A PEDRA
O distraído nela tropeçou....
O bruto a usou como projétil....
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, Davi matou Golias e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
Em todos esses casos, a diferença não estava na pedra, mas no homem!
Não existe “pedra” no seu caminho que você não possa aproveita-la para o seu próprio Crescimento.
Cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais torna a cair, aproveite cada gota para evoluir.
Na vida, não vale tanto o que temos, nem importa o que somos. Vale mesmo é o que realizamos com aquilo que nos possuímos e, acima de tudo, importa o que fazemos de nós!
Foi no dia 11.09.2001, que uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda marcou a humanidade com cenas de barbárie jamais imaginada. Duas aeronaves foram arremessadas nas Torres Gêmeas na Cidade de Nova York matando aproximadamente 3.000 pessoas e deixando registrado na história uma triste recordação e momentos de muita dor.
Naturalmente houve muitos episódios de alegria daqueles que deveriam estar naquele logradouro e por uma razão ou outra que não consegue imaginar a vã filosofia, foi literalmente “salvo” da catástrofe.
Nesses momentos os filhos da Providência Divina sempre se questionam. OH! Meu Deus, por que isso? Qual o propósito de tanta barbárie? Como poderemos fazer para encontrar o caminho da Paz?
Na filosofia espírita, nada acontece por acaso, mas por uma causa. Carecemos sempre vivermos cada dia como se fosse o último, valendo dizer, estarmos preparados para o momento da grande viagem.
A pergunta inevitável será como estarmos preparados para a ocorrência que pode se dar a qualquer momento, sem aviso prévio, vindo de surpresa em nosso encontro? A resposta está nas lições do Divino Rabi da Galileia.
A prática do amor em plenitude, da solidariedade, do perdão, da Tolerância, da paciência são virtudes que elevam as criaturas de Deus aos páramos celestiais. Bem por essa razão, é sempre oportuno recordar que quem nos tenha ferido na ribalta de nossas vidas, já passou e na vida tudo passa.
Passam as alegrias as tristezas, a cada dia o Sentimento Divino nos oferece uma folha nova no caderno de nossa história para que possamos escrever a nossa vida de amor dedicada ao Cristo de Deus.
Ademais, os que ferem, na prédica do Divino Jardineiro, serão feridos com a mesma arma. Por isso lá na frente eles encontrarão os vendavais do que plantaram. Não nos preocupemos, a não ser para perdoar.
É preciso urgentemente desfazer-se das tralhas que entulham nossos corações das energias negativas, substituindo-as pelas energias positivas do amor em plenitude. A mágoa, rancor, ressentimento, ódio, são péssimos companheiros de viagem.
São sentimentos escolhidos por cada uma das criaturas de Deus que não pratica as lições do Homem de Nazaré e se deixam envenenar pelas agressões e ofensas que a vida traz como prova de elevação de nosso caráter.
Quem comungar com o mal será sempre o responsável pelo que faz. Evocamos a figura de Antoine Saint Exupery – “Tu serás eternamente responsável por tudo que cativas”.
Não podemos permitir nos abalar pelo ofensor. Trabalhar nossos sentimentos é dever que compete aos filhos da Consciência Cósmica. A mágoa, de todas as drogas é a mais cancerígena. Em nome da própria saúde, joguemos fora os sentimentos sem nobreza.
O rancor é como um alimento preparado com veneno irreconhecível, dia a dia nos corrói, levando-nos a contrair doenças de cujas origens nem suspeitaremos. Guardar ressentimento é como viver dentro de um ambiente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus. O coração e os pulmões têm limites.
O ódio tem na sua essência efeitos paralisantes. O sistema imunológico entra em conflito com o veneno que devagar e lentamente colocar o seu possuidor face a face com a morte.
Provavelmente será muito tarde quando perceberes que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio. Será sempre a lição imorredoura do Divino Jardineiro sobre o auto perdão, o perdão das ofensas que nos fará alcançarmos os altiplanos celestiais.
O perdão faz muito bem para quem o concede e não para os que o recebem. Esses continuam devedores com o equilíbrio do Universo. Perdoe sempre. O perdão liberta e faz livre o seu agente para ser feliz.
Mudemos nossos destinos. Em nome do amor e do perdão incondicional que nos legou o Celeste Amigo, que doravante a data de 11 de setembro, represente cinzas de um passado sombrio que ficou registrado na história para jamais ser repetido.
Que brilhe o sol de nosso interior em nome da Paz de Jesus. A escolha será sempre nossa. O livre arbítrio é a ferramenta que nos conduzirá as bem aventuranças.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata universal, com votos de um ótimo fim de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do Amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli