciência Cósmica, no dizer de Joanna de Ângelis, são como diamantes preciosos que mesmo quando se encontrem no lodo, a primeira réstia de luz que lhe chegue será capaz de fazer brilhar a sua luz interior, despertando o gigante que se encontra adormecido na consciência o sono.
Em razão desse sentimento que trazemos n’alma, não poderemos jamais esmorecer diante da luta, sem olvidar que o bom combate é sinônimo do bom soldado que vai a frente sem se questionar qual será o resultado da batalha. Apenas cumpre o dever e entrega-se a tarefa com confiança no Senhor do Universo que sabe o que faz e o que é melhor para cada um dos seus filhos.
Não por outra razão, cabe evocar nessa ensancha, parodiando a lição do Divino Jardineiro. “Olhai os pássaros e os lírios dos campos, eles não tecem e nem fim, mas nem Salomão no esplendor de sua gloria vestiu-se como eles”. É fato inconteste que sob a luz do ideário de Joanna de Ângelis, nossa conduta deve seguir a trilha de imitar “a débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve”. A vida responderá de acordo com a ação desencadeada e o violento tropeçará com truculência a cada passo, enquanto no exercício da paciência se viverá em harmonia.
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade, no mesmo instante em que o pacifista adquire tranqüilidade defendendo os ideais que dominam o espírito em busca da plenitude. O intrigante irá padecer da neurose do medo, enquanto o instrumento da lealdade produzira a confiança. A irritabilidade levará às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção. A concórdia irá gerar a harmonia em toda pessoa e em todo lugar, pois o mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação. O bem é luz irradiante produzindo sempre a alegria.
Nesse sentir devemos nos amoldar ao programa do dever de crescer para Deus, “domando as más inclinações”, a princípio nas imperfeições de pequena monta, máxime o exercício nos condicionaremos para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso e do qual devemos nos libertar em definitivo, para celebrar a vida, bela, colorida e consentida, valorizando-a como presente do Pai Celestial as suas criaturas.
Enfim, do exercício do bem viver para a pacificação d’alma, é inegável que a valoração da vida do homem destinado às estrelas, dependerá de esforço pessoal e de trabalho ininterrupto na seara do bem. Em verdade, não haverá milagre de transformação moral, aqueles que não se exercitar nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.
Ponto finalizando sob a égide dos frutos das preciosas lições de Joanna de Angelis, segue nossa elevada estima e consideração, com o ósculo depositado em seus corações, e a hóstia da fraternidade universal, anelando votos de um ótimo fim de semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre - Jaime Facioli.